No seu arraiá não pode faltar “chapéu” ou “chapeu”? Com ou sem acento?

Acentuação gráfica é um dos assuntos que mais geram dúvidas na língua portuguesa

Rica, de beleza incomparável,  complexa e foco de muitas dúvidas! Essa é a língua portuguesa! Atire a primeira pedra aquele nunca teve uma dúvida quanto a escrita de certas palavra.  E uma dessas dúvidas frequentes envolve a acentuação correta de palavras como “chapéu”.

A palavra “chapéu” gera dúvidas quanto à sua acentuação, mas é importante esclarecer que, por ser uma palavra oxítona terminada em ditongo aberto “éu”, deve receber acento agudo. A regra de acentuação para palavras oxítonas com ditongos abertos aplica-se a terminações como éu, éus, éi, éis, ói, óis. Essa regra não é válida para palavras paroxítonas, que perderam o acento nos ditongos abertos.

Exemplos de Palavras com Acentuação Similar

A seguir, apresentamos exemplos de palavras que seguem a mesma regra de acentuação de “chapéu”:

  • Troféu e troféus: usados para designar prêmios e suas formas plurais.
  • Pastéis: popular lanche de massa frita com recheio.
  • Anéis: objetos circulares usados como joias.
  • Réu: indivíduo acusado em um processo judicial.
  • Céus: plural de céu, referindo-se ao firmamento.
  • Dói e constrói: formas verbais que seguem a mesma regra.
  • Herói: alguém que realiza feitos extraordinários.
Dúvidas de português: você sabe qual é o coletivo de peixes?
Dúvidas de português. Imagem: Divulgação

Outras Dúvidas Comuns na Língua Portuguesa

Além da correta acentuação de “chapéu”, há outras questões frequentes na língua portuguesa que merecem atenção:

  1. Uso do hífen: A reforma ortográfica trouxe mudanças significativas no uso do hífen em compostos, prefixos e sufixos. Por exemplo, palavras como “autoescola” que perdeu o hífen, enquanto “bem-vindo” manteve.
  2. Acentuação das paroxítonas: Muitas palavras paroxítonas perderam o acento agudo em ditongos abertos, como “idéia” que passou a ser “ideia” e “assembléia” que se tornou “assembleia”.
  3. Emprego de crase: A crase ocorre na contração da preposição “a” com o artigo feminino “a(s)”, como em “à escola”. A confusão comum está no uso diante de pronomes possessivos e nomes de lugares.
  4. Uso de por que, porque, porquê e por quê: Cada forma tem uma função específica:
    • “Por que” é usado em perguntas (“Por que você veio?”).
    • “Porque” é usado em respostas ou explicações (“Vim porque queria”).
    • “Porquê” é um substantivo que significa motivo ou razão (“O porquê da questão”).
    • “Por quê” aparece no final de perguntas (“Você veio por quê?”).
  5. Concordância verbal e nominal: É fundamental que o verbo concorde com o sujeito em número e pessoa, e os adjetivos concordem com os substantivos em gênero e número. Por exemplo, “As meninas estão felizes” e “O rapaz está contente”.
  6. Uso de “Mal” e “Mau”

    • Mal: Oposto de “bem”.
      • Exemplo: Ele se sentiu mal ontem.
    • Mau: Oposto de “bom”.
      • Exemplo: Ele é um mau aluno.
  7. Crase

    A crase é a fusão de duas vogais idênticas. Usamos crase nas seguintes situações:

    • Antes de palavras femininas.
      • Exemplo: Vou à escola.
    • Nas locuções prepositivas, conjuntivas e adverbiais.
      • Exemplo: Chegou à tarde.
    • Com pronomes demonstrativos: aquele(s), aquela(s), aquilo.
      • Exemplo: Refiro-me àquele livro.
  8. Palavras Homônimas e Parônimas

    Palavras homônimas são aquelas que têm a mesma pronúncia ou grafia, mas significados diferentes. Exemplos incluem:

    • Censo (recenseamento) e Senso (juízo, percepção).
    • Cessão (ato de ceder), Seção (divisão, repartição) e Sessão (reunião, intervalo de tempo).

    Palavras parônimas são aquelas que têm pronúncia e grafia parecidas, mas significados diferentes. Exemplos incluem:

    • Ratificar (confirmar) e Retificar (corrigir).
    • Eminente (ilustre, elevado) e Iminente (algo que está prestes a acontecer).

A acentuação correta das palavras é essencial para a clareza e precisão na comunicação escrita. Entender as regras que governam a acentuação de palavras como “chapéu” ajuda a evitar erros comuns e a melhorar a qualidade do texto. Além disso, conhecer outras dúvidas frequentes da língua portuguesa permite que os falantes e escritores se expressem de maneira mais correta e confiante. Portanto, é fundamental estudar e praticar essas regras para aprimorar cada vez mais o domínio da língua portuguesa.

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