Conheça a oração subordinada: entenda e comece a dominar as redações
Abaixo, será possível aprender o que é a subordinação para identificar e também classificar a oração subordinada dentro do período
Estudar a análise sintática, bem como classificar as orações e períodos, pode parecer algo cansativo ou mesmo sem tanta finalidade. Contudo, o que vários estudantes ou concurseiros não sabem é que conhecer a gramática é essencial para melhorar a interpretação textual e a escrita. Por exemplo: você sabe o que é uma oração subordinada e quando e por que ela aparece no texto?
Abaixo, será possível aprender o que é a subordinação para identificar e também classificar a oração subordinada dentro do período. Assim, ficará mais fácil entender sua importância na hora de redigir um texto coeso e claro.
O que é uma oração subordinada?
No estudo relacionado à sintaxe, aprendemos a organizar palavras nas frases a fim de transmitir informações. Mas, imagine se, ao argumentar sobre certos fatos ou narrar experiências, fosse possível usar apenas períodos simples (os que apresentam somente uma locução verbal ou verbo). Seria assim:
- Fazer a prova.
- Tirar nota dez.
- Todos os estudantes querem.
Não seria bem mais produtivo e interessante reunir essas informações em somente um período, com o estabelecimento das relações entre elas? Por exemplo:
- Fazer a prova e tirar nota dez é o que todos os estudantes querem.
- Todos os estudantes querem fazer a prova e tirar nota dez.
Acima, temos o exemplo de período composto formado pela oração coordenada e a subordinada. Na coordenação, não há dependência sintática entre as orações: “entrar na sala E tirar nota dez”. A relação se demonstra com o “e”, que é uma conjunção aditiva. A primeira pode ser empregada sem a segunda.
Na subordinação não existe isso, pois as orações são dependentes semântica e sintaticamente. Se uma oração for retirada, faz perder o sentido da outra: “é o que todos os estudantes querem”. O que todos os estudantes querem?
Tipos de oração subordinada
Subordinada substantiva
A oração subordinada substantiva exerce a função sintática que se refere aos substantivos, quer dizer, aos termos de uma oração ocupados por nomes, sendo:
- Objetivas indiretas;
- Objetivas diretas;
- Predicativas;
- Subjetivas;
- Completivas nominais.
Subordinada substantiva subjetiva
Essas orações correspondem aos sujeitos das frases. Perceba nos exemplos, onde tem o negrito na oração subjetiva:
- Quem com ferro fereserá ferido.
- É desejável que ele esteja presente.
Oração subordinada substantiva predicativa
A oração predicativa faz às vezes do predicativo do sujeito. Geralmente, vem com verbo de ligação:
- “A Pátria é onde se está bem” (CEGALLA).
- Ela é quem estuda mais aqui.
A oração em negrito corresponde à característica do sujeito da frase, respectivamente “A Pátria” e “Você”. Fazendo a substituição pelo adjetivo, dá para visualizar mais fácil:
- A Pátria é aconchegante.
- Ela é estudiosa.
Oração subordinada substantiva objetiva indireta e objetiva direta
A oração que traz o complemento do sentido do verbo fica no lugar do objeto (indireto ou direto, a depender da transitividade do verbo).
- Lembrem-se de que o professor já foi informado. (lembrar-se de é um verbo transitivo indireto).
- Não queremos que ele viaje amanhã. (querer é um verbo transitivo direto).
Subordinada substantiva completiva nominal
A oração ocupará a função de um complemento nominal. Lembrando que o termo complementa o sentido do adjetivo ou substantivo em uma oração principal.
- Temos a sensação de que o trabalho não será nada fácil.
- O homem é favorável a que aconteçam imprevistos.
Sensação de que? Favorável a quê? Dá-se a resposta para as perguntas pelo complemento nominal. No caso, pela oração completiva nominal.
Subordinada adverbial
A oração subordinada adverbial ocupa o papel do advérbio, indicando as circunstâncias em relação à oração principal, sendo:
- Comparação;
- Causa;
- Concessão;
- Condição;
- Finalidade;
- Conformidade;
- Proporção;
Então, classificando a oração, é preciso se atentar ao sentido que ela tem em relação à principal ação da frase. Por exemplo:
- Estava triste como se tivesse perdido alguém (comparativa).
- Não fomos à praia porque estávamos doentes (causal).
- Estudamos pouco, embora tenha tido uma semana (concessiva).
- Cada um trabalha conforme suas aptidões (conformativa).
- Se ela falasse, seria vaiada pelo público (condicional).
- Estava nevando tanto que eles nem saíram de casa (consecutiva).
- À medida que se vai finalizando a tarefa, fica mais difícil descansar (proporcional).
- Vamos nos esforçar para passarmos no vestibular (final).
- Está lendo esta apostila desde que começou o mês (temporal).
Além das locuções conjuntivas e conjunções sublinhadas, existem outros conectivos.
Oração subordinada adjetiva
A oração adjetiva subdivide-se em explicativa e restritiva. O que diferenciará uma da outra é a semântica. Contudo, na escrita, percebe-se pela utilização da vírgula. Por exemplo:
- Os homens que estavam doentes foram curados.
- Os homens, que estavam doentes, foram curados.
Em 1, somente os homens que estavam doentes foram curados. Assim, pressupõe-se que havia homens sadios, dando a noção de restrição. Portanto, não há uso da vírgula na separação da oração subordinada adjetiva restritiva.
Em 2, todos os homens estavam doentes. Então, com a caracterização ou explicação à totalidade dos homens, não restou um doente. Usa-se a vírgula na intenção de separar a oração subordinada adjetiva explicativa.