Mais de 220 MIL pedidos no INSS foram ENGAVETADOS; entenda
A explicação fornecida pelo INSS sobre o sumiço dos requerimentos é que "os pedidos estavam associados a uma unidade desativada no sistema".
Robôs do INSS negam 65% dos pedidos de benefícios
Segundo uma auditoria conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU), seis em cada dez solicitações de benefícios analisadas pelos sistemas automatizados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) são recusadas. Esses dados referem-se aos requerimentos realizados no ano de 2022.
O resultado aponta um aumento em comparação ao ano anterior, quando 45% das solicitações de benefícios previdenciários foram negadas, um índice inferior aos 65% registrados em 2022.
De acordo com o relatório da CGU, essa situação atual “pode potencialmente resultar no aumento do número de recursos apresentados ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), além das ações judiciais iniciadas”.
Adicionalmente, a complexidade das análises, a variedade de documentos e outros fatores fazem com que a automação dependa, em muitos casos, da revisão humana.
A CGU enfatizou a necessidade de aprimorar os métodos do INSS a fim de reduzir as negativas excessivas.
Qual foi a justificativa apresentada pelo INSS?
Conforme o INSS, aproximadamente “37% das decisões sobre os pedidos dos segurados são tomadas pela ferramenta de inteligência artificial”.
Segundo Ailton Nunes, diretor de Tecnologia da Informação do órgão, os robôs ainda não possuem a capacidade de avaliar pedidos complexos, os quais são atualmente analisados manualmente pelos servidores.
O INSS esclareceu que continua a conceder e negar benefícios na mesma proporção de sempre. “Desde 2021, em média, o INSS aprova 52% dos pedidos e recusa os outros 48%. A única diferença agora é que a ferramenta automatizada é responsável por negar a maioria dos pedidos (cerca de 66% das negativas, em média).”
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O que caracteriza o robô do INSS?
O progresso tecnológico tem possibilitado aprimorar a prestação de serviços, inclusive no âmbito da Administração Pública. O robô do INSS exemplifica a aplicação dessa tecnologia nos processos de análise de solicitação de benefícios.
Em termos gerais, o robô do INSS é um sistema informatizado que recebe os pedidos de concessão de benefícios e os avalia por meio de comandos previamente programados.
Similarmente aos chatbots e assistentes virtuais, que já são parte integrante da rotina em sites e portais de órgãos públicos e privados.
A elaboração do chamado robô do INSS foi conduzida pela Dataprev, empresa pública brasileira de tecnologia e informações da Previdência Social, estabelecida em 1974 e vinculada ao Ministério da Economia.
A incorporação de meios tecnológicos na gestão dos serviços oferecidos pelo INSS não é uma novidade absoluta. Já desde 2008, o instituto analisava solicitações de aposentadoria por idade urbana com base no banco de dados do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).