Sujeito: Quais são os 5 tipos e exemplos

Há diversos tipos de sujeitos no português

A língua portuguesa, rica em sua estrutura e complexidade, apresenta diversos elementos que são fundamentais para a construção de frases claras e coesas. Entre esses elementos, o sujeito desempenha um papel central, uma vez que indica quem ou o que realiza a ação expressa pelo verbo. A identificação correta é essencial para a análise sintática e para a compreensão do significado das orações.

 A seguir, analisaremos os principais tipos de sujeito na língua portuguesa, suas características e funções, além de discutir a importância de sua identificação na construção de frases.

Sujeito Simples

É aquele que possui apenas um núcleo, ou seja, uma única palavra que representa o elemento central do sujeito. Esse núcleo pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral. Por exemplo, na frase “O cachorro late”, “cachorro” é o núcleo do sujeito simples. A identificação do sujeito simples é fundamental para a análise sintática, pois permite compreender a ação do verbo de maneira direta e clara.

Além disso, o simples pode ser composto por um núcleo e seus determinantes, como artigos, adjetivos e locuções adjetivas. Por exemplo, na frase “A menina bonita canta”, “A menina bonita” é o simples, onde “menina” é o núcleo. Veja mais exemplos:

  • Marta é considerada a melhor do mundo.
  • Os jovens estão se formando mais cedo.

Composto

O composto é aquele que possui mais de um núcleo, ou seja, é formado por dois ou mais elementos que exercem a mesma função na oração. Esses núcleos podem ser ligados por conjunções, como “e”, “ou” e “nem”. Por exemplo, na frase “Maria e João foram ao cinema”, “Maria” e “João” são os núcleos do sujeito composto.

A identificação é importante para a concordância verbal, pois o verbo deve concordar em número com esse elemento. No exemplo dado, o verbo “foram” está no plural, concordando com os dois núcleos do sujeito.

Há diversos tipos de sujeito na nossa língua. Imagem: Pinterest/Vitória Castro
Há diversos tipos de sujeito na nossa língua,que se constituem de formas distintas, ainda que mantenham seu papel principal. Imagem: Pinterest/Vitória Castro

Composto com Núcleos Diferentes

Outra variação desse elemento é o sujeito que possui núcleos diferentes, ou seja, que não estão relacionados por uma conjunção. Nesse caso, os núcleos podem ser formados por substantivos que representam entidades distintas. Por exemplo, na frase “A professora e o aluno discutiram”, “professora” e “aluno” são núcleos diferentes que formam o composto. Veja outros exemplos:

  • Anitta e Juliette são amigas.
  • O alunos e a professora foram à Bienal do livro.Oculto (ou Elíptico)

O sujeito oculto, também conhecido como elíptico, é aquele que não está expresso na oração, mas pode ser identificado pelo contexto. Geralmente, o oculto é um pronome pessoal que já foi mencionado anteriormente ou que é facilmente deduzido pela conjugação verbal.

Por exemplo, na frase “Fui ao mercado. Comprei frutas”, o sujeito de “comprei” é oculto, mas pode ser facilmente identificado como “eu”. A utilização do oculto é comum na língua portuguesa, pois evita repetições desnecessárias e torna a comunicação mais fluida.

Indeterminado

O sujeito indeterminado é aquele que não se pode identificar ou que não se deseja identificar. Existem duas formas principais de se expressar o indeterminado na língua portuguesa: através da conjugação verbal na terceira pessoa do singular ou do uso da partícula “se”.

A primeira forma ocorre quando o verbo está na terceira pessoa do plural, sem um sujeito explícito. Por exemplo, na frase “Dizem que vai chover”, o sujeito é indeterminado, pois não se sabe quem diz. A segunda forma é quando se utiliza a partícula “se”, como em “Vive-se bem aqui”. Neste caso, o elemento também é indeterminado, pois a expressão não especifica quem vive.

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