Nomofobia – o que significa a nova palavra reconhecida pelo português
Entenda como o medo de ficar sem celular afeta a vida moderna.
Já ouviu falar de nomofobia? Você, então, já sentiu um leve desespero ao perceber que esqueceu o celular em casa? Ou uma ansiedade constante ao ver a bateria chegando ao fim? Se sim, você pode ter experimentado um sintoma da nomofobia, um termo que ganhou reconhecimento recente na língua portuguesa.
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A palavra, derivada da expressão inglesa “no mobile phone phobia”, descreve o medo irracional de ficar sem acesso ao celular ou à internet. Neste artigo, vamos explorar o que é a nomofobia, quais são os sinais desse comportamento e como ela pode impactar o nosso dia a dia, especialmente em uma sociedade cada vez mais conectada.
O que é nomofobia?
Nos últimos anos, o dicionário da língua portuguesa passou a reconhecer o termo “nomofobia”, uma palavra que reflete uma realidade cada vez mais presente na sociedade contemporânea: o medo irracional de ficar sem acesso ao telefone celular ou a outros dispositivos eletrônicos, como tablets e computadores. Essa condição representa um sintoma claro da dependência tecnológica, especialmente no que se refere à constante necessidade de conexão com a internet, redes sociais, aplicativos e comunicação instantânea.
O termo “nomofobia” tem origem na expressão inglesa “no mobile phone phobia”, que combina “no mobile” (sem celular) e “phobia” (medo). Sua relevância tem crescido com o aumento do uso de dispositivos móveis, que se tornaram ferramentas indispensáveis tanto para o trabalho quanto para o lazer.
Pessoas que sofrem dessa condição costumam sentir angústia ao perceber que estão sem bateria, sem sinal de internet ou ao esquecerem o aparelho em casa. O impacto da nomofobia vai além da sensação momentânea de desconforto, podendo afetar a qualidade de vida e as relações interpessoais.
Exemplos de uso da palavra
- Pesquisas recentes indicam que a nomofobia tem se tornado uma preocupação crescente entre jovens e adultos;
- Durante o isolamento social imposto pela pandemia, o número de casos de nomofobia aumentou significativamente;
- Pessoas com nomofobia tendem a checar o celular compulsivamente, mesmo sem notificações visíveis;
- A terapia cognitivo-comportamental pode ser uma aliada no tratamento da nomofobia;
- Estabelecer períodos de desconexão e buscar atividades offline são estratégias importantes para prevenir essa dependência.
Outras palavras recentemente incorporadas ao VOLP
Além da nomofobia, outras palavras foram oficialmente adicionadas ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), refletindo mudanças sociais, tecnológicas e científicas. Veja algumas delas:
1. Apneísta
O termo “apneísta” designa o praticante de mergulho em apneia, uma modalidade em que o mergulhador prende a respiração de forma voluntária para permanecer submerso sem o uso de equipamentos de respiração. Essa atividade, que pode ser realizada com objetivos esportivos, recreativos ou de treinamento, tem ganhado popularidade, especialmente em regiões litorâneas. Além disso, a palavra pode ser usada como adjetivo ao se referir a equipamentos e práticas relacionados ao apneísmo.
2. Criovulcão
“Criovulcão” descreve um tipo específico de vulcão que não expele lava, mas sim substâncias como gelo, vapor de água, metano e amoníaco. Esses fenômenos ocorrem em corpos celestes frios, como algumas luas de Júpiter e Saturno, e despertam o interesse da astrobiologia, pois podem indicar condições ambientais favoráveis à existência de vida microscópica.
3. Handbike
A “handbike” é uma bicicleta adaptada, impulsionada pelas mãos, especialmente projetada para pessoas com mobilidade reduzida, como paraplégicos e tetraplégicos. O equipamento pode ser utilizado tanto para lazer quanto em competições esportivas, promovendo acessibilidade e inclusão no universo das atividades físicas.
4. Microplástico
“Microplásticos” são fragmentos de plástico que medem entre 0,001 mm e 5 mm. Esses resíduos podem ser primários, originados intencionalmente em produtos como esfoliantes e pastas de dente, ou secundários, resultantes da degradação de materiais maiores, como sacolas e garrafas plásticas. A crescente preocupação ambiental tem impulsionado debates sobre a presença dessas partículas em oceanos, solos e até na água potável.
5. Petricor
“Petricor” é o termo que descreve o aroma característico liberado quando a chuva atinge o solo seco, especialmente após longos períodos de estiagem. O fenômeno ocorre devido à liberação de compostos orgânicos produzidos por plantas e pela ação de microrganismos no solo. A palavra tem origem no grego pétros (pedra) e ikhôr (fluido dos deuses) e remete a uma sensação olfativa familiar e nostálgica para muitas pessoas.
A língua portuguesa continua a evoluir, adaptando-se às transformações tecnológicas, científicas e socioculturais da atualidade. O reconhecimento de termos como “nomofobia” e os demais citados demonstra o dinamismo do idioma e sua capacidade de refletir a realidade vivida por seus falantes. Estar atento a essas mudanças não apenas amplia o vocabulário, mas também permite compreender melhor os fenômenos e comportamentos que moldam nossa sociedade contemporânea.