Quais são as profissões com mais desemprego?
Veja a taxa de empregabilidade de cada uma das profissões
O mercado de trabalho no Brasil passa por mudanças constantes, afetando diferentes profissões e setores de forma variada. Alguns cursos universitários apresentam índices mais altos de desemprego entre os formados, enquanto outros demonstram maior empregabilidade. A seguir, você irá conhecer as profissões com maior taxa de desemprego e entender as razões por trás desses números.
Quais são as profissões com maiores taxas de desemprego?
O levantamento realizado pelo Instituto Semesp revela que determinados cursos de graduação têm mais egressos sem emprego no Brasil. A pesquisa considerou respostas de 5.681 formados em instituições públicas e privadas de todo o país. Entre as áreas com maior índice de desemprego, destacam-se:
- História: 31,6% de desempregados
- Relações Internacionais: 29,4% de desempregados
- Serviço Social: 28,6% de desempregados
- Radiologia: 27,8% de desempregados
- Enfermagem: 24,5% de desempregados
- Química: 22,2% de desempregados
- Nutrição: 22% de desempregados
- Logística: 18,9% de desempregados
- Agronomia: 18,2% de desempregados
- Estética e Cosmética: 17,5% de desempregados
Esses números indicam que mesmo após concluir a graduação, muitos profissionais enfrentam dificuldades para conseguir vagas em suas áreas. Esse cenário pode estar relacionado a diversos fatores, como a saturação do mercado, a falta de oportunidades e as limitações econômicas do país.
Quais fatores influenciam o desemprego?
Muitos desses cursos de graduação estão relacionados a setores com menos oportunidades ou onde a concorrência é muito acirrada. Por exemplo, profissões na área de humanas, como História e Relações Internacionais, oferecem poucas vagas no mercado. Ademais, muitos desses profissionais enfrentam desafios para encontrar colocação em um mercado de trabalho competitivo e em constante transformação.
Em setores como Enfermagem e Radiologia, embora existam vagas, o número de graduados supera a demanda atual, o que aumenta a taxa de desemprego. Por outro lado, áreas como Logística e Agronomia têm enfrentado dificuldades por conta de crises econômicas e falta de investimento, o que impacta diretamente as oportunidades de emprego.
Quais profissões possuem alta empregabilidade?
No extremo oposto, algumas profissões apresentam altos índices de empregabilidade no Brasil. Os profissionais formados nesses cursos encontram maior facilidade para atuar na própria área de formação, com percentuais de emprego elevados. Segundo a pesquisa, essas áreas incluem:
- Medicina: 92% de empregados
- Farmácia: 80,4% de empregados
- Odontologia: 78,8% de empregados
- Gestão de Tecnologia da Informação: 78,4% de empregados
- Ciência da Computação: 76,7% de empregados
- Medicina Veterinária: 76,6% de empregados
- Design: 75% de empregados
- Relações Públicas: 75% de empregados
- Arquitetura e Urbanismo: 74,6% de empregados
- Publicidade e Propaganda: 73,5% de empregados
Essas profissões, em sua maioria, estão relacionadas a áreas de saúde, tecnologia e comunicação, setores com alta demanda e que exigem formação especializada. Portanto, os graduados nessas áreas têm mais chances de encontrar emprego rapidamente.
Trabalhando fora da área de formação
A pesquisa também identificou que muitos formados acabam buscando emprego fora de suas áreas, seja por mudança de interesse ou por falta de oportunidades. Em alguns cursos, o número de profissionais trabalhando em outras áreas é alto, como:
- Engenharia Química: 55,2% de empregados em outra área
- Relações Internacionais: 52,9% de empregados em outra área
- Radiologia: 44,4% de empregados em outra área
- Engenharia de Produção: 42,4% de empregados em outra área
- Processos Gerenciais: 41,2% de empregados em outra área
- Gestão de Pessoas/RH: 40,5% de empregados em outra área
- Jornalismo: 40,4% de empregados em outra área
- Biologia: 40% de empregados em outra área
- Química: 38,9% de empregados em outra área
- História: 36,8% de empregados em outra área
Muitos profissionais optam por mudar de área em busca de salários melhores ou devido à falta de oportunidades no campo de formação. Segundo o levantamento, egressos que trabalham na área de formação recebem, em média, 27,5% a mais do que aqueles que atuam em outra área.
Qual a remuneração média dos formados?
Outro dado interessante da pesquisa revela a diferença salarial entre profissionais que atuam na área de formação e aqueles que trabalham fora dela. Em média:
- Profissionais na área de formação: R$ 4.494
- Profissionais fora da área de formação: R$ 3.523
Além disso, 50,7% dos egressos que exercem atividades remuneradas (seja na área de formação ou não) ganham entre R$ 3.000 e R$ 10.000 por mês, com uma média de R$ 4.640.