Para que serve o verbo “Do/Does”?

 

Quando vamos estudar a língua inglesa, percebemos que nela existem estruturas muito específicas. Esse é o caso do verbo “Do” (e sua versão aplicável apenas a terceira pessoa do singular – “Does”).

Literalmente, “Do” significa fazer, e como “fazer”, o verbo existe. Se eu falo:

 

I do karate

She does karate

We do karate

 

Traduziremos:

 

Eu faço caratê

Ela faz caratê

Nós fazemos caratê

 

Até aí, não há nenhuma questão, certo?

O problema é que o verbo também tem outras funções, e essas não são traduzidas ao português, palavra por palavra, mas sim, enquanto uma estrutura gramatical.

Assim, traduzir uma frase com “Do” palavra por palavra nem sempre funciona.

E esse é o erro de muitos estudantes (e professores): o verbo tem uma função gramatical explicita em alguns casos, enquanto que em outros ele existe – mas de forma oculta.

Confuso?

Vamos por partes. O primeiro conceito sobre o verbo é o de “Verbo auxiliar”.

 

Verbos auxiliares – auxiliam quem e o quê?

 

O conceito de “Verbo auxiliar” não é exclusivo do inglês. Em português eles existem também, como é o caso da frase:

 

Eu havia estado doente nos últimos dias

 

Os verbos sublinhados são o “Haver” e o “Estar”, e o primeiro auxilia a formação do tempo verbal da frase, uma vez que indica uma forma de passado específico.

Em inglês, a frase seria:

 

 I had been sick in the last days

 

Ou seja, a frase e a estrutura verbal, aqui funcionam nas duas línguas. Esse não é o caso do “Do/Does”. Ele indica o tempo verbal, como no caso do verbo “have” da primeira frase – mas indica também o caso.

Por caso, queremos dizer: afirmativo, interrogativo ou negativo.

Em uma frase afirmativa, quando o verbo “Do” não é o principal, não usamos ele:

 

I like candies

Eu gosto de doces

 

Porém, implicitamente, o verbo está ali. Por quê? Porque todo o verbo, em inglês, é uma ação (que se faz).

 

Ações que se fazem

Todos os verbos são ações que nós fazemos. Lembra como é “Fazer” em inglês? É isso mesmo: Do (ou does, como já dissemos, dependendo do pronome).

Logo, se eu falo:

 

I like candies

 

O verbo “Do” está implícito:

 

I [do] like candies

 

Mas, como é uma frase positiva, não é necessário usar o verbo que significa “Fazer”. No caso de uma negativa ou de uma interrogativa, na gramática da língua inglesa, é necessário reforçarmos o caso da frase.

Reforçamos que a ação não acontece (no caso negativo) ou está sendo questionada (no caso interrogativo).

Dessa maneira, precisamos usar o verbo “Do” (ou “Does”), nesse caso, embora na afirmativa, ele não apareça.

Pela abordagem da tradução palavra por palavra, seria:

 

Negativo:

I do not like candies

Eu não faço o ato de gostar de doces

 

Interrogativo:

Do you like candies?

Você faz o ato de gostar de doces?

 

Por isso que, quando vamos estudar esse verbo, saber sobre a estrutura gramatical do inglês é mais importante, do que pensar palavra por palavra.

 

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