Regência Verbal e Nominal: Tudo o que você precisa saber

Esse assunto aparece frequentemente em vestibulares e concursos

Regência verbal e nominal são temas essenciais no estudo da língua portuguesa. Ela diz respeito à relação de dependência entre um termo regente (verbo ou nome) e um termo regido (substantivo, pronome ou oração), estabelecendo a maneira como esses termos se combinam para formar uma estrutura gramatical correta e significativa. Compreender as regras e nuances da regência é fundamental para uma comunicação clara, precisa e de acordo com as normas cultas da língua.

Regência Verbal

A regência verbal refere-se à relação entre o verbo e os termos que o acompanham, determinando quais complementos são exigidos ou permitidos por cada verbo. Os verbos podem ser:

  1. Transitivos: Exigem a presença de um complemento para completar seu significado. Podem ser:
    • Transitivos diretos: o complemento é um objeto direto (ex.: “Eu amo você.”)
    • Transitivos indiretos: o complemento é um objeto indireto (ex.: “Eu assisti à palestra.”)
    • Transitivos diretos e indiretos: exigem dois complementos (ex.: “Eu dei um livro a você.”)
  2. Intransitivos: Não exigem complementos, pois seu significado é completo por si só (ex.: “Ele chegou ontem.”).
  3. De ligação: Ligam o sujeito a um predicativo (ex.: “Ela parece feliz.”).

Algumas regras importantes da regência verbal incluem:

  • O uso da preposição “a” com verbos transitivos indiretos (ex.: “Eu assisti à palestra.”).
  • O uso da preposição “de” com verbos como “gostar”, “precisar”, “necessitar” (ex.: “Eu gosto de chocolate.”).
  • A concordância entre o verbo e seu sujeito, mesmo quando há termos intercalados (ex.: “O livro, junto com os cadernos, está na mesa.”).
A regência estuda a relação do verbo com os seus complementos. Imagem: Reprodução
A regência estuda a relação do verbo com os seus complementos. Imagem: Reprodução

Regência Nominal

A regência nominal diz respeito à relação entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos que o acompanham, determinando quais complementos são exigidos ou permitidos por cada nome. Os nomes podem exigir:

  1. Complemento nominal: Um termo que completa o significado do nome (ex.: “O amor de Deus.”).
  2. Adjunto adnominal: Um termo que modifica o nome, mas não é exigido por ele (ex.: “O livro azul.”).

Algumas regras importantes da regência nominal incluem:

  • O uso da preposição “de” com nomes que indicam posse, origem, matéria, medida, etc. (ex.: “A casa de madeira do João.”).
  • O uso da preposição “em” com nomes que indicam lugar (ex.: “O livro está na mesa.”).
  • O uso da preposição “a” com nomes que indicam direção (ex.: “A viagem à praia.”).

Casos Especiais de Regência

Existem alguns casos especiais que merecem atenção:

  1. Verbos seguidos de preposição: Alguns verbos exigem uma preposição específica (ex.: “Eu insisto em ir.”).
  2. Nomes seguidos de preposição: Alguns nomes exigem uma preposição específica (ex.: “O desejo de vencer.”).
  3. Regência de expressões idiomáticas: Expressões fixas podem ter regência própria (ex.: “Cuidado com o cachorro!”).
  4. Regência de pronomes relativos: Os pronomes relativos “que”, “qual”, “quem”, “cujo” e “onde” têm regência específica (ex.: “A casa em que moro é grande.”).

Como dominar a Regência

Para aprimorar o domínio da regência verbal e nominal, algumas estratégias podem ser úteis. Primeiramente, é fundamental compreender as regras básicas de regência, incluindo a diferença entre verbos transitivos e intransitivos, além da relação entre nomes e seus complementos. 

A prática com exercícios também é essencial; resolver atividades de regência, especialmente aquelas que envolvem casos especiais ou expressões idiomáticas, ajuda a consolidar o aprendizado. Além disso, a leitura atenta de textos de qualidade, como obras literárias e artigos acadêmicos, pode contribuir para a identificação de padrões de regência e para a familiarização com o uso correto da língua. 

Em situações de dúvida sobre a regência de um verbo ou nome específico, consultar dicionários e gramáticas é uma boa prática, pois essas fontes podem fornecer as informações necessárias. Por fim, é importante estar atento aos erros comuns de regência, como a troca de preposições ou a omissão de complementos, pois essa atenção ajuda a evitá-los no próprio discurso.

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