REDAÇÃO: confira as EXPRESSÕES que NÃO se deve usar
As palavras generalizadas, simplistas, de senso comum, além das que geram ambiguidade, são as mais prejudiciais na nota do indivíduo
Escolher bem as palavras no momento de escrever uma redação se relaciona diretamente com a compreensão e coesão do texto. Ainda mais com a data das provas do Enem já oficialmente determinadas, é importante que os estudantes se atentem e entendam quais são as expressões e termos que não podem ser usados para não enfraquecer e até mesmo prejudicar totalmente o sentido textual.
As palavras generalizadas, simplistas, de senso comum, além das que geram ambiguidade, são as mais prejudiciais na nota do indivíduo. Ademais, por vezes, uma escolha infeliz de palavras faz com que o corretor não entenda como o candidato quer se comunicar.
Expressões que devem ser evitadas na redação
Muitas vezes os estudantes sabem qual é a ideia que querem transmitir, no entanto, não conseguem se expressar com exatidão nas palavras escritas. Portanto, faz-se necessário trabalhar para ter e utilizar um rico e vasto vocabulário da língua portuguesa para não passar por tal situação.
Primeiramente, uso de gírias e oralidades precisa ser banido, demonstrando apenas o domínio da modalidade formal da escrita. Mas, lembrando que isso não quer dizer colocar termos rebuscados.
“Desde os primórdios da humanidade”
Termos como “desde a antiguidade” ou mesmo “desde os primórdios da humanidade” são vícios considerados generalistas que precisam muito ser evitados. Muitos estudantes utilizam as expressões chamadas “muletas” para iniciar a redação. No entanto, os corretores tendem a achar de que o texto já começou ruim e com clichês. Ser específico é a chave, por exemplo, ”Desde a implementação do Plano Real”…
“Algo” ou “coisa”
A palavra “algo” é uma forma rebuscada de dizer “coisa”, ambos termos vazios e generalistas. Dessa forma, não devem ser usadas em redações onde é necessária uma maturidade no discurso.
Evitar imprecisões na construção da frase com as duas palavras acima é essencial. O candidato/estudante precisa definir o que são “coisas”.
“Segundamente” e “atualmente”
Muitas pessoas gostam de usar “segundamente” para complementar o argumento ou informação. Todavia, isso não existe. A substituição óbvia para a intenção é “por conseguinte”, por exemplo.
Já em se tratando de “atualmente”, o estudante tende a errar em termos de redundância (pleonasmo). Geralmente, o termo vem no começo do texto e, posteriormente, o candidato aplica o verbo no presente do indicativo, ou seja, já demonstra que é o tempo presente. ”Atualmente, Laura é formada”. O “é” está no presente, indicando que como a pessoa se encontra hoje.
O uso correto do termo é nos casos da transposição temporal, quando se fala de um acontecimento no passado. “No começo dos anos 2000” e no decorrer do parágrafo dá-se a transposição para o presente.
“Literalmente”
Um alerta importante é usar corretamente o termo “literalmente”. Várias pessoas usam como um sinônimo de “efetivamente”, o que está errado. “Efetivo” não é a mesma coisa que “literal”.
Usa-se literalmente diferenciando termos conotativos (linguagem figurada) dos termos denotativos (com sentido literal). Por exemplo: “A faxineira literalmente chutou o balde”. Isso porque ela realmente chutou um balde enquanto estava limpando a casa ao invés de ter “desistido”, “jogado tudo para o alto”.