Resumo de português: como funciona a regência verbal?
Entenda as principais regras de regência verbal
A regência verbal é a responsável por coordenar a relação entre um verbo e outro termo em uma determinada frase.
É fundamental que você conheça as principais regras de regência verbal para conseguir escrever uma boa redação ou, até mesmo, para responder questões sobre o tema em provas de grande relevância, como os vestibulares e o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
Assim, para que você entenda o tema, separamos um resumo completo sobre as principais regras de regência verbal da língua portuguesa. Vamos conferir!
O que é regência verbal?
A regência verbal é responsável pela relação entre o verbo e os termos que o complementam em uma frase. Vale notar também que os verbos são chamados de termos regentes, enquanto os objetos (direto ou indireto) são chamados de termos regidos.
O complemento de um verbo pode ser um objeto direto, quando o verbo é transitivo direto, ou um objeto indireto, quando o verbo é transitivo indireto.
Além disso, alguns verbos podem exigir ambos os tipos de complementos, sendo, então, transitivos diretos e indiretos ao mesmo tempo. Também não podemos nos esquecer dos verbos intransitivos, que não precisam de complemento.
A seguir, entenda mais sobre os tipos de verbos e as suas regências.
Regência verbal: os verbos transitivos diretos
São chamados de “verbos transitivos diretos” os verbos que precisam de um complemento para completar o próprio sentido: o objeto direto. Veja um exemplo a seguir:
- Carla ama gatos.
No exemplo apresentado, o verbo “amar” exige um complemento para especificar o que é amado (gatos), sem o uso de preposição.
Os verbos transitivos diretos mais comuns são: amar, ver, encontrar, ler, escrever, vender, comer, esperar, chamar, etc.
Regência verbal: os verbos transitivos indiretos
Os verbos transitivos indiretos são aqueles que precisam de um complemento acompanhado de preposição: o objeto indireto.
Veja um exemplo que inclui um verbo transitivo indireto:
- Carla gosta de gatos.
No exemplo apresentado, o verbo “gostar” exige a preposição “de” para se conectar ao complemento “gatos”.
Regência verbal: os verbos transitivos diretos e indiretos
Um verbo também pode ser classificado como direto e indireto. Isso ocorre quando o verbo exige dois complementos: um sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto).
Veja um exemplo a seguir:
- Chico entregou o relatório ao chefe.
Neste exemplo, “entregar” é um verbo transitivo direto e indireto e precisa tanto do objeto direto (o relatório) como do objeto indireto (ao chefe).
Os verbos transitivos diretos e indiretos mais comuns são: pedir, perguntar, oferecer, dar, enviar, vender, conceder, ensinar, etc.
Regência verbal: os verbos intransitivos
Os verbos intransitivos não exigem complementos, uma vez que já possuem sentido completo.
Mas, os verbos intransitivos podem ser acompanhados de adjuntos adverbiais para indicar aspectos como tempo, lugar, modo, etc. Veja um exemplo a seguir:
- Maria correu muito ontem à noite.
No exemplo, “correu” (verbo intransitivo) não precisa de um complemento para fazer sentido. Mas, o adjunto adverbial “muito ontem à noite” é responsável por fornecer mais informações.
Os verbos intransitivos mais comuns são: chegar, correr, nascer, sorrir, dormir, sair, partir, existir, etc.
Regência verbal: os verbos com variação de sentido
Vale ressaltar que alguns verbos alteram seu sentido conforme a preposição que os acompanha, gerando consequências para a regência. A seguir, veja alguns dos casos mais comuns:
Assistir
O verbo assistir pode aparecer em uma oração com diversos sentidos diferentes. Vamos ver os principais a seguir:
a) o sentido de ver exige preposição:
- E se assistirmos ao filme?
b) o sentido de dar assistência não exige preposição:
- Carlos assiste pessoas com dificuldade.
c) o sentido de pertencer exige preposição:
- Assiste aos suspeitos o direito de obter um julgamento.
Custar
O verbo custar pode ser usado com dois sentidos:
a) o sentido de ser custoso exige preposição:
- A decisão custou ao muito aos familiares.
b) sentido de valor não exige preposição:
- O carro novo custou caro.
Proceder
Pode ser regido das seguintes formas:
a) sentido de fundamento é verbo intransitivo:
- Seu sentimento de raiva não procede.
b) com o sentido de origem exige preposição:
- Esse sentimento procede de seus traumas.
Agradar
O verbo “agradar” muda de regência conforme o significado:
a) com o sentido de fazer carinho não exige preposição:
- Maria agradou o gato pequeno.
b) com o sentido de satisfazer exige preposição:
- O presente agradou ao chefe.