Afinal, é mixaria ou micharia: qual forma usar?

Entenda a origem, o significado e as regras da língua portuguesa para o uso adequado desse termo.

Você já se perguntou qual a forma correta: mixaria ou micharia? Embora ambas pareçam similares, apenas uma delas está de acordo com a norma culta da língua portuguesa.

No post de hoje, vamos esclarecer essa dúvida, explicando o significado de cada termo, sua origem e como utilizar a palavra certa em diferentes contextos. Continue lendo para nunca mais errar ao falar ou escrever sobre pequenas quantias de dinheiro!

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Mas é mixaria ou micharia?

A palavra “mixaria” é um substantivo feminino, formado a partir de derivação sufixal (mixe + aria). Segundo o dicionário Aulete, ela se refere a algo de pouco valor ou uma quantia muito pequena em dinheiro, sendo sinônimo de termos como bugiganga, quinquilharia, bagatela, ninharia ou insignificância. O termo “mixe” tem origem na palavra guarani “mi’xi” ou “mixi”, que significa “pequeno” ou “pouco”.

Exemplos com a palavra mixaria:

  • Eu me recuso a aceitar trabalhos que pagam mixarias, pois investi muito na minha educação;
  • Encontrei um casaco de marca em ótimo estado por uma mixaria no brechó perto da casa da minha tia;
  • Infelizmente, no Brasil, grande parte da população sobrevive com uma mixaria, enquanto poucos têm acesso a bens de luxo.

Por que “mixaria” é escrita com “x”?

Em português, é comum que palavras de origem africana, árabe ou indígena sejam escritas com “x”. Veja alguns exemplos:

  • Palavras de origem indígena: abacaxi, xará, Xingu;
  • Palavras de origem africana: axé, caxambú, xodó;
  • Palavras de origem árabe: almoxarife, haxixe, xadrez.

Mixaria e o verbo mixar

Além de seu uso como substantivo, “mixaria” também pode ser a conjugação do verbo “mixar” na primeira e terceira pessoas do singular do futuro do pretérito. Exemplos de conjugação:

  • Eu mixaria;
  • Ele mixaria.

O verbo “mixar” possui dois significados: como verbo intransitivo, refere-se a algo que perde valor ou não alcança o resultado esperado (ex: “O novo produto mixou, os resultados foram decepcionantes”). Já como verbo transitivo direto, “mixar” se refere ao processo de fazer a mixagem de som ou vídeo (ex: “Um DJ que mixa discos com os pés se tornou destaque na cena musical europeia”).

Mas há outras dúvidas desse tipo

Muitas pessoas têm dúvidas sobre diversos aspectos da escrita, especialmente em relação a gramática, ortografia, pontuação e estilo. Aqui estão algumas das questões mais comuns:

1. Uso de crase

  • Quando usar ou não a crase em expressões como “à”, “às” e “a” pode causar confusão. Muitos se perguntam quando a crase é obrigatória ou facultativa, especialmente antes de nomes de lugares ou pronomes possessivos.

2. Acordo ortográfico

  • Com as mudanças trazidas pelo novo acordo ortográfico, dúvidas surgem sobre quando usar ou não o hífen, ou como escrever palavras que perderam o acento, como “voo” e “ideia”.

3. Pontuação correta

  • Muitas pessoas têm dificuldade com o uso adequado de vírgulas, ponto e vírgula, e dois-pontos. Saber quando usar ponto final ou ponto de exclamação também é uma dúvida recorrente.

4. Uso de “porque”, “por que”, “por quê” e “porquê”

  • A distinção entre essas quatro formas é uma fonte frequente de dúvida. Saber qual delas usar em diferentes contextos é desafiador para muitos.

5. Concordância verbal e nominal

  • A concordância entre o sujeito e o verbo, ou entre substantivos e adjetivos, gera incertezas, especialmente quando se trata de sujeitos compostos ou pronomes indefinidos.

6. Emprego do hífen

  • Muitas pessoas não sabem quando usar o hífen em palavras compostas ou em locuções verbais, como em “bem-estar”, “guarda-chuva” e “autoescola”.

7. Uso de “mal” e “mau”

  • A diferença entre “mal” (advérbio) e “mau” (adjetivo) causa confusão, e as pessoas muitas vezes não sabem quando empregar cada um corretamente.

8. Diferença entre “onde” e “aonde”

  • A distinção entre “onde” (para lugares fixos) e “aonde” (para movimentos) gera bastante dúvida, especialmente em frases que envolvem deslocamento.

9. Uso de “a” e “há”

  • Saber a diferença entre “a” (preposição, indicando tempo futuro ou distância) e “há” (verbo haver, indicando tempo passado) é uma dificuldade frequente.

10. Palavras homófonas ou parônimas

  • Confusão com palavras que têm pronúncias semelhantes, mas significados diferentes, como “sessão”, “seção” e “cessão”, ou “descrição” e “discrição”.

Essas dúvidas costumam surgir porque a língua portuguesa é cheia de regras e exceções, o que muitas vezes complica o processo de escrita.

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