Tempos verbais: guia para dominar a gramática

O que são os tempos verbais? Para que servem? Saiba como usar e nunca mais erre!

Os tempos verbais são alternativas de flexão de um verbo e são usados para apontar a ordem cronológica das ações de alguém. Em um texto, seja ele escrito ou falado, sempre é preciso explicar o “tempo” em que as ações foram tomadas, concorda? Sendo assim, esses tempos verbais são usados para esclarecer se as ações ainda estão ocorrendo, já ocorreram ou se há a possibilidade de ocorrerem no futuro.

Você logo irá perceber que, no geral, eles são divididos entre “passado, presente e futuro”.

O que são tempos verbais?

Para tornar o aprendizado mais lúdico, imagine uma grande tela exibindo uma história, onde cada cena representa um momento diferente da vida de alguém. Os tempos verbais são as ferramentas que nos permitem posicionar cada ação, estado ou fenômeno, sempre indicando quando eles aconteceram, estão acontecendo ou ainda acontecerão.

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Mas ainda há um detalhe importante: a depender do modo do verbo em questão, nós conseguimos encontrar “tipos” de futuros e ainda novas subclassificações para o passado. Entenda com os exemplos abaixo.

Divisão básica

Passado: são ações que já ocorreram antes do momento da fala. Em outras palavras, ele é usado para descrever eventos, ações e algumas situações que ocorreram no passado, ou seja, já aconteceram. Ele é essencial para expressar acontecimentos que já foram “concluídos” antes do momento da fala ou escrita.

Exemplos:

  1. Tony não caiu no papo do André sobre a alta na fatura do cartão;
  2. Ontem à tarde, choveu forte;
  3. Quando eu era criança, brincava no parque com meus irmãos;
  4. Antes de passar no concurso, Victor trabalhava seis dias por semana.

Presente: são ações que estão acontecendo durante a fala. Em resumo, ele é utilizado no dia a dia para descrever ações, eventos ou situações que ocorrem no momento atual da fala ou que têm uma característica habitual ou permanente. Como assim? É fundamental para apontar acontecimentos que estão em andamento no presente, bem como algumas verdades universais, hábitos e ações que se repetem regularmente. Veja só!

Exemplos:

  1. Renato está chateado porque Júlia não veio;
  2. O pequeno João pula corda no quintal da avó;
  3. Bobby, o cachorro de Pedro, não para de latir;
  4. Eu estudo todos os dias para passar naquela prova.

Futuro: são ações que ainda acontecerão depois do momento da fala. Isso quer dizer que, assim como nos outros, o tempo é usado para marcar acontecimentos que ocorrerão em algum momento após o momento presente, ou seja, faz referência a ações que não se concretizaram ainda.

Exemplos:

  1. Não vou, pois ficarei estudando para a prova de segunda-feira;
  2. Tomara que você viaje nas férias;
  3. Já me decidi: pedirei demissão;
  4. Amanda escolherá o vestido de casamento.

 

Tempos verbais: guia para dominar a gramática (Foto de Aaron Burden na Unsplash).
Tempos verbais: guia para dominar a gramática (Foto de Aaron Burden na Unsplash).

 

Há uma relação entre tempos e modos verbais

 

Sim, há. Por quê? Os modos verbais são “configurações da palavra” que expressam diferentes significados em relação à ação. O modo indicativo, por exemplo, transmite a certeza, afirmando a ocorrência do verbo em questão. No caso do subjuntivo, a ênfase está na possibilidade e no desejo, representando então uma expectativa ou especulação de algo que pode se concretizar no futuro. Por fim, temos o imperativo que consiste em ordens. Isso quer dizer que os verbos nesse modo instruem o que deve ser feito.

Tanto o indicativo quanto o subjuntivo pode até mesmo ser flexionado em diferentes tempos verbais; cada forma conferindo um significado distinto à frase. Em contraste, o imperativo está restrito ao tempo presente, porém pode transmitir ordens que devem ser seguidas ou expressar proibições, como exemplificado a seguir.

Modo indicativo:

  • Presente: “Eu trabalho todos os dias”;
  • Pretérito perfeito: “Ontem, eu cozinhei uma carne de panela deliciosa”;
  • Futuro do presente: “Que nota horrível. Amanhã, eu estudarei mais.”

Modo subjuntivo:

  • Presente: “Espero que tu estudes para o vestibular, hein? Está chegando.”
  • Pretérito imperfeito: “Se eu trabalhasse mais, talvez ganhasse mais dinheiro.”
  • Futuro do subjuntivo: “Tomara que eu me saia bem na prova.”

Modo imperativo:

  • Afirmação: “Tire a roupa do varal, por favor.”
  • Negativa: “Não faça isso de novo.”

Veja bem como os tempos verbais nos exemplos usados indicam quando a ação ocorre em relação ao momento da fala. Percebeu? Além disso, observe também como o subjuntivo expressa o desejo, enquanto o imperativo expressa ordens ou instruções. Esses exemplos ilustram como a escolha do modo e do tempo verbal influencia profundamente o significado da frase, o que nos permite apontar ações de formas diversas em diferentes contextos.

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