Saiba tudo sobre o Novo Ensino Médio

Entenda os principais pontos de mudanças no Novo Ensino Médio

A educação é uma questão de alta prioridade em todas as sociedades, e no Brasil não é diferente. Recentemente, foram propostas mudanças significativas no sistema de ensino médio, conhecidas como Novo Ensino Médio. Vamos entender essas mudanças em detalhes.

O que é o Novo Ensino Médio?

O Novo Ensino Médio é uma proposta de reforma educacional que visa aprimorar a qualidade da educação no Brasil. Esta reforma foi aprovada pela Câmara dos Deputados em março e agora aguarda a aprovação do Senado.

Carga Horária

A carga horária total do ensino médio não sofreu alterações com a nova proposta. Os estudantes ainda precisam cumprir 3 mil horas ao longo de três anos. No entanto, a distribuição dessas horas entre disciplinas obrigatórias e optativas mudou.

Antes, eram previstas 1.800 horas para disciplinas obrigatórias e 1.200 horas para optativas, os chamados itinerários formativos. Agora, a nova proposta prevê 2.400 horas para disciplinas obrigatórias e 600 horas para optativas.

Disciplinas Obrigatórias

As disciplinas obrigatórias foram expandidas. Antes, apenas português e matemática eram exigidos durante os três anos do ensino médio. Agora, a lista de disciplinas obrigatórias inclui:

  1. Linguagens (português e inglês)
  2. Matemática
  3. Artes
  4. Educação física
  5. Ciências da natureza (biologia, física e química)
  6. Ciências humanas (filosofia, geografia, história e sociologia)

Itinerários Formativos

Os itinerários formativos sofreram uma grande mudança. Antes, as escolas determinavam quais e quantos itinerários seriam oferecidos aos alunos. Agora, cada instituição deve oferecer, no mínimo, dois itinerários de áreas do conhecimento diferentes.

Além disso, os itinerários devem ser mais específicos, focados no aprofundamento nas áreas do conhecimento.

Ensino Técnico

O ensino técnico também sofreu alterações. Antes, a carga horária era de 1.800 horas para disciplinas obrigatórias e 1.200 horas para o ensino técnico. Agora, se a proposta for aprovada, serão 2.100 horas de disciplinas obrigatórias, das quais 300 horas podem ser dedicadas a conteúdos relacionados à formação técnica profissional oferecida.

O curso técnico escolhido terá uma carga horária máxima de até 1.200 horas.

A proposta do Novo Ensino Médio representa uma mudança significativa na educação brasileira. Com uma maior ênfase nas disciplinas obrigatórias e uma alteração nos itinerários formativos e no ensino técnico, espera-se que essa reforma melhore a qualidade da educação no Brasil.

No entanto, ainda há muitas incertezas, pois a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Senado. Além disso, é necessário considerar como essas mudanças serão implementadas na prática e quais serão os impactos reais para os estudantes.

MEC quer aprovação em breve

O Ministério da Educação (MEC) está buscando a rápida aprovação do projeto de lei que muda a estrutura do novo ensino médio. A matéria já passou na Câmara dos Deputados e agora aguarda votação no Senado. A principal preocupação do governo é que o texto seja aprovado com celeridade no Senado, evitando um retorno para a Câmara.

Segundo membros da equipe do MEC, as alterações aprovadas pelos deputados já contemplam as principais preocupações do governo em relação à etapa do ensino médio. Entretanto, o governo não pretende insistir em pontos como a obrigatoriedade do ensino de espanhol e nos vetos à contratação de professores com notório saber para o ensino profissional e da educação mediada por tecnologia. Esses temas estavam na proposta original do MEC, mas não foram atendidos no texto que passou na Câmara.

Proposta

Um dos principais pontos de entendimento é que o processo de implementação será uma luta contra o tempo. O texto prevê que a implementação se inicie em 2025. Caso haja mudanças no Senado, a regra prevê que ele volte à Câmara. A senadora Professora Dorinha, relatora no Senado, diz que busca um trâmite acelerado por conta da situação de insegurança atual nas redes e entre alunos.

Desafios

Entre os principais desafios apontados estão a formação de professores e a necessidade de fortalecer um ensino convergente ao interesse dos jovens. Além disso, Dorinha afirma que alguns ajustes que possam ser necessários, inclusive de carga horária, podem ser tratados em outras propostas.

Diretrizes

O texto aprovado prevê que o MEC, em parceria com os sistemas de ensino, elabore diretrizes nacionais de aprofundamento de cada um dos itinerários. Isso não ocorreu com a reforma de 2017 e é visto como parte da explicação para o fracasso desse modelo nas escolas.

O MEC afirma que suas equipes técnicas “acompanham o processo legislativo e estão preparadas para dar andamento à regulamentação que dele advirá”. Ao MEC caberá adaptar suas avaliações, como o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e o Enem. A mudança no exame para ingresso no ensino superior deverá ser implantada em 2027, quando o aluno ingressante em 2025 completa a etapa.

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