Letra cursiva: como desenvolver a caligrafia dos sonhos?
Veja como seu uso em contextos variados, desde documentos pessoais até embalagens, promove habilidades de escrita e leitura.
A caligrafia, especialmente a habilidade de escrever em letra cursiva, desempenha um papel fundamental não apenas na estética da escrita, mas também na comunicação eficaz. Uma boa caligrafia não apenas torna o texto mais legível, mas também adiciona um toque pessoal e artístico à forma como as palavras são apresentadas.
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Em um mundo cada vez mais digital, dominar a caligrafia não só preserva uma forma de expressão manual, mas também promove uma conexão mais íntima com a linguagem escrita, valorizando a tradição e a precisão na comunicação visual.
Ter uma letra cursiva
Ao ingressarem na escola, as crianças enfrentam um mundo repleto de descobertas, um universo até então desconhecido para elas, repleto de uma vasta quantidade de novas informações. Uma dessas descobertas iniciais é o primeiro contato com a linguagem escrita, que ocorre de maneira natural.
O processo de aprendizado da escrita começa com a utilização da letra bastão, também conhecida como “letra de forma”, caracterizada por traços simples e fácil assimilação.
Para as crianças em fase inicial de desenvolvimento da leitura, a escrita cursiva, que conecta uma letra à outra, pode representar um obstáculo nesse processo. Por isso, a letra cursiva é introduzida apenas após as primeiras etapas da alfabetização, quando o aluno já adquiriu familiaridade com a leitura. Dessa forma, a tal escrita cursiva, também tida como “letra de mão”, é apresentada às crianças aos 5 ou 6 anos, mas geralmente de forma lúdica.
Como fazer isso?
Antes que as crianças comecem a aprender a escrever em letra cursiva, é importante que tenham contato inicial com a forma de letra de forma mais criativa e lúdica. Abaixo estão algumas maneiras de fazer isso:
- Modelar as letras utilizando massinha;
- Cobrir as letras com materiais como lantejoulas, barbante ou glitter;
- Sentir o movimento das letras usando texturas diferentes no papel;
- Recortar e colar letras em cartazes;
- Escrever no chão e pintar com tinta.
Essas são apenas sugestões, pois há diversas outras formas de introduzir a letra cursiva de maneira atrativa, ajudando as crianças a se familiarizarem e facilitando a transição para esse estilo de escrita.
Para que os pequenos possam desenvolver habilidades de escrita cursiva de forma mais completa e significativa, é crucial que seu ritmo individual seja respeitado. Algumas crianças aprenderão com facilidade, enquanto outras podem precisar de mais tempo, e isso faz parte do processo natural de aprendizado.
Alfabetização com a escrita cursiva
O debate sobre o uso da escrita cursiva na educação primária tem se intensificado recentemente. Atualmente, não se pressiona os alunos a escolherem entre a escrita cursiva ou de forma durante os anos escolares. A preferência individual pela forma de escrita mais confortável é encorajada. Consequentemente, o ensino da escrita cursiva nos primeiros anos tem sido amplamente discutido, especialmente à luz da crescente predominância do uso de computadores, o que levou muitas escolas internacionais a abandonarem o ensino da escrita à mão.
Os estudos confirmam os benefícios da escrita cursiva mediante diversas descobertas:
- Estímulo do cérebro e coordenação motora;
- Aumento da concentração devido ao traçado das letras;
- Melhoria na habilidade de formar palavras;
- Aumento da velocidade de escrita;
- Conexão entre pensamento e escrita.
As vantagens da alfabetização através da escrita cursiva são inúmeras. Além de promover uma escrita mais legível, que facilita a compreensão do texto, há um maior engajamento das áreas cerebrais e motoras, proporcionando benefícios duradouros para os alunos.
Formas de aprender
Para desenvolver a habilidade, é essencial que as crianças compreendam a distinção entre os diferentes estilos de letras ao seu redor. Antes de iniciar o ensino da caligrafia cursiva, é importante demonstrar aos alunos onde cada tipo de letra (bastão versus cursiva) é aplicado, explorando diversos exemplos em diferentes contextos, tais como:
- Documentos pessoais;
- Rótulos de embalagens;
- Revistas e jornais;
- Livros didáticos e paradidáticos.
É crucial explorar uma variedade de contextos para que as crianças possam discernir a diferença entre a letra bastão e a cursiva. Ao trazer para a sala de aula exemplos como rótulos variados e um documento pessoal, elas poderão compreender que a letra de forma é frequentemente usada para a leitura de embalagens, enquanto a escrita cursiva é fundamental para assinaturas e registros formais.