O trabalho noturno e a saúde

O trabalho noturno e a saúde

 

Quem trabalha a noite reclama; segundo os profissionais, o trabalho noturno é sempre mais difícil e trás prejuízos para o organismo.

De acordo com a organização mundial de saúde (OMS), 20% das populações dos países desenvolvidos trabalham no horário da noite. O horário faz parte da rotina dos profissionais como médicos-plantonistas e enfermeiros. Mas não são apenas eles que exercem atividade noturna.

Com o crescente número de estabelecimentos como lojas de conveniências, supermercados e postos de gasolina, aumenta também o número de pessoas que trabalham no período da noite.

Mas será que trabalhar no período da noite trás mesmo prejuízos para a saúde?

Segundo os especialistas, o trabalho noturno causa uma série de complicações como, dificuldade de concentração, de memória, de aprendizagem e isso dependendo da atividade que pessoa exerce pode trazer resultados desastrosos.

Quem trabalha no período noturno e precisa descansar durante o dia dorme menos e pior. Além disto, os hormônios melatonina e cortisol, substâncias secretada por um neurônio principal e responsável pela regularização do sono, bem como as citocinas inflamatórias salivares sofrem uma desregulação em sua produção, o que pode ser um fator de peso para diversas doenças, incluindo o câncer.

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Devido à exposição à luz durante a noite, o organismo dos trabalhadores noturnos, diariamente secreta menos o hormônio melatonina, que participa do controle dos ritmos biológicos, incluindo o que regula o sono. Ou seja, a mudança na quantidade de melatonina no organismo também altera o “relógio” pelo qual o corpo diz a hora de dormir.

Quanto mais escuro e calmo um ambiente, mais melatonina tende a ser secretada e com mais sono a pessoa fica. 

A secreção de cortisol nesses trabalhadores, por sua vez, perde seu ritmo natural. Este hormônio prepara para situações de estresse, podendo prejudicar esta função. Além disto, melatonina e cortisol ajudam no controle das respostas aos agentes que invadem o corpo, como os microorganismos, com destaque para o papel do cortisol.

Uma boa opção para diminuir os efeitos negativos sobre o organismo de um trabalhador noturno é o exercício físico. 

 A privação do sono causa efeitos deletérios ao corpo e um trabalhador noturno também sofre por causa dela. No entanto, o exercício físico utilizado durante a privação parcial ou total de sono, acaba agindo de forma ainda não conhecida, protegendo o corpo dos efeitos dessa privação. Mantendo-o em um estado de vigília maior se comparado a indivíduos que não realizam exercícios físicos durante a privação de sono.

Adquirindo problemas de saúde ou não, o funcionário noturno tem alguns direitos que o funcionário diurno não tem.

A legislação prevê, para tentar compensar os danos que o trabalho noturno pode causar a um indivíduo, um adicional noturno de 20% do salário.

Esse horário noturno compreende das 22 horas de um dia até as 5 horas do dia seguinte. Se determinada empresa não cumpre essa obrigação, além de ter que pagar esse valor aos seus trabalhadores, ela ainda será fiscalizada pela secretaria do trabalho que certamente lhe aplicará uma multa em relação a isso.

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