Por que ler as tiras de Dilbert?

 

Dilbert, do cartunista Scott Adamas, é uma das tiras de jornal mais adoradas pelo público empresarial. Publicadas desde os anos 90, depois, adaptadas com sucesso como desenho animado para adultos, nos anos 2000, elas versam sobre o dia a dia de um engenheiro de sistemas – Dilbert – e seus problemas no mundo corporativo.

Mas não apenas, Dilbert também uma divertida sátira sobre a geração yuppie, bem como sobre questões sociais e econômicas dos anos 90, como o boom de investimentos da Era Clinton e o frenesi de empreendimentos do mundo pós-Guerra Fria.

Também há questões atemporais como as relações com a mãe, as tensões sexuais com sua colega de trabalho, Alice, ou assuntos cotidianos (lidar com tarefas domésticas ou exercícios físicos).

Entretanto, o foco da tira é o mundo empresarial, em suas tiradas arbitrárias, burocráticas, ou de “gestão miraculosa”. E, por essas tiradas e colocações, deveria ser lida por todos que trabalham em empresas.

Por quê? Primeiro, porque ler é sempre uma atividade boa para o cérebro. Mas aqui estamos pensando em valores mais específicos: ler Dilbert é bom para sua carreira. Não acredita? Lei aqui os porquês.

 

1.      Piadas com a gestão empresarial

Um dos principais temas nas tiras de Dilbert são as relações, geralmente conflituosas, entre os funcionários da empresa e o Chefe (nomeado apenas de Chefe de cabelos pontudos).

Parte das piadas nesse núcleo envolve questões de administração e gestão de empresas. Adms coloca processos corriqueiros de uma forma ácida, principalmente, pela construção da personagem Chefe.

Esse é um burocrata, totalmente incapaz de lidar com os subordinados ou com metodologias de trabalho.

Ou seja, Dilbert traz lições (ou anti-lições) sobre a gestão corporativa.

 

2.      Sátiras aos seres humanos

Três personagens das tiras de Adams são animais, mas que se comportam como seres humanos, dessa forma, servindo para satirizar o perfil profissional que representam:

  1. Dogbert – o cachorro que mora com Dilbert, e que é mais inteligente que ele (o perfil do gênio desperdiçando seu talento em uma empresa);
  2. Catbert – O diretor de RH, uma pessoa cruel, que sente prazer em humilhar os funcionários;
  3. Ratbert – o empregado mais básico da empresa, que trabalha sem reclamar.

Juntos, os três trazem revelações sobre os perfis de empregados de uma empresa, e muitos dos enredos acontecem por ações típicas deles.

Assim, ler Dilbert é ver um perfil de profissional, sendo satirizado por suas falhas.

 

3. Criticando burocracias

Outro elemento que aprece nas tiras são as críticas a procedimentos burocráticos, como reuniões, tratamento aos estagiários, produção de relatórios e afins.

Esses são os temas de muitas das tiras, de forma que Dilbert pode ser encarado como uma forma de reconhecer esses problemas e, eventualmente, pensar em soluções para a desburocratização de uma empresa.

Muitas vezes, não percebemos questões complexas de nosso dia a dia, e olhando elas como alguém externo, identificamos maneiras de solucionar elas.

Por tanto, ler as tiras de Adams pode ser uma forma de pontuar situações conflituosas em seu ambiente profissional.

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