Tarsila do Amaral: modernista de grande destaque no Brasil
Suas pinturas vibrantes e inovadoras refletem um olhar único sobre a cultura e a identidade brasileira, influenciando gerações de artistas e admiradores ao redor do mundo.
Tarsila do Amaral, nascida em 1º de setembro de 1886 em Capivari, faleceu em 17 de janeiro de 1973 em São Paulo. Ela era filha de um proprietário rural, estudou na Europa e casou-se duas vezes, sendo seu segundo marido o grande escritor Oswald de Andrade, mas manteve um longo relacionamento com um homem 20 anos mais jovem.
Leia também: Textos argumentativos: quais usar e se tornar bom de lábia?
Tarsila do Amaral – quem foi?
Tarsila foi uma das mais importantes artistas brasileiras e uma figura central no movimento modernista do país. Nascida em 1886, em São Paulo, ela veio de uma família abastada e teve acesso a uma educação refinada, pois estudou na Europa, onde foi influenciada por diversos movimentos artísticos, incluindo o cubismo e o surrealismo.
Ao retornar ao Brasil, Tarsila se envolveu profundamente com o movimento modernista, especialmente durante a Semana de Arte Moderna de 1922, um evento crucial que marcou a ruptura com as tradições acadêmicas e promoveu a inovação na arte e literatura brasileiras. Ela era uma figura central no Grupo dos Cinco, ao lado de Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia.
Seu trabalho é conhecido pela fusão de influências europeias com temas brasileiros, resultando em obras vibrantes e inovadoras que capturam a essência do Brasil. Uma de suas pinturas mais famosas é “Abaporu” (1928), que inspirou o movimento antropofágico liderado por Oswald de Andrade.
Tarsila foi casada duas vezes, com o escritor Oswald de Andrade sendo seu segundo marido. Em sua vida pessoal, ficou registrado que ela também teve um relacionamento duradouro com um homem 20 anos mais jovem, mas o que nos interessa é que essa grande artista deixou um legado duradouro na arte e cultura brasileiras.
E o modernismo
Os movimentos de vanguarda que surgiram na Europa — Cubismo, Dadaísmo, Expressionismo, Futurismo e Surrealismo — serviram como uma grande fonte de inspiração para os artistas modernistas brasileiros. Fortemente influenciados por essas correntes, o marco inicial do modernismo no Brasil ocorreu em São Paulo, no ano de 1922.
A Semana de Arte Moderna introduziu um caráter subversivo às artes brasileiras, pois o novo movimento buscava romper com os moldes tradicionais. Dessa forma, o modernismo foi um movimento artístico que se baseava na oposição ao academicismo. Além disso, a arte modernista brasileira encontrava sua originalidade na representação dos elementos nacionais.
Tarsila do Amaral não participou da Semana de Arte Moderna de 1922; entretanto, sua adesão ao modernismo aconteceu pouco depois. Antes disso, a pintora recebeu uma formação tradicional, ou seja, acadêmica: estudou desenho e pintura com o naturalista Pedro Alexandrino (1856-1942), e, posteriormente, na Academia Julian, em Paris. Quando retornou ao Brasil, em junho de 1922, Tarsila se uniu ao movimento modernista. No final do ano, voltou a morar em Paris, onde estudou com o cubista Fernand Léger (1881-1955) e conheceu outros artistas de vanguarda.