Atenção, silabada pode ser um vício de linguagem; veja como
Por que ela pode ser um vício de linguagem? Confira dicas práticas para melhorar sua comunicação e evitar esse erro.

Você já se pegou trocando sílabas ao falar e nem percebeu? Esse deslize, conhecido como silabada, pode parecer inofensivo em conversas informais, mas quando se torna frequente, pode ser considerado um vício de linguagem. Entender o que é a silabada, por que ela acontece e como evitá-la é fundamental para quem busca melhorar a comunicação, seja no ambiente pessoal ou profissional. Hoje, nós vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre o assunto e dar dicas práticas para se expressar com mais clareza.
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Silabada é vício de linguagem?
Antes de respondermos a essa pergunta, é importante revisitar o conceito de vício de linguagem. Esse termo se refere a desvios que acontecem, muitas vezes de forma automática, em determinadas situações comunicativas. Agora, voltando ao foco do nosso tema, a silabada é caracterizada pela alteração aleatória do acento tônico de algumas palavras, influenciada pela preferência de determinados falantes. Contudo, é fundamental lembrar que a tonicidade das palavras é regida pelas normas da língua de origem.
Dessa forma, podemos afirmar que a silabada, sim, configura um vício de linguagem, já que desrespeita as convenções do padrão formal.
Um vício real?
Para ilustrar, pensemos em erros comuns, como pronunciar “rúbrica” como “rubríca” ou “púdico” como “pudíco”, entre outros exemplos frequentes. Talvez você esteja se perguntando o motivo das palavras aparecerem acentuadas. É simples: o objetivo é apenas destacar a sílaba tônica, mesmo que essas palavras, na escrita correta, não apresentem acento gráfico. A seguir, vamos observar outros exemplos destacados dessa maneira para facilitar a compreensão entre a forma correta e a equivocada.
Resumindo…
A silabada corresponde a um erro relacionado à divisão silábica ou à acentuação tônica de uma palavra, levando à sua pronúncia incorreta. Esse fenômeno geralmente decorre do desconhecimento das regras de acentuação e separação silábica do idioma. Embora o termo “silabada” não seja oficialmente reconhecido na gramática normativa, é amplamente utilizado para descrever esses deslizes em situações cotidianas. Vamos analisar os dois principais aspectos que envolvem a silabada:
Divisão silábica
Separar uma palavra corretamente em sílabas é essencial para a boa pronúncia e leitura. Quando as regras gramaticais são desconsideradas, a separação inadequada pode causar erros de interpretação. Exemplos típicos de problemas na divisão silábica são:
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Dizer “descordar” em vez de “discordar”.
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Pronunciar “sobrevivente” como “sobrevivente” (com erro na tonicidade).
Esses equívocos podem comprometer a clareza da mensagem e gerar confusão, especialmente em ambientes formais, como o acadêmico ou o profissional.
Acentuação
As normas de acentuação determinam onde o acento gráfico deve ser colocado e qual tipo de acento usar (agudo, grave ou circunflexo). Uma silabada também pode ocorrer quando há erro nesse aspecto: colocar acento onde não se deve ou omitir onde seria obrigatório. Exemplos comuns incluem:
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“Púdico” em vez de “pudico” (a forma correta é paroxítona e não leva acento).
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“Rubríca” em lugar de “rubrica” (também uma paroxítona terminada em “a”, sem acento).
Consequências e impactos
Erros de divisão silábica e de acentuação prejudicam a clareza da comunicação, dificultam a interpretação do texto e podem comprometer a credibilidade em situações acadêmicas ou profissionais. Em documentos formais, como relatórios e trabalhos acadêmicos, respeitar essas regras é fundamental para transmitir profissionalismo e domínio da norma culta.
Como evitar a silabada
Para minimizar a ocorrência de erros, é essencial dominar as regras de acentuação e separação silábica. O uso de dicionários e manuais de gramática auxilia na resolução de dúvidas, enquanto a prática contínua da leitura e da escrita reforça o aprendizado. Ferramentas de correção ortográfica e gramatical também podem ser grandes aliadas no processo.
Vamos a alguns exemplos?
Divisão silábica:
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Pronunciar “exército” como “exér-ci-to” corretamente, evitando a divisão equivocada.
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Separar “científico” corretamente em “ci-en-tí-fi-co”, e não de forma irregular.
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Manter a divisão correta de “revisar” como “re-vi-sar”, sem alterações impróprias.
Acentuação:
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Escrever “pago” sem acento, evitando o erro de colocar “págo”.
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Lembrar que “fácil” deve levar acento agudo na primeira sílaba, e não ser grafado como “facil”.
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“Cômodo” deve ser acentuado corretamente, ao contrário de “comodo”, que altera a tonicidade natural.
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Evitar grafar “arábes” em vez de “árabes”, respeitando a posição correta do acento.
Mycarla Oliveira, especialista em língua portuguesa, no portal Pensar Cursos, também detalha sobre “Criando filhos leitores – 4 dicas para incentivar a leitura”, já que o hábito da leitura estimula a criatividade, melhora o desempenho escolar e fortalece o vínculo familiar.