Uso do hífen no Novo Acordo Ortográfico
Aprenda a aplicá-las corretamente na escrita!

Sabe usar o hífen? Porque o Novo Acordo Ortográfico, em vigor desde 2009, trouxe diversas mudanças na escrita da língua portuguesa, incluindo novas regras para o uso do hífen. Essas alterações visam unificar a ortografia dos países de língua portuguesa, tornando a escrita mais simplificada e padronizada. Entre as principais mudanças, destaca-se a eliminação do hífen em determinadas palavras compostas e sua manutenção em outras, de acordo com critérios específicos.
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Hoje, nós exploraremos as principais regras do uso do hífen segundo o Novo Acordo Ortográfico, facilitando sua aplicação no dia a dia.
Houve mudança no uso do hífen?
Desde a implementação do novo Acordo Ortográfico, em 2009, o uso do hífen passou por mudanças expressivas, especialmente na grafia de palavras compostas. As modificações tiveram como principal objetivo simplificar a escrita, tornar as regras mais uniformes entre os países lusófonos e facilitar o aprendizado do idioma.
Principais mudanças no uso do hífen
O Acordo Ortográfico eliminou o hífen em diversas situações, mas também determinou sua permanência e inclusão em outras. Em geral, o critério para seu uso está ligado à terminação do prefixo e à letra inicial do segundo elemento da palavra. No entanto, algumas expressões consagradas pelo uso mantiveram o hífen, independentemente das novas diretrizes.
Quando usar o hífen?
O uso do hífen segue regras específicas, conforme a estrutura da palavra:
✅ Prefixos que sempre levam hífen: alguns prefixos exigem o uso do hífen, independentemente do que vem depois. São eles: ex-, sem-, recém-, além-, aquém-, pré-, pós- e pró-.
Exemplos:
-
ex-marido
-
sem-teto
-
recém-nascido
-
além-mar
-
pré-história
-
pós-graduação
-
pró-reitor
Vogais diferentes: se um prefixo termina em vogal e a palavra seguinte começa com uma vogal diferente, o hífen não é necessário.
Exemplos:
-
autoescola
-
autoestima
-
semiaberto
-
coautor
Consoantes diferentes: quando o prefixo termina em consoante e o segundo elemento começa com outra consoante, o hífen também não é utilizado.
Exemplos:
-
submarino
-
intercontinental
-
hipermercado
-
subtropical
-
intermunicipal
Exceção: em casos onde a ausência do hífen poderia gerar confusão na pronúncia, ele é mantido. Um exemplo é sub-regional, onde o hífen evita ambiguidade na leitura.
Com essas regras, fica mais fácil compreender quando e como utilizar o hífen corretamente. Embora a mudança possa parecer confusa no início, sua aplicação simplificada torna o aprendizado da ortografia mais acessível e intuitivo.
O uso do hífen pode gerar dúvidas, mas seguir algumas regras básicas ajuda a evitar erros e inconsistências na escrita. Com o Acordo Ortográfico, algumas mudanças foram implementadas, tornando essencial a compreensão de quando o hífen deve ou não ser utilizado. A seguir, explicamos as principais regras para o uso correto desse sinal gráfico.
Quando o prefixo e o segundo elemento têm vogais iguais
Se um prefixo termina com uma vogal e o elemento seguinte começa com essa mesma vogal, o hífen deve ser empregado para separar as partes da palavra.
Exemplos:
-
anti-inflamatório
-
micro-ondas
-
auto-observação
-
arqui-inimigo
Prefixo e o segundo elemento têm consoantes iguais
De maneira semelhante, se o prefixo termina com uma consoante e o segundo elemento começa com a mesma consoante, é necessário o uso do hífen.
Exemplos:
-
sub-bibliotecário
-
hiper-realista
-
super-resistente
-
inter-relação
Termina em consoante e o segundo elemento começa com vogal
Neste caso, o hífen não deve ser utilizado. As duas partes da palavra se unem diretamente, sem separação.
Exemplos:
-
subestimar
-
supereficiente
-
hiperativo
-
interestelar
Atenção! Há exceções quando a ausência do hífen pode causar ambiguidade na pronúncia. Nesses casos, ele é mantido para evitar confusão.
Exemplo:
-
mal-educado (para diferenciar de “maleducado”, que teria pronúncia diferente)
4. Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com consoantes (exceto H, R e S)
Se o prefixo termina com uma vogal e o segundo elemento começa com uma consoante que não seja H, R ou S, as palavras devem ser escritas juntas, sem hífen.
Exemplos:
-
antibomba
-
agropecuária
-
antiqueda
-
autopeça
Quando o segundo elemento começa com a letra H
O Acordo Ortográfico manteve a necessidade do hífen quando a segunda parte da palavra inicia com H, para preservar a grafia original da palavra.
Exemplos:
-
anti-higiênico
-
infra-hepático
-
sobre-humano
-
sub-humano
-
hiper-hidratado
-
intra-hospitalar
Quando termina em vogal e o segundo elemento começa com R ou S
Nesses casos, o hífen não é utilizado; no entanto, a consoante inicial do segundo elemento é duplicada.
Exemplos:
-
antissocial
-
corresponsável
-
ultrassom
-
semirreta
Palavras que perderam por deixarem de ser compostas
Algumas palavras, originalmente formadas por composição com hífen, passaram a ser escritas de forma unida, pois perderam a noção de composição ao longo do tempo.
Exemplos:
-
paraquedas
-
mandachuva
-
pontapé
Uso do hífen em locuções
O hífen deixou de ser utilizado em locuções substantivas, adjetivas e adverbiais quando há um elemento de ligação entre os termos, como preposições.
Exemplos:
-
fim de semana
-
mão de obra
-
pé de moleque
-
pôr do sol
Exceção! Algumas locuções tradicionais mantiveram o hífen, pois seu uso consagrado justifica a grafia original.
Exemplo:
-
cor-de-rosa