O que um jornalista concursado faz?
Das muitas possibilidades de trabalho que um jornalista tem, um desse é o de jornalista (ou repórter) concursado. Embora pareça que a comunicação oficial de um órgão público seja a cargo de uma grande corporação de mídias, há uma imprensa oficial nas instâncias jurídicas, executivas e legislativas brasileiras.
Esse é o trabalho de jornalistas concursados. Canais de TV como a TV Senado e a TV Câmara, jornais como o Diário Oficial e os sites institucionais são editados e alimentados por jornalistas.
Jornalistas concursados, eventualmente, compõe a equipe do porta-voz de uma gestão, uma vez que são servidores públicos ligados ao Ministério das Comunicações ou Casa Civil, independente de quem seja o político eleito.
Claro que a maioria dos parlamentares conta com uma equipe de assessoria de imprensa. Mas nesse caso, trata-se de uma comunicação oficial parcial: essa equipe vai procurar mostrar as qualidades do assessorado e os defeitos de sua oposição.
Jornalistas concursados: a voz do governo
Um órgão de imprensa oficial, por sua vez, é comprometido com as informações oficiais de um governo, assim, não sendo sua atribuição criticar a oposição.
Um jornalista concursado da câmara, por exemplo, é responsável por reportar votações, acontecimentos da câmara, agendas oficiais, dentre outros.
Já um jornalista concursado em um edital aberto por uma prefeitura tem, como atribuição, publicar reportagens diárias sobre as ações do prefeito: sua agenda, suas decisões e expedições, projetos de lei e decretos e afins.
Esse jornalista é quem relata à imprensa a posição oficial do governo, câmara e tribunais.
Linguagem neutra e apartidária
Como dissemos, deve ser uma comunicação neutra e apartidária, isso é, sem vincular a imagem do poder executivo a um partido político. É ainda um trabalho que deve procurar ser direto, isso é, sem trazer a opinião do articulista, mas o simples relatório dos fatos.
Há também a necessidade de existir uma “informação oficial” sobre práticas, recursos e demais procedimentos adotados por políticos e juízes. Essas informações oficiais visam orientar jornalistas de órgãos de imprensa, quanto decisões e posições do governo.
Um jornalista concursado também pode ir se especializando em legislatura, trabalhar em setores como atendimento à população ou até ouvidoria pública.
Órgãos públicos são cobrados por imprensa, ongs e observatórios nacionais e internacionais, quando surgem irregularidades, e até problemas mais graves, vinculados a uma gestão, parlamentar ou repartição.
Por exemplo, em situações nas quais se constata inconsistência de gastos, inconstitucionalidade de decisões, ou desrespeito a Direitos Humanos.
TV, Rádio e Internet
E claro, há emissoras e portais oficiais dos governos, tais como a Rede Câmara (SP), Rio TV Câmara, Portal CMBH, dentre muitas outras. Nos rádios, podemos destacar programas como o (já tradicional) Voz do Brasil.
E nas mídias digitais, é claro, há redes sociais, sites de notícias oficiais e sites institucionais (governo estadual, secretaria municipal de educação etc.), que são diferentes de estado para estado.
Os responsáveis por esses órgãos são jornalistas concursados. Alguns órgãos, inclusive, contam com seus telejornais diários, com apresentações, entrevistas, debates e afins.