Pacientes com Parkinson e Demência ganham novo tratamento gratuito pelo SUS

Mais de 33 mil pacientes em todo o Brasil poderão ser beneficiados

O Sistema Único de Saúde (SUS) acaba de dar um importante passo para melhorar o tratamento de pacientes com Parkinson e demência. A partir de agora, o medicamento rivastigmina estará disponível gratuitamente na rede pública de saúde. Este novo tratamento promete ajudar milhares de brasileiros a enfrentar as dificuldades causadas por essas doenças neurodegenerativas.

A rivastigmina é um medicamento fundamental no tratamento de pessoas com demência, especialmente aquelas que têm a doença de Parkinson. O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde durante a 11ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), ocorrida na última quinta-feira (28). O evento marcou a formalização do financiamento e a aquisição do medicamento, que agora fará parte da lista de tratamentos do SUS.

O que a Rivastigmina pode fazer pelos pacientes?

A introdução da rivastigmina no SUS representa um avanço considerável no tratamento de duas condições graves e debilitantes: o Parkinson e a demência. A rivastigmina age de forma eficaz na melhoria das funções cognitivas, o que pode proporcionar uma significativa melhora na qualidade de vida dos pacientes.

Com o novo medicamento, mais de 33 mil pacientes em todo o Brasil poderão ser beneficiados. Esse número representa uma grande oportunidade para pessoas que, até então, tinham acesso limitado a tratamentos avançados.

Além disso, a rivastigmina tem um papel fundamental na diminuição dos sintomas da doença, especialmente em casos de demência associada ao Parkinson. O uso regular do medicamento pode resultar em uma maior independência para os pacientes, permitindo-lhes realizar tarefas do cotidiano com mais facilidade e menos dependência de cuidadores.

O que é a doença de Parkinson e como a Rivastigmina ajuda?

O Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns do mundo. Ela afeta principalmente o controle motor, resultando em tremores, rigidez muscular e dificuldades de movimento. No entanto, também pode causar problemas cognitivos, como dificuldades de memória e concentração. A rivastigmina tem se mostrado eficaz no tratamento desses sintomas cognitivos, ajudando a preservar a capacidade mental dos pacientes.

Estima-se que a prevalência do Parkinson seja de 100 a 200 casos para cada 100 mil pessoas com mais de 40 anos. Esse número tende a aumentar significativamente com o avanço da idade, sendo mais comum entre pessoas com mais de 60 anos.

É importante destacar que, embora o Parkinson seja a segunda doença neurodegenerativa mais comum, perdendo apenas para o Alzheimer, ele ainda não contava com tratamentos tão eficazes para a parte cognitiva de seus portadores, como acontece com a doença de Alzheimer, que já tem a rivastigmina disponível pelo SUS.

O tratamento atual e as novidades com a Rivastigmina

O tratamento do Parkinson envolve uma combinação de medicamentos e terapias, além de procedimentos avançados, como a estimulação cerebral profunda. O SUS já oferece diversas opções para pacientes com Parkinson, como medicamentos específicos, fisioterapia e até implantes de eletrodos para estimular o cérebro e melhorar os sintomas motores.

A rivastigmina agora entra como uma ferramenta adicional e essencial para pacientes que desenvolvem demência associada ao Parkinson. Essa condição, em muitos casos, torna os sintomas ainda mais debilitantes, prejudicando a memória e o raciocínio. O uso de rivastigmina pode, portanto, ajudar a melhorar a função cognitiva, permitindo que os pacientes mantenham sua autonomia por mais tempo.

Além disso, a rivastigmina já era utilizada no tratamento de demência em pacientes com Alzheimer, e sua incorporação ao tratamento de Parkinson é um avanço importante. Isso mostra a flexibilidade e a eficácia do medicamento para tratar condições neurodegenerativas.

O tratamento do Parkinson envolve uma combinação de medicamentos e terapias.
O tratamento do Parkinson envolve uma combinação de medicamentos e terapias. Imagem: Freepik

Benefícios para os pacientes e a sociedade

Essa inclusão do medicamento no SUS traz um benefício significativo não só para os pacientes, mas também para a sociedade como um todo. A qualidade de vida dos pacientes com Parkinson e demência pode melhorar substancialmente. Com isso, a dependência dos pacientes de outros serviços de saúde e de cuidadores também tende a diminuir.

O impacto da rivastigmina é claro. Pacientes com Parkinson, por exemplo, poderão preservar suas funções cognitivas por mais tempo, o que se reflete em uma maior capacidade para realizar atividades diárias. Isso contribui para um melhor convívio social e familiar, além de reduzir a carga emocional e financeira sobre os familiares e o sistema de saúde.

Como o SUS vai distribuir o medicamento?

O SUS fará a distribuição do medicamento de forma gratuita, garantindo que todos os pacientes com diagnóstico de Parkinson ou demência associada a essa doença possam acessá-lo. A distribuição será feita por meio das unidades de saúde espalhadas por todo o Brasil. A inclusão da rivastigmina no SUS, portanto, é uma forma de democratizar o acesso ao tratamento, permitindo que pessoas de diferentes regiões e classes sociais recebam cuidados adequados.

O financiamento e a aquisição do medicamento também foram discutidos durante a reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT). O Ministério da Saúde ficou responsável por garantir que as unidades de saúde tenham o medicamento disponível para os pacientes que necessitam.

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