A importância da ortografia no português

Veja como o uso correto das palavras fortalece a comunicação, garante a clareza das ideias e enriquece a escrita.

Ortografia refere-se ao conjunto de normas da gramática que estabelece a maneira adequada de escrever as palavras na norma culta de uma língua. A palavra “ortografia” tem origem nos termos gregos “orthos”, que significa “correto”, e “graphos”, que significa “escrita”, indicando o conceito de “escrita correta”.

Leia também: Como ampliar sua noção de intertextualidade

A importância da ortografia

A ortografia é responsável por definir o uso adequado das letras, sinais de acentuação e pontuação. Ela estabelece regras de escrita baseadas em critérios etimológicos e fonológicos. A escrita é resultado de acordos entre países que compartilham o mesmo idioma. Para a língua portuguesa, existe um acordo ortográfico em vigor desde 1º de janeiro de 2009, que busca unificar as normas ortográficas entre os países de língua portuguesa. Este acordo envolve Brasil, Portugal, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

As regras 

A escrita é o meio pelo qual os sons da linguagem são representados graficamente através de símbolos, que na língua portuguesa são conhecidos como letras. O conjunto dessas letras forma o alfabeto.

O alfabeto da língua portuguesa contém 26 letras, das quais três — K, W e Y — são usadas em circunstâncias específicas. Além dessas, as demais letras têm regras e exceções quanto ao seu uso.

Uso das letras K, W e Y

Essas letras são utilizadas em contextos particulares, tais como:

  • Nomes próprios de origem estrangeira e seus derivados.
    Exemplo: Kardec (kardecismo), Darwin (darwinismo), Taylor (taylorismo).
  • Nomes de localidades estrangeiras e seus derivados.
    Exemplo: Kuwait (kuwaitiano).
  • Abreviações e símbolos referentes a unidades de medida.
    Exemplo: kW (kilowatt), kg (quilograma), yd (jarda).
  • Palavras estrangeiras e seus derivados.
    Exemplo: kit, show, karaokê.

Uso das letras S e Z

O “S” é empregado de acordo com as seguintes regras:

  • Nos sufixos -oso, -osa, -ense quando formam adjetivos.
    Exemplo: bondoso, feiosa, catarinense.
  • Nos sufixos -ês, -esa, -isa, que indicam nacionalidade, título ou origem.
    Exemplo: milanesa, inglês, poetisa.
  • Depois de ditongos.
    Exemplo: náusea, maisena, coisa.
  • Na conjugação dos verbos “pôr” e “querer”.
    Exemplo: pôs, quis, quiseram.

O “Z” é utilizado nas seguintes situações:

  • Nos sufixos -ez e -eza, que transformam adjetivos em substantivos.
    Exemplo: firmeza, tristeza, timidez.
  • No sufixo -izar, que forma verbos.
    Exemplo: atualizar, alfabetizar, visualizar.

Uso das letras G e J

A letra “G” é usada nos seguintes casos:

  • Palavras que terminam em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.
    Exemplo: presságio, privilégio, relógio.
  • Em substantivos que terminam em -gem.
    Exemplo: viagem, barragem, paisagem.

A letra “J” é empregada nas seguintes situações:

  • Em palavras de origem indígena.
    Exemplo: pajé, jequitibá, jenipapo.
  • Em palavras de origem africana.
    Exemplo: jabá, jiló, jongo.

Exceções:

  • A conjugação do verbo “viajar” no presente do subjuntivo é escrita com “j”.
    Exemplo: (Que eles) viajem.
  • Nos verbos que têm “g” antes de “e” ou “i” no infinitivo, o “g” é trocado por “j” antes de “a” ou “o” para manter a pronúncia.
    Exemplo: agir – ajam, ajo.
A importância da ortografia no português (Foto: Unsplash).
A importância da ortografia no português (Foto: Unsplash).

Uso das letras X e CH

Emprega-se o “X” nos seguintes casos:

  • Após ditongos.
    Exemplo: ameixa, peixe, faixa.
  • Depois da sílaba me.
    Exemplo: mexido, mexilhão, mexicano.
  • Depois da sílaba inicial en.
    Exemplo: enxágue, enxaqueca, enxurrada.
  • Em palavras de origem indígena, africana, ou em palavras estrangeiras adaptadas ao português.
    Exemplo: xará, xangô, xampu.

Exceções:

  • O verbo “encher” e seus derivados.
  • A palavra “recauchutar” e seus derivados.
  • Palavras que começam com “ch” e recebem o prefixo “en”, como em “encharcar”.

Esse texto reescrito mantém o conteúdo original enquanto reformula a linguagem para evitar a reprodução exata.

Uso do “ch”:

O “ch” é utilizado nos seguintes casos:

  • Em algumas palavras de origem estrangeira.
    Exemplos: salsicha, sanduíche, chaminé.
  • Em palavras que derivam de termos latinos com as letras “pl”, “cl” e “fl”.
    Exemplos: chuva (do latim pluvia), chumbo (do latim plumbum), chama (do latim flama).

Uso do “h”:

O “h” é empregado nas seguintes situações:

  • No início das palavras por motivos etimológicos.
    Exemplos: hélice, hoje, homem.
  • No meio das palavras, formando os dígrafos “ch”, “lh”, “nh”.
    Exemplos: cachaça, molho, manhã.
  • No final ou no começo de algumas interjeições.
    Exemplos: ah!, oh!, hum!
  • Quando faz parte de uma palavra composta ou derivada que é unida a outra por hífen.
    Exemplos: super-homem, anti-higiênico, pré-histórico.

Exceção:

  • A palavra “Bahia”, quando se refere ao estado brasileiro, é uma exceção, pois mantém o “h” por razões etimológicas. Já “baía”, que se refere ao acidente geográfico, é escrita sem “h”.
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.