Surpreenda-se! 10 ditados populares que você sempre FALOU ERRADO!
Veja o significado e a origem de cada um dos ditados populares
Desde a infância, estamos habituados a ouvir os mais velhos empregarem ditados populares na tentativa de elucidar aspectos do mundo à nossa volta. No entanto, muitas vezes, acabamos repetindo essas expressões sem compreender plenamente seus verdadeiros significados. Embora rimadas e cativantes, tais ditados podem assumir formas distorcidas ao longo do tempo, desviando-se de seus sentidos originais. Conheça a seguir, 10 ditados populares que você sempre FALOU ERRADO!
As Origens dos Ditados Populares
Quem tem boca vai à Roma!
Comecemos com um ditado que, provavelmente, você já ouviu inúmeras vezes: “Quem tem boca vai a Roma!”. No entanto, sua forma correta é: “Quem tem boca vaia Roma!”. Esta expressão remonta a uma época em que o povo romano acreditava que a cidade merecia ser vaiada devido às ações controversas do imperador Júlio César, uma vez que ninguém ousava contrariar suas opiniões.
É cuspido e escarrado!
Quando desejamos enfatizar a semelhança física impressionante entre duas pessoas, como um filho que é “a cara do pai”, frequentemente recorremos ao ditado “É cuspido e escarrado!”. Contudo, esta expressão deveria ser: “Esculpido em Carrara!”. Carrara, uma localidade italiana, era famosa desde o Império Romano por suas pedreiras de mármore, onde se esculpiam cópias fiéis de pessoas e animais. Daí a analogia de alguém que parece esculpido nesse mármore, tamanha a semelhança.
Quem pariu Mateus que balance!
Outro ditado popular que você provavelmente já ouviu é: “Quem pariu Mateus que balance!”. Contudo, a expressão correta é: “Quem pariu os maus teus que balance!”. A semelhança fonética entre “maus teus” e “Mateus” pode ter contribuído para a distorção ao longo do tempo. Esse ditado sugere que aquele que criou um problema deve assumi-lo e resolvê-lo.
São ossos do ofício!
Quando nos referimos a tarefas desagradáveis inerentes a uma profissão ou atividade, costumamos dizer: “São ossos do ofício!”. No entanto, a expressão correta é: “São ócios do ofício!”. Ou seja, o oposto do que geralmente se aplica, indicando momentos de tranquilidade e descanso no trabalho. Apesar disso, devido ao uso disseminado no sentido de dificuldade, “ossos do ofício” já se tornou aceito como um novo ditado popular.
Batatinha quando nasce se esparrama pelo chão!
Você já ouviu alguém dizer: “Batatinha quando nasce se esparrama pelo chão!”? Bem, essa versão está incorreta. O ditado correto é: “Batatinha quando nasce espalha as ramas pelo chão!”. Não é a batatinha em si que se espalha, mas sim suas ramas.
Quem não tem cão caça com gato!
Outro ditado popular distorcido é: “Quem não tem cão caça com gato!”. Essa expressão sugere, erroneamente, que os gatos podem ser utilizados para caçar. A versão correta é: “Quem não tem cão, caça como gato!”. Isso significa que, na ausência de um cão de caça, você terá que caçar sozinho, assim como os gatos, que são exímios caçadores solitários.
Esse menino não para quieto. Parece que tem bicho carpinteiro!
Você já deve ter ouvido alguém dizer: “Esse menino não para quieto. Parece que tem bicho carpinteiro!”. No entanto, a expressão correta é: “Esse menino não para quieto. Parece que tem bicho no corpo inteiro!”. Afinal, não existe algo como “bicho carpinteiro”, “bicho motorista” ou “bicho jornalista”.
Tem cor de burro quando foge!
Quando queremos nos referir a uma situação caótica ou confusa, costumamos dizer: “Tem cor de burro quando foge!”. Contudo, a expressão correta é: “Corro de burro quando foge!”. Isso faz alusão ao estrago causado por um burro quando foge, passando por tudo sem qualquer cuidado.
Enfiou o pé no jaca!
Outro ditado popular que você pode ter ouvido é: “Enfiou o pé na jaca!”. No entanto, a expressão correta é: “Enfiou o pé no jacá!”. Antigamente, na frente de bares, haviam grandes cestos de palha chamados “jacás”, onde os animais eram presos. Quando alguém bebia demais, acabava tropeçando e “enfiando o pé no jacá”.
Hoje é domingo, pé de cachimbo!
Por fim, vamos abordar um ditado tão popular que se tornou uma musiquinha: “Hoje é domingo, pé de cachimbo!”. Essa expressão não faz referência a uma árvore que produz cachimbos, como pode parecer. A versão correta é: “Hoje é domingo, pede cachimbo!”. Ou seja, um dia tranquilo, propício para acender um cachimbo e relaxar.