Homônimos e parônimos – o que são e para que servem

Aprimore sua comunicação com exemplos e dicas práticas!

A língua portuguesa é rica em nuances, e entre os desafios que ela apresenta estão os homônimos e parônimos — termos que, à primeira vista, parecem semelhantes, mas carregam significados bem distintos. Seja na escrita, na fala ou na interpretação de textos, essas palavras podem gerar confusões tanto para iniciantes quanto para os mais experientes no idioma. Afinal, como diferenciar palavras que soam iguais ou quase idênticas, mas têm contextos de uso tão variados?

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Neste artigo, vamos explorar o que são homônimos e parônimos, entender suas diferenças e conhecer exemplos que ilustram como essas palavras funcionam no dia a dia. Além disso, apresentaremos dicas práticas para evitar equívocos e aprimorar o domínio da língua. Acompanhe e descubra como tornar sua comunicação ainda mais clara e eficaz!

Os homônimos e parônimos

Os homônimos são palavras que, apesar de terem a mesma pronúncia e, em alguns casos, a mesma grafia, possuem significados completamente diferentes. Essa semelhança sonora ou visual pode causar confusão em determinados contextos, especialmente quando não há uma análise atenta do significado que a palavra assume na frase.

Por sua vez, os parônimos são termos que apresentam grande semelhança tanto na escrita quanto na pronúncia, mas que, ao contrário do que parecem, possuem sentidos distintos. Essa proximidade fonética e gráfica exige atenção redobrada, especialmente em contextos formais, para evitar erros na comunicação.

Tanto os homônimos quanto os parônimos são conceitos fundamentais no estudo da semântica, que se dedica a investigar os significados e as relações entre as palavras. Compreendê-los é essencial para quem deseja melhorar o domínio da língua portuguesa, já que eles ilustram a riqueza e a complexidade do idioma.

Homônimos

As palavras homônimas apresentam a mesma pronúncia e, em alguns casos, a mesma escrita, mas possuem significados diferentes. Elas podem ser divididas em três categorias principais: homógrafas, homófonas e perfeitas.

Homógrafas: têm a mesma grafia, mas suas pronúncias e significados são diferentes. Exemplos incluem colher (verbo) e colher (substantivo), jogo (substantivo) e jogo (verbo), e denúncia (substantivo) e denuncia (verbo).

Homófonas: compartilham a mesma pronúncia, porém possuem grafias distintas. Exemplos são concertar (harmonizar) e consertar (reparar), censo (recenseamento) e senso (juízo), além de acender (atear) e ascender (subir).

Perfeitas: são aquelas que coincidem tanto na grafia quanto na pronúncia, mas têm significados diferentes. Exemplos incluem caminho (substantivo) e caminho (verbo), cedo (advérbio de tempo) e cedo (verbo), e livre (adjetivo) e livre (verbo).

Homônimos e parônimos – o que são e para que servem (Foto: Unsplash).
Homônimos e parônimos – o que são e para que servem (Foto: Unsplash).

Parônimos

As homônimas compartilham a mesma pronúncia e, em alguns casos, a mesma grafia, mas possuem significados distintos. Elas são divididas em três categorias principais: homógrafas (mesma grafia, pronúncia diferente), homófonas (mesma pronúncia, grafia diferente) e perfeitas (mesma grafia e pronúncia).

Já as palavras parônimas são aquelas que apresentam grafia e pronúncia muito parecidas, mas que se diferenciam pelo significado. Esses termos podem causar confusão na comunicação, especialmente na escrita e leitura.

Confira alguns exemplos de palavras parônimas e seus respectivos significados:

  • Absolver (perdoar) e absorver (sugar, aspirar);
  • Apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico);
  • Aprender (adquirir conhecimento) e apreender (capturar, prender);
  • Cavaleiro (quem anda a cavalo) e cavalheiro (homem educado);
  • Comprimento (medida, extensão) e cumprimento (saudação);
  • Coro (grupo de canto) e couro (pele de animal);
  • Delatar (denunciar) e dilatar (ampliar, alargar);
  • Descrição (ato de descrever) e discrição (prudência, reserva);
  • Despensa (local para guardar alimentos) e dispensa (liberação, isenção);
  • Docente (relativo a professores) e discente (relativo a alunos);
  • Emigrar (deixar um país) e imigrar (entrar em um país);
  • Eminente (notável, elevado) e iminente (algo prestes a acontecer);
  • Flagrante (evidente) e fragrante (aromático, perfumado);
  • Fluir (transcorrer, acontecer) e fruir (aproveitar, desfrutar);
  • Imergir (afundar) e emergir (vir à tona);
  • Inflação (elevação nos preços) e infração (violação de regras);
  • Infligir (aplicar algo, como uma punição) e infringir (desrespeitar normas);
  • Mandado (ordem judicial) e mandato (procuração, cargo político);
  • Osso (parte do corpo) e ouço (verbo ouvir);
  • Peão (trabalhador rural, peça no xadrez) e pião (brinquedo que gira);
  • Precedente (anterior) e procedente (que tem fundamento; originário);
  • Ratificar (confirmar) e retificar (corrigir);
  • Recrear (divertir, entreter) e recriar (criar novamente);
  • Tráfego (movimento de veículos) e tráfico (atividade ilegal);
  • Soar (emitir som) e suar (transpirar).

Compreender e reconhecer essas diferenças é essencial para uma comunicação mais clara e precisa.

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