NOVAS modalidades de saque do FGTS; confira quais
Retirar o dinheiro do FGTS está mais simples para os trabalhadores, e há novas propostas no Senado para aumentar esse direito.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), destacado como um importante suporte financeiro para diversos brasileiros, está sendo objeto de atenção devido a três novos projetos de lei que buscam expandir as oportunidades de saque. Essas propostas, atualmente em análise no Senado Federal, propõem alterações significativas com o potencial de influenciar positivamente a vida dos trabalhadores, apresentando alternativas relevantes para circunstâncias específicas. Entenda melhor a seguir!
Conheça as novas propostas de saque do FGTS
Atualmente, o FGTS permite alguns tipos de retirada, como demissão, aniversário e extraordinário. Mas os três novos projetos propõem ampliar essas opções para atender diferentes necessidades dos trabalhadores. Conheça-os:
Projeto de Lei n° 807/23: Saque para mulheres vítimas de violência doméstica
- Proposta de permitir o saque do FGTS para mulheres que foram vítimas de violência doméstica.
- Objetivo: Oferecer apoio financeiro a mulheres nessas situações para auxiliá-las na recuperação.
- Ainda em avaliação, a proposta busca usar o benefício como instrumento de amparo social em casos específicos.
Projeto de Lei n° 2679/22: Saque para compra de carro novo
- Sugere a possibilidade de sacar o saldo do FGTS para a compra de um carro novo.
- Nota: O ministro do trabalho, Luiz Marinho (PT), discorda dessa ideia.
- Reflete a intenção de ampliar as opções de uso do benefício, indo além de emergências e compra de casa própria.
Projeto de Lei n° 1747/22: Acesso ao saque ao solicitar demissão
- Propõe que trabalhadores que solicitam demissão também possam sacar o FGTS.
- Atualmente, somente os demitidos sem justa causa têm esse direito.
- Representa uma ampliação significativa dos direitos dos trabalhadores em relação ao Fundo, oferecendo uma opção adicional em casos de mudanças voluntárias de emprego.
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Qual é a importância do FGTS?
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço é um benefício obrigatório para os empregadores, sendo crucial para assegurar a proteção financeira dos trabalhadores em diversas fases de suas carreiras.
Desse modo, ele funciona como uma reserva de dinheiro que pode ser utilizado em situações como demissão sem justa causa, aposentadoria, compra de casa própria e emergências médicas.
Esse fundo é formado por depósitos mensais equivalentes a 8% do salário do trabalhador, feitos pelo empregador, e oferece segurança financeira para imprevistos, além de servir como opção para investimentos de longo prazo devido à correção monetária.
Portanto, é essencial que o trabalhador compreenda a importância desse benefício e o utilize de forma consciente, planejando sua utilização de acordo com suas necessidades e prioridades.
Vale ressaltar que a análise de propostas no Senado Federal, caso aprovadas, poderá impactar significativamente o acesso ao FGTS, proporcionando novas oportunidades para os trabalhadores. O debate em torno desses projetos destaca a necessidade de adaptar o Fundo as mudanças nas necessidades da população brasileira.
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Mudanças no rendimento do fundo
A possível alteração na correção do FGTS, em discussão no Supremo Tribunal Federal, preocupa autoridades e empresários, pois um aumento no rendimento do fundo, atualmente TR mais 3%, pode encarecer o acesso ao crédito imobiliário.
Dessa forma, a mudança poderia impactar negativamente, elevando as taxas de juros dos financiamentos e dificultando contratações, como no programa “Minha Casa, Minha Vida”, onde cerca de 40% das contratações deste ano dependeriam do formato atual de correção.
Sendo assim, a preocupação se concentra no custo adicional que poderia surgir ao buscar um rendimento mais elevado para o FGTS, impactando as taxas de juros, que variam de 4% a 8,25%.
Por fim, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, destacou a importância de garantir que o fundo seja usado da melhor maneira possível para ajudar os trabalhadores a comprarem suas casas. Ele ressaltou a necessidade de desenvolver a melhor política habitacional, especialmente no que diz respeito ao uso do fundo em financiamentos imobiliários.
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