O erro de Zuckerberg: o que NÃO FAZER diante de uma baixa do mercado

 

Lidar com projetos profissionais que não dão certo não é algo fácil. Quando vamos trabalhar, esperamos sempre que nossos projetos deem certo, mesmo que não totalmente.

Porém, nem sempre isso é o que acontece. Mas é parte natural das flutuações de mercado. Por vezes os analistas apontam tendências, mas essas, por N razões, não acontecem.

O grande problema é a forma como gestores e coordenadores lidam com isso.

Pois um grande empresário sabe como deve agir, quando um projeto tem um resultado negativo. Sabe como usar os resultados negativos para fazer um balanço honesto e sincero dos rumos da empresa e, por meio deles, repensar estratégias.

Mas, da mesma forma que vemos grandes empresários transformando a falha em oportunidade de crescimento, vemos também aqueles que não sabem lidar com pequenos fracassos – como foi o caso recente de Mark Zuckerberg, do conglomerado Meta.

 

Primeiro: o que aconteceu?

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Antes de vermos a posição de Zuckerberg, primeiro precisamos entender o que aconteceu.

O que aconteceu é algo bastante prosaico, no mundo corporativo: os concorrentes do grupo Meta tiveram uma alta nos mercados, enquanto o Facebook – carro-chefe de Zuckerberg – teve uma redução no número de usuários.

Observadores internacionais de tecnologia já vinham apontando o desgaste na fórmula de sucesso das empresas, principalmente, devido ao enorme público que usa os serviços do grupo Meta. Em outras palavras, o formato do Facebook estagnou – há pouco espaço para inovação, nessa estrutura de negócios.

Isso, evidentemente, levou a uma desvalorização nas ações da empresa, bem como uma perda de capital (nesse caso, algo na casa dos bilhões, então, não é como se o Facebook estivesse à beira da falência).

De qualquer modo, isso desagradou Mark Zuckerberg, e ele agiu de forma inadequada, se pensarmos em modelos clássicos de gestão de negócios.

 

Segundo: o que Zuckerberg fez?

Diante dos números indiciando uma baixa de usuários do Facebook (e, em contrapartida, um aumento de usuários de serviços da Apple e TikTok, seus maiores concorrentes), Mark Zuckerberg começou sua defesa atacando seus rivais.

A valorização dos serviços da Apple tem se dado, principalmente, devido à mudanças no sistema dos aparelhos e apps, somados a novas legislações a esse respeito, principalmente, na União Europeia.

Esses novos sistemas operacionais impedem a divulgação e rastreamento de dados dos usuários. Consequentemente, fica mais difícil a criação e divulgação de anúncios pagos e publicidades direcionadas – essa, a principal fonte de renda do Facebook.

Já no caso do TikTok, trata-se de um formato – o dos vídeos rápidos. Ao invés de fazer mea culpa quanto às funcionalidades de seus serviços, Zuckerberg atacou a concorrente chinesa, acusando-a de coisas como “tomar grande parte do tempo dos usuários”.

Assim, o Facebook anunciou que vai oferecer um serviço semelhante.

Ou seja, Zuckerberg cometeu três erros: primeiro, negou a estagnação de seu modelo; segundo, culpou a concorrência de agir antiteticamente; terceiro, copiou descaradamente o formato de sucesso deles.

Três decisões totalmente incoerentes com um perfil de liderança competente.

 

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