O diminutivo – como se forma, saiba reconhecer e veja exemplos

Aprenda a reconhecê-lo, veja exemplos práticos e entenda suas diferentes funções na comunicação.

O diminutivo é uma forma gramatical utilizada para indicar redução de tamanho, intensidade ou até mesmo transmitir afeto, ironia e outros sentidos subjetivos. Ele pode ser formado por meio da adição de sufixos específicos, como -inho e -zinho, sendo amplamente empregado na língua portuguesa.

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Saber reconhecer e utilizar corretamente o diminutivo pode enriquecer a comunicação e tornar a fala ou a escrita mais expressiva. Aqui, você vai entender como essa formação acontece, identificar suas principais características e conferir exemplos práticos de seu uso no dia a dia.

O conhecido diminutivo

O diminutivo é um recurso linguístico que altera a forma das palavras para indicar redução de tamanho, intensidade ou até mesmo transmitir diferentes emoções, como carinho, desprezo ou ironia. Na língua portuguesa, ele é comumente utilizado em substantivos, adjetivos e advérbios, sendo amplamente empregado tanto na linguagem formal quanto na coloquial. Sua presença é marcante no dia a dia, aparecendo em nomes próprios, objetos, situações e até mesmo expressões afetuosas ou pejorativas.

Resumo sobre o assunto

  • É um grau dos substantivos, adjetivos e advérbios.

  • Indica redução de tamanho ou intensidade.

  • Pode expressar afetividade, desprezo ou ironia, dependendo do contexto.

  • É formado, principalmente, pelos sufixos -inho e -zinho.

  • Difere do aumentativo, que sugere ampliação ou intensificação.

  • Nomes próprios muitas vezes possuem formas diminutivas carinhosas, usadas como apelidos.

O que é o diminutivo?

É uma forma derivada das palavras que pode ser aplicada a substantivos, adjetivos e advérbios para indicar algo pequeno ou reduzido em tamanho, quantidade ou importância; no entanto, seu uso vai além da literalidade: na linguagem figurada, ele pode expressar proximidade, ternura, menosprezo ou ironia, dependendo do tom e da intenção de quem fala.

Exemplo 1 – Uso afetivo do diminutivo

  • Estou esperando o meu irmão.
  • Estou esperando o meu irmãozinho.

A inclusão do sufixo -zinho na palavra “irmão” pode sugerir que ele é mais jovem, menor fisicamente ou simplesmente querido pela pessoa que fala.

Exemplo 2 – Uso irônico ou depreciativo

  • Você não passa de um filhinho da mamãe!

Neste caso, o diminutivo filhinho carrega um tom pejorativo, sugerindo que a pessoa é mimada ou excessivamente dependente dos pais. Ele, portanto, não serve apenas para indicar redução, mas também para imprimir nuances emocionais e estilísticas ao discurso. Seu uso estratégico pode enriquecer a comunicação, tornando-a mais expressiva e persuasiva.

Os tipos e suas formações

O diminutivo na língua portuguesa pode ser classificado em duas formas principais, dependendo de como é construído dentro de uma palavra ou expressão. Ele pode ocorrer de maneira sintética, por meio da adição de sufixos específicos, ou de forma analítica, quando um adjetivo ou advérbio é utilizado para indicar redução de tamanho, intensidade ou quantidade.

1. Grau diminutivo sintético

Essa forma de diminutivo ocorre quando a palavra original recebe um sufixo que altera sua estrutura, conferindo-lhe a ideia de pequenez, delicadeza ou afetividade. Os sufixos mais comuns para essa formação são -inho e -zinho, amplamente utilizados no português falado e escrito. Veja alguns exemplos práticos:

  • pato → patinho

  • comida → comidinha

  • grão → grãozinho

  • mão → mãozinha

Os sufixos são adicionados respeitando algumas regras ortográficas. Por exemplo, quando a palavra termina em vogal tônica, geralmente utiliza-se -zinho (como em “café” → “cafezinho”). Já para palavras terminadas em consoantes ou em vogais átonas, o sufixo mais frequente é -inho (como em “bolo” → “bolinho”).

