SiSU: O que é e como participar?
O Governo Federal possui diversas ações e políticas de promoção ao acesso de jovens e adultos ao ensino superior, com o objetivo de promover a educação para todos e democratizar o acesso aos cursos de graduação. Uma dessas iniciativas tem como resultado a criação do programa Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
Criado em 2010 como alternativa aos vestibulares realizados até então, de forma descentralizada, pelas instituições públicas de Ensino Superior, o programa é atualmente uma das principais portas de ingresso em institutos e universidades públicas de todo o país, incluindo instituições estaduais e federais. O programa foi idealizado pelo Ministério da Educação (MEC). Na época, o responsável pela pasta era Fernando Haddad, que idealizou o projeto em 2009 durante segundo governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Como funciona o SiSU?
O programa funciona de forma totalmente sistematizada e virtual. Desse modo, é através da plataforma digital que os estudantes interessados em participar do programa fazem a inscrição e escolhem o curso e a universidade na qual desejam ingressar.
O SiSU conta com duas edições a cada ano, sendo a primeira voltada para o ingresso de novos alunos nas universidades no 1º semestre letivo e a segunda, do meio do ano, voltada para o ingresso no 2º semestre letivo. Desse modo, há oferta de vagas duas vezes, em dois processos seletivos distintos por ano.
A classificação dos candidatos é tradicionalmente estabelecida a partir das notas por eles obtidas na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Desse modo, só podem participar do programa e concorrer às vagas ofertadas os estudantes que tenham se inscrito e feito as provas da última edição do exame. Nesse sentido, poderão participar da próxima edição do programa somente os estudantes que fizeram o Enem 2023, por exemplo.
Como se inscrever no SiSU?
O MEC abre as inscrições para o programa duas vezes ao ano. No entanto, o período de inscrição costuma ser curto, durando apenas cerca de três dias. Tradicionalmente, o MEC recebe as inscrições para o programa através do site oficial do programa. As inscrições são totalmente gratuitas.
No entanto, além de ter participado da última edição do Enem, é pré-requisito para se inscrever no programa ter obtido nota que não seja zero na redação, ter média geral de, pelo menos, 450 pontos no exame, e ter concluído o ensino médio até a data de matrícula na faculdade aprovada.
Durante todo o período de inscrição, o candidato pode acompanhar a nota de corte do programa para o curso e universidade escolhida. Trata-se na nota de corte parcial, atualizada pelo sistema ao final de cada dia de inscrição. Ao ficar atento a essa nota, o candidato pode escolher alterar a opção de curso diversas vezes durante os dias de inscrição, aumentando assim as suas chances de aprovação.
Como acontece a Seleção?
Além de considerar as notas obtidas pelos estudantes nas quatro provas objetivas e na redação do Enem, a seleção considera também outros critérios de acordo com a Lei de Cotas, cuja atualização foi sancionada nesta segunda-feira, dia 13 de novembro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Desse modo, a maioria das instituições públicas de ensino superior que aderem ao programa do MEC ofertam metade das vagas para o público geral, em ampla concorrência, reservando a outra metade das vagas para estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas da rede pública.
Dentre as vagas reservas de acordo com a Lei de Cotas, há recorte de renda e percentual exclusivo para pretos e pardos, para indígenas e quilombolas e também para pessoas com deficiência. Desse modo, o programa promove a democratização do acesso ao ensino superior, respeitando as políticas de ações afirmativas do país.