O que é Medicina Personalizada?

Uma das áreas de estudos médicos que mais cresce é a Medicina Personalizada. Trata-se de uma área relativamente recente. Saiba mais no nosso artigo.

Uma das áreas de estudos médicos que mais cresce é a Medicina Personalizada. Muitas pessoas podem se perguntar: “Mas a medicina já não era personalizada? Afinal, cada paciente é único”.

Contudo, a resposta é NÃO. A Medicina personalizada é uma nova concepção teórica da medicina clínica geral, que considera fatores individuais, genéticos, históricos e diários de cada paciente, visando prevenção, diagnósticos e tratamento de doenças.

Ao contrário da medicina tradicional, que trata todos os pacientes que estejam sofrendo uma condição médica da mesma maneira (por exemplo, três pacientes com gripe, os três recebendo o mesmo remédio), a medicina personalizada utiliza as informações genéticas, pessoais e diárias do paciente, visando seu tratamento.

Para tanto, ela se vale de diversas análises laboratoriais altamente especializadas e avançadas, como o caso dos exames genéticos e do uso de altas tecnologias. Assim, conheça sobre as bases da medicina personalizada em nosso artigo.

 

1.     Estudos de Genética e Genômica

Dentro dos estudos de biomedicina, existem dois ramos que são essenciais, para a produção de diagnósticos, na medicina personalizada: a genética, já popularizada nos meios de comunicação e a genômica, ainda pouco falada nos meios leigos.

Enquanto a primeira analisa a hereditariedade do paciente (as heranças genéticas de antepassados), a segunda estuda o genoma para identificar questões e condições específicas de seu organismo.

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Pelo sequenciamento do DNA, médicos geneticistas podem identificar mutações ou variantes genéticas, que sugiram a predisposição a doenças ou reações a tratamentos.

Por exemplo, mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2 são associadas ao desenvolvimento de cânceres. Ao identificar essas mutações, é possível fazer tratamentos preventivos.

 

2.     Farmacogenômica

A farmacogenômica é uma área em desenvolvimento acelerado, que estuda as respostas genéticas de pacientes a medicamentos, permitindo uma escolha de drogas e doses precisas.

Por exemplo, o teste para a enzima CYP2C19 (essencial para a metabolização de substâncias químicas) pode ajudar a determinar a eficácia de medicamentos “fortes” e “fracos” de fins específicos em um paciente.

Ao fazer a testagem desses genes, antes de iniciar um processo terapêutico, o medico potencialmente evita efeitos colaterais severos, buscando a melhor abordagem e medicação.

 

3.     Biomarcadores

Os biomarcadores são indicadores biológicos que podem revelar problemas de saúde, reações a doenças ou medicamentos, e demais informações sobre o paciente.

Na oncologia, por exemplo, a proteína HER2 é um biomarcador que pode denunciar a formação de um câncer de mama, a depender de sua contagem, em análise clínica.

A identificação e contagem de biomarcadores específicos no corpo do paciente permite uma abordagem de tratamento direcionado.

 

4.     Diagnósticos Precisos

A medicina personalizada utiliza exames de imagem e testagens moleculares, a fim de proporcionar diagnósticos mais precisos e precoces.

Dos exames de imagem, um dos mais conhecidos é a ressonância magnética. Trata-se de uma tecnologia de fornecimento de imagens anatômicas detalhadas.

Dos testes moleculares, o mais conhecido é a biópsia líquida, que detecta biomarcadores tumorais no sangue, por exemplo, e permite tratamentos da doença nos estágios iniciais, além do monitoramento das respostas imunológicas do corpo, às drogas administradas.

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