2. Grau diminutivo analítico

Diferente do sintético, o diminutivo analítico não altera a estrutura da palavra original. Em vez disso, ele utiliza um termo adicional, geralmente um adjetivo ou advérbio, que expressa a ideia de diminuição. Essa forma é bastante comum tanto na linguagem formal quanto na cotidiana. Veja alguns exemplos:

  • pato → pato pequeno

  • casa → casa modesta

  • grão → grão miúdo

  • mão → mão minúscula

Nesse caso, a redução de tamanho ou intensidade depende diretamente do significado do adjetivo ou advérbio utilizado. Além de “pequeno” e “miúdo”, outros termos como “curto”, “estreito”, “baixinho” e “ligeiro” também podem ser empregados para expressar a ideia de diminutivo.

Lista dos mais comuns

Grande parte dos diminutivos na língua portuguesa segue um padrão previsível: o radical da palavra é preservado e um dos sufixos diminutivos é adicionado. Confira alguns exemplos com substantivos e adjetivos:

  • abelha → abelhinha

  • banana → bananinha

  • barco → barquinho

  • bonito → bonitinho

  • cachorro → cachorrinho

  • cadeira → cadeirinha

  • carro → carrinho

  • esperto → espertinho

  • estrela → estrelinha

  • garrafa → garrafinha

  • gato → gatinho

  • homem → homenzinho

  • moça → mocinha

  • mulher → mulherzinha

  • palavra → palavrinha

  • pássaro → passarinho

  • peixe → peixinho

  • porta → portinha

  • roupa → roupinha

  • tatu → tatuzinho

O diminutivo – como se forma, saiba reconhecer e veja exemplos (Foto: Unsplash).
O diminutivo – como se forma, saiba reconhecer e veja exemplos (Foto: Unsplash).

Entretanto, nem todos os diminutivos seguem a mesma estrutura com -inho ou -zinho. Algumas palavras possuem formas diminutivas com sufixos distintos. Veja alguns exemplos:

  • anel → anelito

  • árvore → arbusto

  • burro → burrico

  • casa → casebre

  • corpo → corpúsculo

  • dente → dentículo

  • filho → filhote

  • fita → fitilho

  • fogo → fogacho

  • língua → lingueta

  • livro → livreto

  • obra → opúsculo

  • palácio → palacete

  • poema → poemeto

  • raiz → radícula

  • rapaz → rapazote

  • rio → riacho / ribeiro / regato

  • rua → ruela

  • saia → saiote

  • verso → versículo

Uso e variações

Muitos dos substantivos listados acima também podem apresentar uma versão diminutiva com os sufixos -inho ou -zinho, como acontece com casinha (de casa), filhinho (de filho) e sainha (de saia); no entanto, algumas palavras, como anelzinho (de anel) ou livrinho (de livro), ainda não são reconhecidas oficialmente por todos os dicionários e gramáticas normativas. Apesar disso, seu uso é comum na linguagem coloquial, devendo-se evitar em textos formais.

Diminutivos de nomes próprios

O uso do diminutivo em nomes próprios é um recurso afetivo e serve para expressar carinho, proximidade e até intimidade. Assim como nos substantivos comuns, os nomes podem receber os sufixos -inho e -inha ou -zinho e -zinha. Veja alguns exemplos:

  • Ana → Aninha

  • Carlos → Carlinhos

  • Fernando → Fernandinho

  • João → Joãozinho

  • Rita → Ritinha

Além dessas formas, há ainda o truncamento, que ocorre quando apenas uma parte do nome é utilizada para formar apelidos. Embora nem sempre sejam diminutivos no sentido gramatical, eles cumprem a mesma função de indicar proximidade e afeto. Alguns exemplos incluem:

  • Beatriz → Bia

  • Gabriela → Gabi

  • Guilherme → Gui / Guigui

  • José → Zé

  • Marina → Nina

  • Roberto → Beto

  • Viviana → Vi / Vivi

Essas formas são muito comuns no dia a dia e, em muitos casos, acabam sendo mais utilizadas do que os próprios nomes completos.

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