Lord Byron – quem foi, seus poemas, frases e mais
Explore seus poemas marcantes, frases icônicas e detalhes sobre sua vida e obra.
O poeta inglês Lord Byron, um dos principais representantes do movimento artístico e literário do Romantismo, deixou sua marca no século XIX com uma escrita profundamente pessimista, na qual a morte e a transitoriedade da vida ocupam posições de destaque. Além desse tom sombrio, sua obra também se caracteriza por uma forte presença de ironia, utilizada para criticar os costumes da sociedade inglesa, frequentemente envoltos em hipocrisia.
Leia também: Eles deveram ou deverão? Veja quando usar cada uma sem errar
Quem foi o poeta Lord Byron?
George Gordon Byron, mais conhecido como Lord Byron, nasceu em Londres, Inglaterra, em 22 de janeiro de 1788. Filho do capitão John Byron e de Catherine Byron, o poeta perdeu o pai ainda pequeno, em 1791, quando ele morreu exilado na França após dilapidar a herança da esposa. Byron foi criado por sua mãe e tinha uma meia-irmã por parte de pai, Augusta Maria Leigh, cinco anos mais velha.
Descendente de uma família nobre, especialmente por parte materna, Byron herdou o título de barão em 1798, ainda na infância. Em 1801, ingressou na prestigiada Harrow School e, entre 1805 e 1808, estudou no Trinity College, em Cambridge. Sua primeira obra poética, intitulada Fugitive Pieces, foi publicada em 1806 com recursos próprios. Três anos depois, ele assumiu um lugar na Câmara dos Lordes.
Em 1809, Byron iniciou uma viagem à Grécia acompanhado de seu amigo Hobhouse, durante a qual se encantou por Theresa, uma das filhas de Tarsia Macri. Theresa, que tinha apenas 12 anos, ficou conhecida como a “donzela de Atenas”. No ano seguinte, Byron retornou à Grécia e se hospedou em um mosteiro, onde se dedicou ao estudo do grego e do italiano.
Em 1811, Byron voltou à Inglaterra após a morte de sua mãe. No ano seguinte, retomou sua participação na Câmara dos Lordes, alinhando-se com os liberais, e lançou seu livro A peregrinação de Childe Harold, que o consagrou como poeta. Em 1812, Byron teve um breve romance com a escritora Caroline Lamb, que, após o término, abordou o relacionamento em seu livro Glenarvon. No mesmo ano, envolveu-se com Jane Elizabeth Scott.
Em 1813, Byron iniciou um relacionamento amoroso com sua meia-irmã Augusta, que resultou no nascimento de Elizabeth Medora Leigh em 1814. No entanto, o poeta nunca reconheceu oficialmente a paternidade da criança. Em 1815, casou-se com Annabella Milbanke, que se tornou Lady Byron. O casamento, no entanto, foi marcado por problemas financeiros, o estilo de vida extravagante do poeta e episódios de violência, levando Annabella a se separar dele no ano seguinte e levar consigo a filha recém-nascida.
Após a separação, Byron mudou-se para a Suíça, onde conheceu Mary Shelley e seu marido, Percy Shelley. Durante esse período, Mary começou a escrever seu clássico Frankenstein. Em 1817, Byron teve uma filha com Claire Clairmont, irmã de Mary Shelley. Ainda nesse ano, mudou-se para Roma, onde reencontrou seu amigo Hobhouse e viveu intensamente sua vida boêmia.
Em 1819, Byron iniciou um relacionamento amoroso com Teresa Guiccioli, uma jovem condessa casada. O caso durou até 1823, quando o poeta partiu para a Grécia para apoiar a guerra de independência do país. Lord Byron faleceu em 19 de abril de 1824, tornando-se um herói nacional na Grécia devido à sua contribuição à luta pela liberdade do povo grego.
Características das produções
Lord Byron é amplamente reconhecido como um dos maiores escritores do Romantismo inglês, e suas criações literárias incorporam várias marcas características desse movimento artístico, entre elas:
- Idealização do amor e da figura feminina;
- Fascínio por temas relacionados à morte;
- Atmosfera melancólica e tom pessimista;
- Uso frequente de um tom confessional em sua poesia;
- Presença de crítica satírica a aspectos sociais e políticos da Inglaterra;
- Estrutura formal que frequentemente combina narrativa e versos;
- Expressão de uma postura revolucionária;
- Eu líricos que frequentemente revelam sentimentos de culpa;
- Influência do estilo gótico.
Principais obras de Lord Byron
- “O Corsário” (1814)
- “A Maldição de Minerva” (1815)
- “O Cerco de Corinto” (1816)
- “O Prisioneiro de Chillon e Outros Poemas” (1817)
- “O Lamento de Tasso” (1817)
- “Don Juan” (1819)
- “A Idade do Bronze” (1823)
Frases de Lord Byron
“Todo aquele que conseguir a alegria deve partilhá-la.”
“A vida é como o vinho: se a quisermos apreciar bem, não devemos bebê-la até à última gota.”
“A recordação da felicidade já não é felicidade; a recordação da dor ainda é dor.”
“O amor nasce de pequenas coisas, vive delas e por elas às vezes morre.”
“É mais fácil morrer por uma mulher do que viver com ela.”
“Coma, beba e ame: o resto, de que nos serviria?”
“É quando pensamos conduzir que geralmente somos conduzidos.”
“E, afinal de contas, o que é uma mentira? É apenas a verdade mascarada.”
“Todos os tempos, quando passados, são bons.”