Pessoas com Síndrome do Pânico possuem direitos perante o INSS?
Pessoas afetadas por transtornos mentais têm acesso a três benefícios oferecidos pelo INSS.
Sofrer de transtornos mentais não é fácil, já que muitas vezes não são diagnosticados logo na primeira consulta. Entre os transtornos mais comuns estão a depressão, a ansiedade, a esquizofrenia e a Síndrome do Pânico.
Durante a pandemia da Covid-19, muitas pessoas viram seus sintomas agravados, buscando auxílio para lidar com essas condições. Em especial, a Síndrome do Pânico é uma doença altamente debilitante, caracterizada por crises imprevisíveis e frequentes de ansiedade intensa.
Os sintomas dessas crises são tão intensos que as pessoas que as vivenciam geralmente desenvolvem um forte medo de experienciá-las novamente, muitas vezes evitando situações que possam desencadeá-las. Em alguns casos, isso leva à exaustão emocional, desconexão social e uma sensação de incapacidade diante de situações que antes eram consideradas comuns.
Para os trabalhadores afetados pela Síndrome do Pânico, realizar atividades laborais se torna um desafio significativo. Nesses casos, é crucial entender como esses indivíduos podem se sustentar durante momentos de crise, e quais são os seus direitos.
A Síndrome do Pânico é tratável com acompanhamento psiquiátrico, incluindo prescrição de medicamentos e psicoterapia. O tempo de tratamento varia de acordo com a gravidade da doença, possibilitando o controle dos seus impactos negativos.
Em algumas situações, a própria função exercida ou o ambiente de trabalho podem desencadear ou agravar a Síndrome do Pânico. Nesses casos, o afastamento deve ser considerado para evitar o agravamento do transtorno.
Auxílios do INSS para a Síndrome do Pânico
Nesse momento, o trabalhador pode buscar seus direitos previdenciários, como o auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O auxílio-doença é concedido ao segurado do INSS temporariamente incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias devido a problemas de saúde. Já a aposentadoria por invalidez é destinada a quem não tem mais condições de trabalhar permanentemente. Ambos exigem laudo médico e confirmação na perícia do INSS ou pela Justiça Federal, além de uma contribuição mínima de 12 meses.
O BPC é um benefício assistencial para pessoas com condições que prejudicam sua participação na sociedade em igualdade de condições com outras pessoas. É necessário comprovar a necessidade do benefício, independentemente de contribuição prévia à Previdência Social, recebendo um salário mínimo mensalmente.
É crucial que quem enfrenta a Síndrome do Pânico busque ajuda médica e mantenha um acompanhamento constante. A psicoterapia, medicamentos, exercícios físicos regulares e uma alimentação adequada podem contribuir para o controle da condição.
Embora os sintomas da Síndrome do Pânico sejam graves, é possível voltar ao trabalho e retomar as atividades diárias com o tratamento adequado. Durante esse processo, o segurado pode recorrer ao INSS. Se necessário, é aconselhável buscar a orientação de um advogado especializado em Previdência Social.
Cuidados com a doença
Se você ou alguém que você conhece está lidando com a Síndrome do Pânico, aqui estão algumas informações importantes sobre os cuidados:
1. Busque Ajuda Profissional: Consultar um profissional de saúde mental é essencial. Um psicólogo ou psiquiatra pode ajudar a diagnosticar a condição e criar um plano de tratamento personalizado.
2. Tratamento: O tratamento geralmente envolve uma combinação de psicoterapia (como a terapia cognitivo-comportamental – TCC) e, em alguns casos, medicamentos prescritos pelo psiquiatra.
3. Medicação: Os medicamentos podem ser prescritos para ajudar a controlar os sintomas e diminuir a frequência e a intensidade das crises de pânico. Eles podem incluir antidepressivos, benzodiazepínicos ou outras medicações específicas para controlar a ansiedade.
4. Evite Substâncias que Desencadeiam Crises: Álcool, cafeína e drogas recreativas podem desencadear ou agravar os sintomas da Síndrome do Pânico. Tente evitar ou limitar seu consumo.
5. Aprenda Técnicas de Relaxamento: Práticas como a respiração profunda, meditação, ioga ou mindfulness podem ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse, sendo úteis para lidar com as crises.
6. Estabeleça um Estilo de Vida Saudável: Exercícios regulares, alimentação balanceada e uma boa rotina de sono podem contribuir positivamente para o gerenciamento dos sintomas.
7. Identifique Gatilhos: Aprenda a reconhecer e entender quais situações ou pensamentos desencadeiam suas crises. Isso pode ajudar na prevenção ou no manejo desses momentos.
8. Busque Apoio Social: Conversar com amigos, familiares ou participar de grupos de apoio pode fornecer suporte emocional importante durante o processo de tratamento.
9. Seja Paciente: O tratamento da Síndrome do Pânico pode levar tempo. É fundamental ter paciência e persistência no seguimento das orientações médicas e terapêuticas.
10. Não Evite Situações por Medo de Crises: Evitar certos lugares ou atividades por medo de ter uma crise pode piorar a condição a longo prazo. Gradualmente enfrentar esses medos com a orientação do profissional pode ajudar a superá-los.
Lembrando que cada pessoa é única e os tratamentos podem variar. É fundamental seguir as recomendações e orientações do profissional de saúde mental para um manejo adequado da Síndrome do Pânico.