Lista das 14 profissões que levam o trabalhador a desenvolver depressão
A depressão é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, e o Brasil não é exceção. De acordo com um mapeamento realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 11 milhões de brasileiros sofrem de depressão. Essa doença pode atingir qualquer pessoa, independentemente de seu sexo, idade, nível de escolaridade ou posição social. No entanto, estudos têm mostrado que algumas profissões carregam um risco maior de desenvolver depressão em comparação a outras atividades.
Profissões com Altas Taxas de Depressão
Existem várias razões pelas quais certas profissões estão mais associadas à depressão. Fatores como esgotamento mental, exigências irracionais e ambientes de trabalho estressantes podem contribuir para o desenvolvimento dessa doença. Com base em vários estudos e pesquisas, vamos conhecer agora uma lista de 14 profissões que apresentam altas taxas de depressão.
Artistas
Construir uma carreira como artista é uma jornada desafiadora. Pintores, escritores, cantores, dançarinos e outros profissionais criativos enfrentam dificuldades para ganhar a vida de maneira única. Os mercados de arte são difíceis de acessar e demandam um tempo considerável para ascender na hierarquia. Segundo a Billboard, 70% dos músicos afirmam sofrer de ansiedade ou depressão. Estudos também indicam que pessoas com inclinações criativas são mais propensas a distúrbios de saúde mental, como ansiedade e depressão.
Professores
Ser professor é uma profissão desafiadora. Lidar diariamente com um grupo de crianças, algumas ansiosas para aprender e outras buscando apenas causar problemas, pode ser estressante. A pressão adicional dos pais dos alunos e a expectativa de manter uma sala de aula produtiva, muitas vezes combinadas com salários modestos, contribuem para um ambiente psicológico desafiador. Um relatório publicado pela revista Social Psychiatry and Psychiatric Epistemology mostrou que a taxa de depressão no setor educacional é de 10,45%.
Pessoal Administrativo
Funcionários administrativos, como secretárias e assistentes, enfrentam uma realidade paradoxal. Embora desempenhem um papel importante ao manter as operações em ordem, frequentemente não recebem o respeito e a gratidão merecidos. Um estudo realizado pela Escola de Medicina Pública Johns Hopkins, nos Estados Unidos, revelou que o pessoal administrativo, principalmente as secretárias, apresentam maior probabilidade de desenvolver problemas de saúde mental, incluindo a depressão, e até mesmo taxas de suicídio de até 3,5%.
Contadores e Consultores Financeiros
Lidar com grandes somas de dinheiro para diversos clientes pode levar contadores e consultores financeiros a um alto nível de estresse. A instabilidade dos mercados financeiros pode fazer com que esses profissionais se sintam culpados por perdas financeiras. Estudos indicam que um terço desses profissionais sofre de problemas de saúde mental, como a depressão e a ansiedade, que impactam significativamente suas vidas profissionais.
Trabalhadores de Manutenção
Embora possa parecer um trabalho tranquilo, os trabalhadores de manutenção enfrentam horários imprevisíveis e frequentemente são chamados para resolver problemas causados por outros. Um relatório da National Survey on Drug Use and Health dos Estados Unidos revela que esses trabalhadores têm um risco de depressão ligeiramente superior à média e estão expostos a diversos contaminantes neurológicos.
Funcionários de Bares e Restaurantes
Empregos na indústria alimentar, como garçons e cozinheiros, são exigentes e muitas vezes subvalorizados. Baixos salários e a pressão de fornecer um serviço excelente a clientes nem sempre compreensivos contribuem para altos níveis de estresse. Estudos indicam que a indústria de restaurantes lidera em uso de drogas ilícitas e está em terceiro lugar no consumo pesado de álcool, aumentando os riscos de depressão e estresse entre os trabalhadores.
Trabalhadores em Lares de Idosos e Creches
Cuidar de pessoas que não conseguem cuidar de si mesmas, seja em lares de idosos ou creches, é um trabalho árduo e muitas vezes pouco valorizado. Trabalhadores nessas áreas enfrentam altos índices de sintomas depressivos, com o risco aumentando em situações de baixo salário. Profissionais de cuidados infantis e educação também relatam taxas elevadas de depressão clínica em comparação com médias nacionais.
Assistentes Sociais
Enfrentar um sistema construído em torno de famílias disfuncionais e crianças vítimas de abuso ou negligência requer muito controle emocional. Cada dia traz desafios únicos, desde lidar com pais com vícios até crianças em ambientes infestados, tudo enquanto algumas famílias resistem à intervenção. Um estudo realizado na Carolina do Norte descobriu que 19% dos assistentes sociais têm depressão.
Vendedores
A vida do vendedor é cheia de incertezas. Sem um salário fixo, eles ficam à mercê do mercado e dos consumidores. A instabilidade financeira e o contato com clientes rudes podem levar ao esgotamento e, consequentemente, à ansiedade e depressão. Segundo a Thrive Global, 67% dos vendedores relatam esgotamento associado à ansiedade e depressão.
Médicos e Enfermeiros
Cuidar diariamente de pacientes doentes e incapacitados coloca uma carga emocional significativa em médicos e enfermeiros. A pressão de lidar com situações sem respostas claras e enfrentar famílias emocionalmente abaladas pode levar a altas taxas de depressão, ansiedade e episódios depressivos maiores. Estudos mostram que os médicos têm uma taxa de suicídio maior do que a população em geral, sendo ainda mais alta entre as médicas. Além disso, pelo menos 28% dos profissionais médicos vivenciam um episódio depressivo maior.
Veterinários
Os veterinários enfrentam desafios únicos ao cuidar de animais doentes. Muitas vezes, não há respostas claras encontradas na medicina humana, o que pode afetar a saúde mental desses profissionais. O risco de suicídio entre veterinários é 2,5 vezes maior do que a média da população, e eles também enfrentam pensamentos suicidas, episódios depressivos e sofrimento psicológico grave.
Trabalhadores da Construção
Os trabalhadores da construção são fundamentais para a construção da nossa sociedade, mas enfrentam perigos constantes e salários inadequados. As taxas de suicídio na indústria são muito superiores à média nacional, e isso é especialmente verdadeiro para engenheiros e arquitetos. O trabalho árduo muitas vezes não é condizente com a compensação financeira, o que pode levar à depressão.
Trabalhadores Humanitários
Ser um trabalhador humanitário é uma tarefa altruísta, mas não fácil. A exposição constante a traumas diretos e secundários pode levar a problemas de saúde mental, como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), depressão e ideações suicidas. Os trabalhadores humanitários enfrentam altos riscos de depressão e ansiedade devido à natureza desafiadora de seu trabalho.
Advogados
A profissão de advogado é extremamente exigente, envolvendo longas horas de trabalho e, em alguns casos, o testemunho do lado sombrio da humanidade. Os advogados enfrentam altas taxas de depressão, ansiedade e problemas com álcool. Estudos mostram que advogados têm uma probabilidade 3,6 vezes maior de ficarem deprimidos do que aqueles em outros empregos.
Embora as profissões mencionadas nesse artigo sejam associadas a altas taxas de depressão, é importante ressaltar que cada indivíduo é único e pode reagir de maneira diferente ao estresse do ambiente de trabalho. A conscientização sobre essas questões é fundamental para que esses profissionais recebam o apoio necessário para lidar com os desafios emocionais que enfrentam. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando problemas de saúde mental, não hesite em buscar ajuda profissional. A saúde mental é tão importante quanto a saúde física e deve ser tratada com a devida atenção e cuidado.