Qual é a relação entre postura e qualidade de vida?

 

Quando pensamos em qualidade de vida, muitas vezes, questões como alimentação, prevenção ao uso de entorpecentes e prevenção de doenças perniciosas são elencadas. O que é algo correto, uma vez que esses problemas comprometem uma vida longa e saudável.

Mas tem ainda um fator que é essencial para uma boa vida, mas que poucas pessoas (fora da área médica) colocam nessa operação: a educação fisioterapêutica.

Como assim? Em termos mais diretos, o que queremos dizer aqui é que a postura tem tudo a ver com a qualidade de vida. Sentar-se errado quando se é jovem, ou ter uma curvatura torta da coluna, ou não se alongar de manhã todos os dias, por exemplo, pode diminuir, substancialmente, a qualidade de vida na terceira idade.

Mas por que isso acontece?

 

A psicologia dos movimentos adequados

Mover-se e portar-se de forma inadequada pode causam problemas musculares, como desgaste das articulações e podem evoluir para doenças mais sérias, como reumatismo, artrite e artrose.

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Essas doenças afetam o sistema muscular e ósseo, mas podem levar a problemas como infarto e fadiga. Além disso, as dores crônicas e perda progressiva de movimentos têm impactos profundos no psicológico dos pacientes, que se tornam, cada vez mais dependentes do auxílio de outras pessoas.

O isolamento social, causado pela impossibilidade de movimentos, pode levar a questões de saúde mental, como depressão e demência. Por sua vez, estudos recentes têm mostrado que pessoas com mais de 50 anos com artrites sofrem mais de infartos.

Outro ponto a ser considerado, é no que se refere a relação entre exercícios físicos e a prevenção de doenças mentais. Pesquisas envolvendo motricidade e neurociências apontam para os benefícios de hormônios liberados em atividades físicas, como dopamina e endorfina.

 

Problemas musculares: causas e tratamentos

Algumas atividades e hábitos cotidianos podem levar a esses problemas, ou agravar um quadro pré-existente. Fisioterapeutas e médicos com especialização em cinesiologia e biomecânica apontam situações diárias, que podem levar a esses quadros.

Tradicionalmente, trabalhos árduos são apontados como causas. Sentar-se errado, na frente de um computador, durante 8 horas por dia, pode ser uma causa. Carregar muito peso, pode ser outra. Praticar exercícios de musculação sem orientação, mais uma.

Entretanto, não é só isso.

Até mesmo atividades simples, como digitar, dirigir carros ou operar ferramentas, se feitas de forma errada, podem levar a doenças musculares. Uma delas, notadamente, a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) é diagnosticada, muito frequentemente, em pacientes como secretárias e jornalistas.

Isso se deve ao fato de esses profissionais passarem muitas horas do dia fazendo poucos movimentos, com as mãos e pés.

Por esses motivos, atividades físicas e fisioterapia preventiva são essenciais. Também é vital que se passe por avaliações de um fisioterapeuta geriátrico, a fim de que os primeiros sintomas já sejam identificados.

Mudanças nos hábitos cotidianos e sociais auxiliam nesse sentido. Muitas licenças médicas, readaptações profissionais e demais problemas poderiam ser evitados, com simples medidas preventivas.

E nunca é tarde para isso. Basta querer começar.

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