Os 4 problemas mais comuns nas avaliações escolares tradicionais

Quem é professor sabe que uma das tarefas mais penosas da carreira docente é a de avaliação. Isso porque a avaliação é apenas um teste para saber se o aluno reteve aquele conhecimento, naquele momento.

Não podemos considerar que as avaliações, em sua grande maioria, representem efetivamente o aproveitamento do aluno em dada disciplina.

Ainda assim, elas continuam sendo aplicadas, uma vez que há a demanda pela apresentação de resultados, quanto às práticas de aprendizado. Isso leva os professores a procurarem formatos novos, tais como apresentações, projetos considerando a vida diária, ou até a criação de conteúdo para redes sociais.

São formatos de avaliação originais e mais criativos, e que, de alguma forma, representam, bem mais o que foi, de fato o aprendizado e aproveitamento dos alunos, do que um teste, escrito ou de múltipla escolha.

Bainda assim, há professores que optam por avaliações tradicionais. Mas não devemos recriminar eles.

Eu sou professor, e sei que há casos em que é mais eficaz uma avaliação escrita ou de múltipla escolha. Principalmente quando a matéria envolve dados fixos.

Mas esse tipo de avaliação apresenta alguns problemas. Você sabe quais são eles? Confira:

 

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1.      Testes e redações avaliam mais a capacidade de decorar, do que de refletir sobre o que se aprendeu

Uma avaliação do formato “múltipla escolha” tem o grande problema de, muitas vezes, só exigir que o aluno tenha decorado uma informação.

Não avalia se o aluno sabe o porquê de a informação ser daquele jeito, ou o que a informação quer dizer.

Testes escritos, por sua vez, podem variar bastante. Se o teste não exigir uma reflexão sobre a resposta, ele será apenas uma avaliação da memória, e não, tanto de refletir sobre o que se aprendeu.

 

2.      Provas tradicionais são mais fáceis de burlar

“Colar” na prova é muito mais fácil quando a informação requerida é um dado fixo. Se for um teste de múltipla escolha, então, é praticamente um trabalho de passar coordenadas.

Ou seja, a avaliação não corresponde à realidade. O aluno que cola leva um mérito que, na verdade, não é dele.

 

3.      Testes podem ser influenciados pelos aspectos emocionais

Imagine que o aluno vai fazer uma prova sobre um assunto que ele não domina, e não consegue aprender (por motivos dos mais variados, isso não é importante, aqui): o emocional dele pode estar instável, nesse momento.

Isso é, ele fica muito ansioso e esquece as perguntas; pode estar nervoso, e responde qualquer coisa; pode estar resignado, e responder sem atenção…

Testes “adulterados” por razões emocionais são bem mais comuns do que se pensa.

 

4.      Só acontece a avaliação de apenas uma potencialidade

Alunos têm diferentes potencialidades criativas. Alguns escrevem melhor, outros desenham, outros falam. Outros ainda não têm potencialidades criativas – lidam melhor com dados invariáveis (se sobressaindo em matemáticas).

Uma avaliação escrita, por vezes, prejudica alunos com uma potencialidade escrita menor. Ou seja, o aluno sabe a matéria, mas não sabe expressar ela por escrito.

 

 

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