APRENDA de UMA VEZ POR TODAS a precificação das notas de CRUZADO e CRUZEIRO antes de NEGOCIAR

No universo da numismática, avaliar e precificar as moedas é realmente algo difícil às vezes. Contudo, as notas não ficam atrás, especialmente se são muito antigas, como as do Cruzado e Cruzeiro.

A deterioração do papel prejudica a observação dos detalhes, caso não esteja muito bem conservada. No entanto, vamos te indicar os critérios que se deve seguir para precificar corretamente as notas antigas, de Cruzado e Cruzeiro.

Quanto as notas antigas do Cruzado e Cruzeiro valem hoje em dia?

Precificar notas realmente demanda critérios rigorosos e pode ser um pouco complicado, uma vez que algumas não valem muito e outras valem milhares de reais. O valor das cédulas de Cruzado e Cruzeiro variam conforme os requisitos básicos, como série, chancela ou data. Além do mais, o aspecto, ou melhor, a conservação é algo determinante.

As notas de Cruzeiro mais valiosas

Estas cédulas costumam ser bem valiosas devido ao tempo em que foram produzidas: entre 1942 até o ano de 1986. Contudo, é importante ressaltar que, dependendo da quantidade em circulação, o preço cai um pouco.

Isso quer dizer que nem todas as notas antigas são valiosas e tão importantes para os numismatas. Afinal, se não tiver um detalhe específico serão “comuns”, sem raridade. Agora, as notas realmente valiosas são exemplares únicos, valendo pequenas fortunas.

Mil Cruzeiros do ano de 1949 de Pedro Álvares Cabral

A nota de mil Cruzeiros é uma das preciosidades que os numismatas procuram. De cor “laranja” tem o apelido de “Abobrinha”.

Com sua rara estampa, está catalogada pelo valor de aproximadamente:

• R$17 mil (Flor de Estampa);
• R$ 3,5mil (Soberba);
• R$ 500 (Bem conservada).

Contudo, para que seja negociada por esse preço, a cédula precisa de ter as seguintes características:

• Ano – 1949;
• Reverso – Gravura do quadro de Victor Meirelles, “A Primeira Missa”;
• Anverso – Retrato em gravura (1467 e 1520) do Pedro Álvares Cabral;
• Precisa ser 2ª Estampa;
• Série – De 1 até 90;
• Chancela – Autografada.

Notas de mil Cruzeiros do ano de 1978 do Barão do Rio Branco

As notas de mil cruzeiros do Barão do Rio Branco são belíssimas genuinamente. As mais valiosas são aquelas fabricadas pela Casa da Moeda do Brasil entre os anos de 1978 e 1989.

Seu valor catalogado é de:

• R$ 15 mil (Flor de Estampa);
• R$ 5 mil (Soberba);
• R$ 1,4 mil (Bem conservada).

Entre suas características marcantes estão:

• Anverso – Tem a gravura do José Maria da Silva Paranhos, representação do Barão do Rio Branco, 2 efígies em lados opostos;
• Reverso – Taqueômetro usado na “Questão das Missões”, mapa representando a fronteira entre a Argentina e o Brasil, representação de 1904 de Dionísio Cerqueira;
• Ano – 1978;
• Série – *00001 (Reposição);
• Chancela – Paulo H. P. Lira/ Mário H. Simonsen.

Notas de Cruzado mais valiosas

Quem substituiu o Cruzeiro foi o Cruzado, com o plano monetário passando a circular pelo Brasil desde o dia 28 de fevereiro de 1986, seguindo até 1989. A tentativa era a contenção da inflação.

Infelizmente, em termos de relevância numismática, cédulas de Cruzado são negociadas por valores bem mais baixos do que as do Cruzeiro. Mesmo assim, a procura ainda é bem alta.

50 Cruzados do ano de 1986 de Oswaldo Cruz

Oswaldo Cruz foi muito importante para o país, atuando como sanitarista, médico, bacteriologista e epidemiologista. Não é à toa que hoje existe a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A homenagem foi bem feita, com um design lindo e moderno para a época.

Seu valor catalogado está entre:

• R$ 800 (Flor de Estampa);
• R$ 250 (Soberba);
• R$ 80 (Bem conservada).

Mas, para alcançar esses valores é preciso ter:

• Série – De 2045 até 2051;
• Reverso – Gravura do edifício principal do “Instituto Oswaldo Cruz”;
• Chancela – Elmo Camões/Maílson F. da Nóbrega.

10 Mil Cruzados do Carlos Chagas

Esta nota circulou pelo país entre os anos de 1988 até 1990, homenageando o médico sanitarista Carlos Chagas.

Seu valor de catálogo é de até R$ 100 para a Flor de Estampa, contudo, desde que tenha:

• Anverso – Na direita, a efígie de Carlos Chagas e na esquerda a gravura da evolução do protozoário;
• Reverso – Gravura de Carlos Chagas atuando no laboratório.