Precisa-se ou Precisam-se? Qual é o correto?

Ao expressar a necessidade de algo, muitas pessoas se deparam com a dúvida gramatical: deve-se usar “precisa-se” ou “precisam-se”? Esta dúvida é compreensível, pois ambas as formas são utilizadas, embora apenas uma esteja correta de acordo com as regras da língua portuguesa. Nesta matéria do Pensar Cursos iremos discutir sobre esta dúvida recorrente, fornecendo explicações claras e exemplos práticos para ajudá-lo a acabar com essa dúvida. Vamos lá?

A Origem da Dúvida: Entendendo a Construção

A raiz dessa dúvida reside na construção da voz passiva sintética, uma forma verbal amplamente utilizada em português. Nessa construção, o verbo principal é conjugado na terceira pessoa do singular, seguido do pronome “se”.

No entanto, quando o verbo “precisar” entra em cena, surge um dilema: deve-se usar “precisa-se” ou “precisam-se”? Essa incerteza decorre da natureza reflexiva do verbo, que pode levar à tentação de conjugá-lo no plural.

Precisa-se ou Precisam-se? Qual é o correto?
Dúvidas comuns na língua portuguesa. Imagem: Divulgação

A Regra Gramatical

De acordo com as normas gramaticais da língua portuguesa, a forma correta a ser utilizada é “precisa-se”, independentemente do número de elementos envolvidos. Isso se deve ao fato de que o verbo “precisar” é impessoal e, portanto, deve ser conjugado apenas na terceira pessoa do singular.

Alguns exemplos ilustrativos:

  • Precisa-se de ajudantes para a obra.
  • Precisa-se de voluntários para a campanha.
  • Precisa-se de doações para a instituição de caridade.

Observe que, em todos esses casos, o verbo “precisar” permanece no singular, mesmo quando se refere a múltiplos elementos.

Explicação Gramatical: Por que “Precisa-se” é Correto?

A explicação gramatical por trás dessa regra reside na natureza impessoal do verbo “precisar”. Verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito definido e, portanto, são conjugados apenas na terceira pessoa do singular.

Quando dizemos “precisa-se de ajudantes”, por exemplo, o verbo “precisar” não se refere a um sujeito específico, mas sim a uma necessidade geral ou indefinida. Nesse contexto, não faz sentido conjugar o verbo no plural, pois não há um sujeito plural definido.

Exemplos Práticos

Para solidificar o entendimento dessa regra, vamos analisar alguns exemplos práticos:

  • Correto: “Precisa-se de funcionários bilíngues para a empresa.”
  • Incorreto: “Precisam-se de funcionários bilíngues para a empresa.”
  • Correto: “Na oficina, precisa-se de mecânicos experientes.”
  • Incorreto: “Na oficina, precisam-se de mecânicos experientes.”
  • Correto: “Para a festa, precisa-se de decorações temáticas.”
  • Incorreto: “Para a festa, precisam-se de decorações temáticas.”

Como você pode observar, a forma correta é sempre “precisa-se”, independentemente do número de elementos envolvidos na oração.

Dicas para Evitar Erros Comuns

Para ajudar você a evitar erros comuns relacionados a essa dúvida, aqui estão algumas dicas valiosas:

  • Sempre que o verbo “precisar” for usado de forma impessoal, ou seja, sem um sujeito definido, use a forma “precisa-se”.
  • Observe o contexto da oração. Se não houver um sujeito claro realizando a ação sobre si mesmo, a forma correta é “precisa-se”.
  • Em caso de dúvida, opte pela forma “precisa-se”. Ela é a mais segura e amplamente aceita.

Outras Dúvidas Comuns de Português

Além da dúvida “precisa-se” ou “precisam-se”, existem muitas outras questões gramaticais que desafiam os falantes da língua portuguesa. Aqui estão algumas dúvidas comuns que merecem atenção:

Porque ou Por que?

Essa é uma das dúvidas mais frequentes no português. A regra é simples: “porque” é uma conjunção que introduz uma oração subordinada, enquanto “por que” é utilizado para perguntas ou para indicar a razão de algo.

Onde ou Aonde?

Outra dúvida comum envolve o uso de “onde” e “aonde”. A regra é: “onde” é usado para indicar um lugar, enquanto “aonde” é utilizado para indicar movimento ou direção.

Mal ou Mau?

Muitas pessoas confundem o uso de “mal” e “mau”. A diferença é que “mal” é um advérbio, enquanto “mau” é um adjetivo. Por exemplo: “Ele se comportou mal” (advérbio) e “Ele é um mau aluno” (adjetivo).

Há ou A?

Essa dúvida surge com frequência quando se trata de indicar a existência de algo. A regra é: “há” é usado para indicar a existência de algo no presente, enquanto “a” é usado para indicar a existência no passado.

Mais ou Mas?

Essas duas palavras também causam confusão. “Mais” é usado para indicar adição ou comparação, enquanto “mas” é uma conjunção adversativa que introduz uma ideia contrária.

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