Presidente ou Presidenta? Você sabe o que é o certo?
Essa dúvida, aparentemente simples, tem gerado debates acalorados entre as pessoas
Você já se perguntou qual é a forma correta de se referir a uma mulher que ocupa o cargo de presidente? “A presidente” ou “a presidenta”? Essa dúvida, aparentemente simples, tem gerado debates acalorados entre gramáticos, linguistas e usuários da língua portuguesa. Afinal, qual das duas opções está correta?
A questão vai além da mera correção gramatical e envolve aspectos históricos, sociais e culturais. A escolha por uma ou outra forma revela posicionamentos sobre gênero, poder e linguagem. Neste artigo, vamos mostrar o que tem por trás dessa dúvida, analisando as origens de cada palavra, as regras gramaticais envolvidas e os argumentos a favor de cada uma das opções.
A origem das palavras
Presidente
A palavra “presidente” tem origem no latim praesidens, que significa “aquele que preside”. É um termo comum de dois gêneros, ou seja, pode ser utilizado tanto para homens quanto para mulheres. A forma masculina e feminina são iguais, o que pode gerar confusão, principalmente quando se refere a uma mulher que ocupa o cargo.
Presidenta
A palavra “presidenta” é a forma feminina de “presidente”. Embora menos utilizada, ela é considerada correta por muitos gramáticos e linguistas. A flexão de gênero nesse caso visa a marcar explicitamente a presença de uma mulher no cargo, contribuindo para uma linguagem mais inclusiva e igualitária.
As regras gramaticais
O que dizem as gramáticas?
As gramáticas tradicionais da língua portuguesa geralmente defendem o uso da forma “presidente” como comum de dois gêneros. No entanto, essa visão tem sido contestada por muitos estudiosos, que argumentam que a língua é um organismo vivo e em constante transformação.
A questão da marcação de gênero
A marcação de gênero é um recurso linguístico que permite identificar o sexo do referente. Ao utilizar a forma “presidenta”, marca-se explicitamente o gênero feminino, o que pode ser importante para visibilizar a presença de mulheres em posições de poder.
A polêmica e os argumentos
A favor de “presidente”
- Tradição – Defensores da forma “presidente” argumentam que essa é a forma tradicional e mais consolidada na língua portuguesa.
- Simplicidade – A forma única para ambos os gêneros facilita a comunicação e evita ambiguidades.
A favor de “presidenta”
- Inclusão – Ao utilizar a forma feminina, marca-se a presença da mulher no cargo, contribuindo para uma linguagem mais inclusiva e igualitária.
- Visibilidade – A forma feminina pode ajudar a combater estereótipos de gênero e a promover a igualdade de gênero.
- Evolução da língua – A língua portuguesa está em constante evolução, e a criação de novas palavras e a flexão de gênero são exemplos dessa dinâmica.
Qual a forma correta?
A resposta para essa pergunta não é simples e definitiva. Ambas as formas, “presidente” e “presidenta”, são consideradas corretas pela gramática normativa. A escolha por uma ou outra opção depende de diversos fatores, como o contexto, a intenção do falante e as preferências pessoais.
É importante ressaltar que a língua é um instrumento de comunicação e deve ser utilizada de forma clara e eficaz. O mais importante é que a mensagem seja compreendida pelo interlocutor.