O que é paralelismo sintático e paralelismo semântico?
Um dos maiores problemas em textos de concursos, provas e afins é uma questão de escrita que pode tirar pontos, apesar de ser algo muito simples: o paralelismo sintático e o paralelismo semântico.
Mas o que são essas funções do texto? Para que serve? Como não errar?
Primeiro, basta dizermos que paralelismo é uma questão de estilo do texto, e não de gramática. Segundo, é que ele não altera muito o significado, mas sua falta é percebida porque ela causa um estranhamento no todo.
Então, por que é necessário usar? Como não errar? Confira.
Paralelismo sintático: palavras de uma mesma classe gramatical em sequência
Temos dois tipos de paralelismo, o sintático e o semântico.
O sintático, talvez seja o mais fácil de ser percebido, porque ele se refere às classes e formação de palavras em um texto.
Construir frases com paralelismo semântico é essencial para um texto que tenha uma boa fluidez. Sem ele, o texto fica meio estranho, isso é, temos uma sensação de que algo está fora do lugar.
Considere os exemplos:
- João gosta de comer frutas, de andar de bicicleta e da leitura de gibis.
- João gosta de comer frutas, de andar de bicicleta e de ler gibis.
No caso da primeira frase, temos uma sequência com dois verbos e eu substantivo. Nesse caso, o paralelismo se faz necessário, para a frase soar mais fácil de ser entendida.
Na primeira parte desse texto, fizemos isso (primeiro, segundo).
Para não ter erro, basta pensar: escolha uma única classe gramatical, na hora de cria a frase.
Exemplos:
- Viajei pra França, Inglaterra e Itália – só substantivos;
- Nascer, crescer e morrer é o fado do homem – só verbos;
- Facilmente se contraí dividas, dificilmente se paga – só advérbios.
Paralelismo semântico: palavras organizadas pelo significado
No caso do paralelismo semântico, o erro fica um pouco mais complicado e sutil. Isso porque, a semelhança entre os termos não é pela classe gramatical, mas pelo significado que as palavras dão ao texto.
Veja os exemplos:
- No Brasil há tanto climas quentes, como frios;
- Por um lado, a corrupção é endêmica; de outro, a população também é;
- Quanto mais estudo ciências, então percebo o que preciso aprender.
Nos termos sublinhados há a falta de paralelismo, porque, embora as relações estabelecidas entre uma frase e outra façam sentido (causa e consequência, ponto e contraponto, etc.), a diferença de significado de um dos termos muda o significado de uma delas.
No primeiro caso, “Tanto” estabelece relação de valor numérico, enquanto “como”, serve para introduzir um exemplo.
No segundo caso, o primeiro termo é pra colocar um fato; porém, o segundo o termo, não serve de contraponto, nesse caso.
No terceiro, temos uma quantidade de causa e consequência, mas, enquanto na causa é uma questão numérico (Mais) na consequência, é cronológica (então).
Esse tipo de paralelismo não tem alternativa: é abrir à gramática e decorar.
Porém, depois, seus textos ficaram muito mais fluidos.