Qual é a importância de Carl Gustav Jung?
Um dos pilares da Psicologia enquanto campo de estudos da mente humana é o da Psicologia Analítica, e seu fundador é Carl Gustav Jung (1875-1961). Entretanto, isso ainda não serve para responder a uma pergunta que muitos têm, sejam eles leigos ou psicólogos: qual é a importância de C. G. Jung?
Muitos perguntam porque Jung é um psicólogo tão citado, ou porque seus estudos aparecem tanto nas matérias de graduação. O público leigo, por sua vez, questiona qual o motivo de tantos terapeutas e até mesmo profissionais que não são de Psicologia citarem o suíço como influência.
Para entendermos melhor, vamos ver seu trabalho e ideias. Vale dizer que aqui faremos um grande resumo, em linguagem simplificada, para fins didáticos.
A psicologia antes de Jung
Antes de Jung, os tratamentos para transtornos mentais ainda eram muito voltados à medicalização. Os tratamentos para questões, hoje chamadas, psicológicas vinham de estudos médicos.
Crises de ansiedade eram tratadas com opiáceos, por exemplo. Em casos mais graves, os pacientes eram trancados em manicômios, muitas vezes, sofrendo violência física, privação de alimentos e sedação constante.
Quem aprofunda os estudos sobre o subconsciente humano foi Freud (18567-1939), ao estudar a importância de sonhos, sexualidade e formação cultural dos pacientes.
Um de seus alunos mais conhecidos foi, justamente, Jung. Porém, o médico suíço desenvolve suas ideias, por outro caminho, posteriormente, rompendo com a tradição do mestre austríaco.
Culturas através dos séculos: o inconsciente coletivo
Uma das ideias mais inovadoras de Jung é no que se refere ao chamado inconsciente coletivo, que podem ser lidos no estudo Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Antes, considerava-se que cada grupo étnico e sociedade humana tinha uma formação específica e única.
Isso é verdade, em parte, pois o autor suíço mostra, em seus estudos, que a humanidade divide representações concretas de coisas abstratas, por meio de símbolos parecidos.
Jung, que traz profundo conhecimento de Antropologia e Mitologia, traça paralelos entre culturas e religiões de todo o planeta, para identificar nelas, certos padrões simbólicos.
Um de seus livros mais conhecidos, nesse sentido é O Homem e Seus Símbolos, mas suas análises versam até mesmo sobre simbologias contemporâneas, como no caso de Um mito moderno sobre coisas vistas no céu.
A formação da personalidade
Esses estudos sobre arquétipos também foi inovador, nos estudos sobre personalidade, pois Jung no mostra que as pessoas desenvolvem diferentes maneiras de lidar com situações, e isso é variado e complexo.
Assim, uma pessoa não seria apenas racional ou passional, mas oscilaria seu comportamento nesses pontos.
Aqui, como dissemos, foi feito um resumo rápido, para fins didáticos. Recomendamos o livro citado no subtítulo aprofunda essas questões.
Nele, Jung analisa, de forma nunca antes feita, a importância das relações familiares, para a formação do inconsciente das pessoas, a partir das diversas questões sociais e culturais, que formam os membros dessa família e os valores dela.
Essas perspectivas foram continuadas por psicólogos da educação, na formação de teorias sobre a aprendizagem, por exemplo.