Impessoalização da linguagem: como usar na prática?
Explore a importância dessa técnica para garantir objetividade e imparcialidade.
A impessoalização da linguagem é um conceito linguístico que se refere à construção de frases ou textos nos quais o sujeito é omitido/generalizado, tornando a comunicação mais objetiva e distanciada de aspectos pessoais. Esse recurso é comumente utilizado em contextos acadêmicos, científicos, jornalísticos e administrativos para transmitir informações de forma neutra e imparcial.
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Na impessoalização, o foco é nas ações, processos ou ideias em si, em vez de destacar quem as realiza ou defende. Isso é alcançado por meio de estratégias linguísticas como o uso de verbos na terceira pessoa do singular ou plural, o emprego de expressões impessoais como “é necessário”, “observa-se que”, “considera-se que”, entre outros.
Impessoalização da linguagem
Essa “técnica” ajuda a evitar a subjetividade, dando maior ênfase aos fatos, teorias ou argumentos apresentados, em vez de destacar o ponto de vista pessoal do autor ou de qualquer indivíduo específico. Isso contribui para uma comunicação mais objetiva e profissional em diversos contextos.
É uma das características essenciais em textos formais, especialmente no formato dissertativo-argumentativo, amplamente requisitado em redações de concursos e vestibulares.
Em resumo…
Este tipo textual é amplamente cobrado em vestibulares e concursos, exigindo a apresentação e defesa de um ponto de vista sem revelar explicitamente que se trata de uma opinião pessoal. Em outras palavras, é necessário evitar a demonstração direta de seu próprio ponto de vista, embora ele possa ser implicitamente perceptível no texto. Embora possa parecer complexo, o conceito é bastante simples.
Para uma melhor compreensão, considere o exemplo a seguir:
Em vez de expressar diretamente a opinião, como em “acredito que essas reuniões devem ser mais rápidas”, prefira uma formulação objetiva, como “reduzir o tempo das reuniões é fundamental para aumentar a produtividade”.
Onde encontrar?
Artigos acadêmicos e científicos
Textos assim frequentemente empregam a impessoalização para transmitir informações de forma objetiva e neutra. Isso é especialmente importante em áreas como pesquisa científica, onde a precisão e a imparcialidade são fundamentais.
Relatórios e documentos técnicos
Relatórios técnicos, manuais de instrução, documentos de especificação e outros materiais técnicos frequentemente fazem uso para comunicar informações de forma clara e precisa, sem a introdução de viés pessoal.
Notícias e reportagens jornalísticas
Em reportagens jornalísticas e artigos de notícias, a impessoalização da linguagem ajuda os jornalistas a relatarem os fatos de forma imparcial, sem expressar suas próprias opiniões ou sentimentos pessoais.
Como usar a impessoalização da linguagem?
Ela pode ser alcançada por meio de várias estratégias linguísticas. Aqui estão algumas dicas sobre como a utilizar:
- Omissão do sujeito: evite usar pronomes pessoais (eu, você, nós) como sujeito da frase. Em vez disso, opte por omitir o sujeito ou utilizar pronomes indefinidos (se, alguém, todos) quando necessário.
Exemplo:
- Esqueça o “eu penso que…” e use “é pensado que…” ou “acredita-se que…”.
- Verbos na terceira pessoa: utilize verbos na terceira pessoa do singular ou plural para dar uma sensação de objetividade à frase.
Exemplo:
- No lugar de “nós observamos que…”, prefira “observa-se que…”;
- Em vez de “eu concluo que…”, escolha “conclui-se que…”.
- Expressões impessoais: utilize expressões impessoais que enfatizem a generalidade da informação, em vez de uma opinião.
Exemplo:
- Em vez de “na minha opinião…”, prefira “conforme as evidências…”;
- No lugar de “eu acho que…”, prefira “é evidente que…”.
- Evite adjetivos pessoais: tente não usar adjetivos que expressem sentimentos pessoais ou julgamentos subjetivos.
Exemplo:
- No lugar de “eu acho isso interessante…”, use “isso é de interesse…”.
- Foque nos fatos e argumentos: em vez de destacar suas próprias crenças ou sentimentos, se concentre nos fatos, dados e argumentos objetivos.
Exemplo:
- Em vez de “eu acredito firmemente que…”, prefira “os estudos indicam que…”.
Ao aplicar essas técnicas, você pode impessoalizar sua linguagem e tornar sua comunicação mais objetiva e imparcial, adequada para diversos contextos, como textos acadêmicos, científicos, jornalísticos e administrativos.