Entenda porquê os preços das geladeiras vão aumentar ABSURDAMENTE!
O valor das geladeiras pode aumentar e ultrapassar os R$ 5 mil devido às novas regulamentações do governo.
Possível oportunidade para fazer compras: Mudanças nas regras governamentais podem afetar diretamente os preços das geladeiras, tornando este momento propício para compras.
Fabricantes alertam que modelos mais acessíveis podem sair de circulação. A compreensão detalhada dessa situação é crucial.
Recentemente, o Ministério de Minas e Energia anunciou alterações nas normas de fabricação e venda de geladeiras e congeladores no Brasil. Uma resolução publicada neste mês estabelece critérios mais rígidos para os modelos que serão permitidos no mercado.
Aumento nos preços das geladeiras
Essas mudanças já começam a ser implementadas ainda este ano, com previsão de aumento significativo nos preços das geladeiras. A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) antecipa que os modelos mais econômicos podem deixar de ser produzidos, elevando o custo médio para cerca de R$ 5 mil.
A primeira modificação está programada para entrar em vigor em 31 de dezembro. A partir dessa data, apenas refrigeradores com um consumo máximo de energia de 85,5% serão fabricados e importados.
Os produtos já em estoque poderão ser comercializados até o final de 2024. Contudo, a partir de dezembro de 2025, não será mais permitida a comercialização de produtos com consumo de energia superior ao limite estipulado.
Eficiência energética
A eficiência energética será um fator chave, onde um índice menor indicará uma melhor economia de energia. Num segundo momento, até 2027, o percentual máximo permitido será de 90%. Isso contrasta com a situação anterior, onde os fabricantes podiam produzir geladeiras com um consumo superior a 96%.
O Ministério de Minas e Energia projeta que essas mudanças contribuirão para a redução de 5,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono até 2030. Além disso, prevê-se um aumento de 17% na eficiência média das geladeiras e refrigeradores a partir de 2028. A Eletros destaca que as classes C, D e E serão as mais afetadas por essas alterações.
Entenda
A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) está alertando para a probabilidade de um “aumento súbito” nos preços das geladeiras, principalmente para a parcela da população de renda mais baixa, em decorrência das novas regulamentações de eficiência energética implementadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
De acordo com a entidade, as mudanças propostas podem elevar o preço de uma geladeira frost-free básica, atualmente disponível por cerca de R$ 1,8 mil em lojas de varejo online, para além de R$ 5 mil. Estima-se que o valor médio do produto possa variar entre R$ 5.280 e R$ 7.920.
Essas mudanças estão estipuladas no novo Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores de uso doméstico, aprovado por meio de uma resolução governamental publicada em 8 de dezembro, que define critérios de eficiência energética para os modelos de geladeiras.
O propósito declarado pelo governo com esse programa é promover uma redução no custo da energia elétrica para os consumidores, por meio da adoção de equipamentos mais eficientes. Contudo, representantes do setor apontam que essa medida terá um impacto significativo nos preços.
A entidade afirmou que quando há alterações nas regras que estabelecem prazos curtos para cumprir metas excessivamente rigorosas, isso resulta em aumento nos custos de produção, ajustes nos projetos dos produtos e aquisição de insumos mais avançados, tornando a geladeira mais cara e impactando imediatamente o orçamento do consumidor. Essa medida do Ministério de Minas e Energia resultará em uma notável desaceleração do consumo e na economia do setor.
Os representantes da Eletros preveem que a maioria dos produtos disponíveis passará a ser considerada de alto padrão, custando em média de quatro a seis vezes o salário mínimo nacional, atualmente estabelecido em R$ 1.320.
Programa governamental
O programa governamental estabelece duas fases para a transição, com novos parâmetros: uma entre 2024 e 2025, e outra de 2026 a 2027. A intenção é que até 2028, os produtos à disposição nas lojas sejam, em média, 17% mais eficientes do que os modelos atuais.
No entanto, a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos argumenta que, ao final da segunda fase, cerca de 83% das geladeiras comercializadas atualmente estarão fora do mercado.
O setor pretende se aproximar do governo federal para discutir o tema e solicitar uma revisão das medidas implementadas.