TRI: Como é calculada a nota do Enem? 

A nota da prova do Enem é baseada na Teoria da Resposta ao Item

O Exame Nacional do Ensino Médio, mais conhecido como Enem, que usa o TRI para o cálculo das notas dos participantes, é uma das etapas mais importantes para os estudantes brasileiros que desejam ingressar em uma universidade ou concorrer a programas de financiamento estudantil, como o ProUni e o FIES

Todos os anos, milhões de estudantes se submetem a esse exame abrangente, que avalia habilidades e conhecimentos desenvolvidos ao longo do Ensino Médio. Mas nem todos os participantes sabem como é calculada a nota do Enem. Muitos se perguntam o porquê de o percentual de acertos não corresponder diretamente à nota final.

Por isso, a seguir, iremos explicar o processo de avaliação do Enem e como é gerada a nota final de cada candidato. Confira!

A estrutura do exame

O Enem é composto por quatro provas objetivas, cada uma contendo 45 questões de múltipla escolha e uma redação. As provas objetivas são divididas nas seguintes áreas de conhecimento:

  • Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
  • Ciências Humanas e suas Tecnologias
  • Ciências da Natureza e suas Tecnologias
  • Matemática e suas Tecnologias

Cada questão possui cinco alternativas, das quais apenas uma é a correta. Desse modo, o estudante deve marcar apenas uma alternativa no cartão de respostas.

Teoria da Resposta ao Item (TRI)

O cálculo da nota do Enem é baseado no método estatístico conhecido como Teoria da Resposta ao Item (TRI). Diferentemente de outros modelos de avaliação, a TRI leva em consideração não apenas o número de acertos e erros de um estudante, mas também a dificuldade das questões respondidas corretamente. Isso significa que a nota final não é calculada simplesmente contando quantas questões foram respondidas corretamente.

Níveis de dificuldade das questões

Cada questão do Enem possui um nível de dificuldade previamente determinado, de acordo com uma escala estabelecida pelos especialistas em avaliação educacional. Durante o processo de elaboração do exame, os especialistas classificam as questões em diferentes níveis hierárquicos, variando de fácil, médio a difícil.

Parâmetros estatísticos

O processo de cálculo da nota do Enem envolve a análise dos resultados obtidos pelos estudantes em todas as edições anteriores do exame. Com base nesses resultados, são estabelecidos parâmetros estatísticos para cada questão, como a porcentagem de acertos e a discriminação.

A porcentagem de acertos é calculada a partir da proporção de estudantes que responderam corretamente a questão em relação ao total de participantes do exame. Já a discriminação é um parâmetro que indica o quanto uma determinada questão é capaz de diferenciar os estudantes que têm um conhecimento mais aprofundado daqueles que têm um conhecimento mais básico.

Saiba como funciona o método de correção do Enem, o TRI. Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Saiba como funciona o método de correção do Enem, o TRI. Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

A valoração das questões

Durante o processo de cálculo da nota, as questões são categorizadas em três níveis de dificuldade: fácil, médio e difícil. Cada questão é atribuída a um desses níveis e recebe um valor específico de acordo com sua dificuldade. As questões fáceis têm um valor menor, as médias têm um valor médio e as difíceis têm um valor maior.

O perfil de habilidades do estudante

Além de levar em consideração o nível de dificuldade das questões, o cálculo da nota também leva em conta o perfil de habilidades do estudante. O método busca identificar quais são as competências e habilidades que cada estudante possui, com base nas questões respondidas corretamente.

A equação de estimação da nota

Após todas as etapas mencionadas acima, chega-se à equação de estimação da nota, que é responsável por calcular a pontuação final de cada estudante. Essa equação considera não apenas o número de acertos, mas também a dificuldade das questões respondidas corretamente e o perfil de habilidades do estudante.

Uma das principais vantagens do modelo de avaliação baseado na TRI é a possibilidade de substituição de notas. Isso significa que, caso um estudante tenha um desempenho melhor em uma determinada edição do Enem, sua nova nota pode substituir a nota obtida anteriormente, mesmo que o percentual de acertos seja menor.

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