Quais sãos os trabalhos que pessoas surdas podem fazer?

 

Quando pensamos em pessoas surdas no mercado de trabalho, muitas vezes reduzimos elas a funções solitárias e excessivamente técnicas, tais como programadores ou intérpretes de libras – claro.

Entretanto, isso é um enorme preconceito. Pessoas surdas podem exercer qualquer profissão. Para isso, é preciso que o local de trabalho delas conte com algumas adaptações importantes.

Incluindo, claro, o treinamento da equipe.

Uma pessoa surda não será “mais atenta” por não se “distrair com barulhos”, por exemplo. Isso é uma afirmação preconceituosa. Pessoas surdas têm uma limitação, mas isso não as limita.

Logo, como uma pessoa surda trabalha, para além de funções solitárias, intermediadas por comunicação escrita (e-mails, mensagens e similares)? Veja no nosso artigo.

 

1.     Tenha um profissional com fluência em Libras na equipe

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Um profissional com fluência em Libras não precisa ser um tradutor-intérprete, que é uma pessoa que faz cursos para conseguir reproduzir a fala, em linguagem de sinais, instantaneamente.

O interprete de Libras é um profissional com intensos estudos na Língua Brasileira de Sinais e, talvez, ele não tenha interesse em trabalhar naquele cargo.

Diferente de alguém com fluência em Libras. Ou seja, alguém que sabe se comunicar com a Língua Brasileira de Sinais.

Essa pessoa será quem vai auxiliar o funcionário surdo a se comunicar melhor com o resto da equipe – e vice-versa.

 

2.     Incentive a comunicação visual e tátil

Para você se comunicar de forma correta com pessoas surdas na equipe, é preciso que haja bons mecanismos de comunicação visual.

Logo, você precisa de máquinas que emitam estímulos luminosos, ou tenham uma vibração forte, a fim de que a pessoa surda consiga perceber que ela está sendo chamada em algum local, ou que precisa sair de lá.

A piada “essa reunião poderia ter sido um e-mail” é bastante válida nesse caso, uma vez que, para uma pessoa surda, a comunicação escrita pode ser bem mais simples, do que a oral.

Além disso, a comunicação por gestos e apontamento pode ser sugerida, desde que ela não seja feita de maneira burlesca ou grotesca.

 

3.     Treine sua equipe

Essa comunicação por gestos passa por um treinamento. É vital que os demais funcionários entendam que pessoas surdas precisam ser capazes de fazer a leitura labial.

Outra coisa a ser apontada é que gestos não devem ser tratados como “mímica”. A mímica é uma forma de expressão artística, visando causar reações, normalmente cômicas. Por isso ela é exagerada, tanto nos movimentos, quanto nas expressões faciais.

Ao se comunicar com pessoas surdas, os funcionários precisam falar com mais calma, e, quando necessário, apontar com as mãos, de forma contida, para direcionar o olhar do funcionário surdo e não dos demais.

 

4.     Invista em tecnologias assistivas

As tecnologias assistivas para pessoas surdas são aparelhos que visam diminuir as lacunas. Elas emitem luzes, tem vibrações intensas, ou são compostas por telas que reproduzem imagens e sons.

Invista nelas, e ensine a equipe a utiliza-las. Além disso, use aplicativos de interpretação de Libras, para falar.

 

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