O correto é “não-verbal” ou “não verbal”?
Palavras com o prefixo "não" são escritas com ou sem hífen?
Hífen ou Não?
Quando se trata de palavras com o prefixo “não”, a regra da língua portuguesa é bastante clara: as expressões com o prefixo “não” deve ser grafada sem hífen. Isso significa que a forma correta de escrever é “não verbal” e não “não-verbal”. Essa orientação está de acordo com o Novo Acordo Ortográfico, que busca simplificar e padronizar o uso do hífen em diversas situações.
O prefixo “não” é utilizado para indicar negação, oposição ou ausência de uma característica. Quando ele é colocado antes de um adjetivo ou substantivo, como em “não verbal”, a regra é que essas palavras sejam grafadas sem o uso do hífen. Isso porque o “não” funciona como uma palavra separada, mantendo sua função de prefixo de negação sem se ligar diretamente ao termo que o segue.
Exemplos de uso correto: “não verbal”
Para entender melhor como aplicar essa regra, veja alguns exemplos de uso correto de “não verbal”:
- “A comunicação não verbal é fundamental em nossas interações sociais.”
(Aqui, o termo “não verbal” está sendo usado para descrever um tipo de comunicação que não envolve palavras, e a ausência do hífen está correta.) - “É importante diferenciar a linguagem verbal da não verbal.”
(Neste caso, “não verbal” é utilizado para contrastar dois tipos de linguagem, novamente sem a necessidade de hífen.) - “Ela expressou sua insatisfação de forma não verbal.”
(Mais uma vez, o “não” indica a negação, separando-se do adjetivo “verbal”.)
Em todos esses exemplos, a grafia correta segue a regra de não utilizar hífen entre “não” e a palavra que o acompanha. Isso é válido para outros contextos em que “não” antecede um adjetivo ou substantivo, como “não fumante”, “não lucrativo” e “não autorizado”.
Regras básicas para uso do hífen
O hífen (-) é um sinal gráfico utilizado em diversos contextos na língua portuguesa para unir palavras e estabelecer sentido específico em suas formações. Uma das principais regras é o uso do hífen em palavras compostas, aquelas que são formadas pela combinação de dois ou mais vocábulos que, juntos, possuem um significado diferente do original. Exemplos comuns incluem beija-flor, segunda-feira e guarda-chuva.
Além disso, o hífen é utilizado para ligar pronomes a verbos, principalmente em construções que exigem ênfase ou formalidade, como em disse-me, deu-nos e abriu-as. Nesses casos, o hífen ajuda a unir os elementos de forma clara, evitando confusões de sentido.
Outro uso importante do hífen é em adjetivos compostos, especialmente quando os termos formam uma característica única. Exemplos disso são cor-de-rosa, que indica uma cor específica, verde-amarelo, que se refere às cores da bandeira do Brasil, e sul-africano, que descreve algo relacionado à África do Sul.
Elementos e prefixos acentuados
Também é aplicado quando há palavras formadas por elementos e prefixos acentuados, garantindo a clareza na leitura e na pronúncia. Casos comuns incluem pré-escolar, que se refere ao ensino anterior ao escolar, recém-nascido, para designar um bebê que acabou de nascer, e pós-operatório, usado para indicar o período após uma cirurgia.
Essas regras buscam padronizar o uso do hífen, mantendo a coerência e a clareza na língua portuguesa. É essencial conhecer essas normas para escrever corretamente e evitar erros comuns que possam comprometer o entendimento de uma mensagem.