O que é meditação? Como fazer essa prática?
Uma das práticas mais difundidas como tratamento para doenças mentais e stress (e mais mitificadas) é a meditação.
Existente em diversas culturas mundo afora, difundidas das mais diversas maneiras, a meditação é uma prática que, em termos mais genéricos, consiste em focar a mente em um único ponto, de forma a garantir que ela se “esvazie”, isso é, que os pensamentos e ações mentais se estabilizem.
Porém, essa prática é cercada de esoterismos, em alguns casos. E aqui não estamos entrando no mérito de práticas religiosas de nenhum tipo, mas apontando para o risco que pessoas correm, quando a meditação (ou uma “ideia de meditação”) é usada por coaches fraudulentos.
Afinal, a prática não é um “remédio imbatível”, apesar de seus diversos efeitos comprovados, e seu uso até mesmo em terapias tradicionais.
Então, o que é “meditação”? Como fazer ela? Veja no nosso artigo.
A mente sem estímulos
A meditação é, de maneira geral, uma forma de deixar a mente sem estímulos, e isso é extremamente importante, para que o cérebro consiga absorver informações novas, consiga fixar as anteriores, e consiga trabalhar nas demais funções corporais.
Atualmente, somos superestimulados, seja pelas pressões de trabalho, seja pelo uso excessivo de tecnologias.
Isso leva o cérebro a ter uma sobrecarga de informações, e consequente liberação maior de hormônios como dopamina (“hormônio da felicidade”), cortisol (“hormônio da atenção” ) e adrenalina (“hormônio do medo”).
A meditação, nesse sentido, serve para deixar a mente sem estímulos. Ou seja, o cérebro consegue se concentrar apenas em suas funções biológicas principais, para que, quando as funções cognitivas precisem ser reativadas, ele esteja mais “forte” e “resistente”.
Silêncio, escuridão e estabilidade
O lugar-comum sobre a meditação fala que o meditante precisa se manter quieto, parado e com poucas luzes, a fim de conseguir fazer sua prática. Isso é verdade em termos.
A meditação não é A Meditação, mas sim Práticas de Meditação e essas práticas não são todas iguais – e nem todas funcionam para todas as pessoas.
Todas as meditações se dividem em duas categorias: mente aberta e mente focada. A mente aberta é permitir que pensamentos venham livremente, enquanto a mente fechada é concentrar toda a atenção apenas em um ponto.
Há diversas culturas no mundo com meditativas abertas e fechadas envolvendo movimentos, luzes e sons.
Podemos pensar nos sufis, que são religiosos mulçumanos, que praticam sua meditação com música e dançando em círculos.
Outra meditação conhecida é o mantra Om do hinduísmo.
Existe ainda a Tartáka, que consiste em se concentrar em uma vela acesa.
O importante é que a meditação leve ao “freio” dos estímulos cerebrais.
Vantagens da meditação
Além do relaxamento do cérebro – e consequente aumento da resistência – a meditação também pode ser utilizada como uma forma de se tratarem problemas de saúde mental, tais como stress e depressão.
Em ambientes de trabalho e escolas, ela pode ser usada para estimular a criatividade e melhoria do humor nos participantes, consciência corporal e desautomatização da vida.