Quais concursos federais podem ficar fora do CNU 2025?

A nova edição do CNU poderá ser aberta até março de 2025

O Governo Federal já iniciou os preparativos para a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), previsto para 2025. Nesse formato, os candidatos fazem uma única prova para disputar vagas em diversos órgãos e carreiras do Poder Executivo Federal. Apesar do esforço para unificar a seleção, alguns concursos podem ficar de fora dessa edição. A seguir, veja quais órgãos podem não participar do CNU 2025 e os motivos que levam a essa decisão.

Preparativos para o CNU 2025

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) já está em contato com os órgãos autorizados a preencher vagas para avaliar o interesse em aderir ao novo CNU. A primeira edição, realizada em agosto deste ano, trouxe inovações como a aplicação de provas em 228 cidades, facilitando o acesso para os candidatos, que antes precisavam se deslocar para Brasília ou capitais estaduais.

A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que a nova edição do CNU poderá ser aberta até março de 2025, mas depende da adesão de um número mínimo de órgãos com autorizações de vagas. Alguns desses órgãos já iniciaram preparativos avançados para concursos próprios, o que pode torná-los indisponíveis para o CNU. Confira os casos a seguir.

Concurso Ibama

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já começou o processo para escolher a banca organizadora do próximo concurso. A expectativa é que a definição da banca ocorra até novembro de 2024, indicando que o órgão pode não aderir ao CNU 2025. A abertura do concurso foi autorizada em julho, inicialmente para 260 vagas de analista, mas o número foi ampliado para 460 vagas após a intervenção da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

As oportunidades são divididas entre os cargos de analista administrativo (130 vagas) e analista ambiental (330 vagas), com remuneração inicial de R$10.735,72, incluindo gratificações e auxílio-alimentação.

Concurso ICMBio

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também já está em fase avançada de preparação. Sete bancas disputam a organização do concurso, cuja definição deve ocorrer no início de novembro. Com autorização para 350 vagas, o ICMBio ampliou a oferta em relação à autorização original de julho, que previa 180 vagas.

As vagas são para os cargos de analista administrativo (120 vagas) e analista ambiental (230 vagas), exigindo nível superior completo. A remuneração inicial é de R$10.735,72. A publicação do edital está prevista para este ano, com provas agendadas para 2025.

Concurso ANM

A Agência Nacional de Mineração (ANM) está ainda mais adiantada. O Cebraspe foi contratado para organizar o concurso, o que reduz a probabilidade de adesão ao CNU. Com autorização para 220 vagas, a distribuição abrange cargos de especialista e analista administrativo. As vagas para especialistas incluem áreas como Geologia, Engenharia de Minas, Direito e Tecnologia da Informação. Já para analistas administrativos, há opções para diversas formações, com remunerações iniciais que chegam a R$16.413,35 para especialistas e R$12.734,92 para analistas.

Concurso Susep

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) está em fase avançada para contratar a banca organizadora e não deve participar do CNU. O órgão já solicitou liberação de orçamento para a realização do concurso, que oferece 75 vagas para o cargo de analista técnico, com exigência de nível superior. A remuneração inicial é de R$20.924,79, com possível incremento de R$1 mil de auxílio-alimentação.

Concurso CNEN

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) iniciou o planejamento do seu concurso para 150 vagas, que incluem cargos de nível médio e superior. A distribuição prevê 30 vagas para técnicos, 25 para analistas em Ciência e Tecnologia, 15 para pesquisadores e 80 para tecnologistas. A remuneração varia de R$3.667,43 para técnicos a R$8.431,89 para pesquisadores. O órgão ainda está na fase de escolha da banca, mas pode não aderir ao CNU 2025.

Veja detalhes de cada um dos editais.
Veja detalhes de cada um dos editais. Imagem: Freepik

Concurso AEB

A Agência Espacial Brasileira (AEB) também já está avançando nos preparativos para contratar a banca organizadora, com expectativa de finalizar o processo até dezembro. O concurso foi autorizado para 30 vagas de nível superior, com salários que podem chegar a R$8.431,89, além de gratificações e auxílio-alimentação.

Jardim Botânico RJ

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro já publicou o edital para seu concurso com 20 vagas de nível superior, eliminando a possibilidade de participação no CNU 2025. As inscrições estão abertas até novembro, com provas previstas para os próximos meses. As oportunidades incluem cargos como pesquisador adjunto e tecnologista, com remunerações que chegam a R$13,8 mil.

Concurso MCTI

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) recebeu autorização para preencher 55 vagas em diversos institutos, como o Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal (INPP), o Instituto Nacional do Semi-Árido (INSA) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). No entanto, o INPP e o INSA já publicaram seus editais, ficando somente o MPEG com a possibilidade de aderir ao CNU.

Órgãos que podem aderir ao CNU 2025

Apesar das exclusões citadas, ainda há muitos órgãos que podem participar do CNU 2025. O Governo Federal autorizou concursos para outras entidades, como o Ministério da Previdência Social (175 vagas), a Fundação Joaquim Nabuco (20 vagas), a Biblioteca Nacional (14 vagas) e o Comando da Marinha (1 vaga). A expectativa é que o governo libere até 1.704 vagas em concursos federais até o fim de 2024, com possibilidade de inclusão no CNU.

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por exemplo, já confirmou interesse em aderir ao CNU 2025, com 20 vagas para pesquisador. Os profissionais selecionados serão contratados sob o regime estatutário, garantindo estabilidade e benefícios, como o auxílio-alimentação.

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