Texto dissertativo – definição, características e quando usar

Saiba quando utilizá-lo de forma eficaz em diferentes contextos, como redações acadêmicas e profissionais.

Você já se deparou com a necessidade de escrever um texto dissertativo, seja para uma redação escolar, um concurso ou até mesmo para o vestibular, e sentiu aquele frio na barriga? Essa é uma das estruturas textuais mais cobradas em avaliações, justamente por sua capacidade de medir habilidades como argumentação, organização de ideias e domínio da língua portuguesa.

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Neste post, vamos desvendar os principais elementos que tornam um texto dissertativo claro, persuasivo e bem-estruturado. Além disso, você vai aprender dicas práticas para construir introduções envolventes, desenvolver argumentos sólidos e finalizar suas ideias com maestria. Se escrever uma boa dissertação é um desafio para você, continue lendo e descubra como transformar esse processo em algo simples e eficiente!

Texto dissertativo

O texto dissertativo é caracterizado por sua natureza argumentativa e opinativa, pois apresenta um ponto de vista sobre um tema ou assunto específico, sustentado por uma argumentação lógica, clara e bem estruturada. Sua estrutura está baseada em três momentos. Veja quais:

Introdução: conhecida como “tese”, essa é a parte onde a ideia principal sobre o tema deve ser apresentada de forma clara e objetiva. É importante lembrar que a introdução é uma das seções mais essenciais do texto, pois é nela que se delineiam as informações que serão aprofundadas ao longo da argumentação.

Desenvolvimento: chamado também de “anti-tese” ou “antítese”, este é o momento de expandir os argumentos. Aqui, opiniões, dados, estatísticas, fatos e exemplos entram em cena para sustentar e fortalecer a ideia central, demonstrando consistência e embasamento na defesa do ponto de vista apresentado.

Conclusão: como o próprio nome sugere, esta etapa encerra o texto. Também referida como “nova tese”, é o momento de fechar as ideias desenvolvidas anteriormente e, se possível, trazer uma nova perspectiva ou reflexão, consolidando a mensagem principal com clareza e impacto.

Os tipos

Existem dois formatos principais de textos dissertativos: o argumentativo e o expositivo.

  1. Texto dissertativo-argumentativo
    Esse tipo de texto busca convencer o leitor de um ponto de vista ou ideia central (tese) por meio de uma argumentação bem estruturada, sustentada por exemplos, dados e fatos.
  2. Texto dissertativo-expositivo
    Nesse caso, o objetivo é apresentar informações, teorias ou conceitos de forma clara e organizada, sem a intenção de persuadir o leitor.

Exemplos

Texto I

As redes sociais transformaram a forma como nos comunicamos e interagimos, mas, ao mesmo tempo, têm gerado preocupações crescentes sobre sua influência na saúde mental dos jovens. Embora sejam ferramentas valiosas para conexão e expressão, seu uso excessivo pode contribuir para sentimentos de isolamento, baixa autoestima e ansiedade.

Um dos principais fatores que ligam as redes sociais a problemas de saúde mental é a comparação constante. Perfis nas plataformas frequentemente exibem versões idealizadas da vida de outras pessoas, levando os jovens a acreditar que não estão à altura dessas expectativas irreais. Um estudo da Journal of Mental Health aponta que usuários que passam mais de três horas diárias em redes sociais têm 20% mais chances de apresentar sintomas de depressão.

Além disso, a pressão por validação, evidenciada pela busca incessante por curtidas e comentários, pode criar uma dependência emocional prejudicial. Essa dinâmica reforça a ideia de que o valor de uma pessoa está ligado à aceitação social digital, o que afeta diretamente a autoestima. Campanhas educacionais e limites no uso das redes sociais são medidas essenciais para minimizar esses impactos negativos.

Portanto, apesar de suas vantagens, é crucial que as redes sociais sejam utilizadas com moderação e consciência. Ensinar os jovens a equilibrar o uso dessas plataformas e priorizar interações reais pode ajudar a mitigar os efeitos prejudiciais na saúde mental, promovendo um bem-estar emocional mais sólido.

Por que é um texto dissertativo-argumentativo?

Este texto é um exemplo de dissertação argumentativa porque apresenta uma tese clara (o impacto negativo das redes sociais na saúde mental dos jovens) e busca convencer o leitor dessa ideia. Para isso, utiliza argumentos baseados em dados, exemplos e explicações lógicas. Além disso, há uma conclusão que reforça a posição defendida ao longo do texto, propondo soluções para o problema.

Texto II

A leitura regular é uma prática que traz diversos benefícios para o desenvolvimento intelectual, emocional e social de uma pessoa. Ao longo dos anos, pesquisas têm demonstrado que ler regularmente melhora a capacidade de concentração, amplia o vocabulário e fortalece a memória. Além disso, a leitura é uma ferramenta poderosa para aumentar o conhecimento sobre diferentes culturas, ideias e perspectivas, contribuindo para o desenvolvimento da empatia.

Do ponto de vista emocional, a leitura pode funcionar como uma forma de escape ou relaxamento, ajudando a reduzir o estresse. Muitas pessoas encontram nos livros um refúgio para se desconectar das preocupações diárias. Já no âmbito social, ela permite que os indivíduos se tornem mais articulados e confiantes ao se expressar, graças à expansão do repertório linguístico e à capacidade de compreender melhor os outros.

Portanto, seja por lazer ou estudo, incorporar a leitura à rotina é uma escolha que pode trazer benefícios a curto e longo prazo. Investir tempo nessa prática não apenas enriquece o conhecimento, mas também contribui para o bem-estar geral.

Por que este texto é dissertativo-expositivo?

Este texto é classificado como dissertativo-expositivo porque apresenta informações e ideias de forma clara e objetiva, com o propósito de explicar os benefícios da leitura regular. Ele não tenta convencer o leitor a adotar a prática, mas sim expõe dados e argumentos que destacam sua importância. Não há uma tentativa de persuasão, característica essencial de textos argumentativos.

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