PIX ERRADO: o que fazer se a pessoa não quiser devolver?
Se você enviou um Pix por engano e a pessoa não quer devolver o dinheiro, há algumas coisas que você pode fazer.
Se você enviou um Pix por engano e a pessoa não quer devolver o dinheiro, há algumas coisas que você pode fazer para resolver a situação, algumas mais fáceis e outras mais complicadas. Entenda melhor a seguir.
O que fazer se a pessoa não quiser devolver o Pix?
Se você enviou um Pix por engano para outra conta, não dá para desfazer, a menos que você tenha agendado e consiga cancelar antes do débito.
Portanto, se alguém não quiser devolver o dinheiro transferido por engano, é preciso tomar algumas medidas.
Como acionar a justiça?
Se o banco não conseguiu resolver o seu problema, a próxima etapa seria buscar assistência legal e, para isso, é recomendável acionar um advogado. O advogado especializado em direito político e econômico, Kristian Rodrigo Pscheidt, sugere que é possível registrar uma ocorrência policial, e esse processo pode ser realizado online.
Assim, se a pessoa que recebeu o valor não o devolver voluntariamente, Pscheidt sugere proceder com o registro de ocorrência policial, que irá investigar possíveis crimes de apropriação indevida.
Além disso, ele destaca que há a possibilidade de buscar recursos na esfera cível. A pessoa prejudicada pode ingressar com uma ação no juizado especial cível, buscando receber os valores devidos, acrescidos de juros e correção monetária ao final do processo.
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Como comprovar que foi um Pix errado?
Se você falar com o banco ou pensar em levar o caso para a Justiça, é importante ter várias evidências para mostrar que o dinheiro enviado via Pix foi retido indevidamente pelo destinatário.
Tire prints, imprima registros das transações bancárias e até mesmo das conversas com a pessoa que não quis devolver seu dinheiro. Esses detalhes são essenciais para provar que o Pix foi um erro e que houve apropriação não autorizada do valor.
Direitos e deveres dos usuários
A regulação do Pix é conduzida pelo Banco Central do Brasil (BC) e aplicada por meio das instituições financeiras que participam do programa. Conforme o BC, as entidades que aderem ao sistema de pagamentos instantâneos devem estar cientes das regras e têm a obrigação de fornecer mecanismos para lidar com situações relacionadas ao uso do meio de pagamentos.
O BC também destaca em seu site que uma das responsabilidades das instituições participantes é bloquear preventivamente os recursos provenientes do Pix em casos de suspeita de fraude.
Ademais, no que diz respeito aos direitos e deveres dos usuários, o BC esclarece que é possível realizar as seguintes ações:
- Transferência de recursos: Prática, rápida e segura a qualquer hora do dia.
- Pix em diversas contas: Possibilidade de realizar Pix de conta-corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga.
- Chaves Pix para Pessoa Física: Cadastro de até cinco chaves na mesma conta.
- Chaves Pix para Pessoa Jurídica: Direito de cadastrar até 20 chaves na mesma conta.
- Cancelamento pré-confirmação: Transação pode ser cancelada antes da confirmação do débito.
- Liquidação em tempo real: Após a liquidação, não é possível cancelar a transação.
- Negociação de devolução: A pessoa que enviou o Pix pode negociar a devolução do débito com o beneficiário.
- Segurança digital: Importância de estar atento à segurança digital, especialmente em um cenário de fraudes, golpes e ataques cibernéticos.
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