Textos argumentativos: quais usar e se tornar bom de lábia?

Aprenda a utilizar argumentos de autoridade, exemplos ilustrativos e lógica sólida para defender suas ideias.

Os textos argumentativos se caracterizam por defenderem uma ideia, hipótese, teoria ou opinião, buscando persuadir o leitor a adotá-la. Sua estrutura típica envolve a apresentação da tese seguida da argumentação em seu suporte. Lembra-se dos inúmeros textos argumentativos que você precisou criar para se preparar para o Enem durante o ensino médio ou em cursos preparatórios?

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Textos argumentativos

O texto argumentativo se caracteriza por defender uma ideia, hipótese, teoria ou opinião, buscando persuadir o leitor a adotá-la. Sua estrutura típica começa com uma tese clara, seguida por justificativas e argumentos que visam convencer a audiência. É encorajador notar que muitos dos conceitos aprendidos em aulas de redação, tanto na escola quanto em cursos preparatórios, podem ser aplicados eficazmente na produção de conteúdo para a web. Isso se deve à presença de elementos comuns nos textos argumentativos, que são igualmente úteis na escrita online.

Portanto, seus conhecimentos podem ser um excelente investimento em sua trajetória como redator.

No geral, há característica base para bons textos argumentativos que pode ser aplicada a qualquer tipo: seja claro, direto e objetivo.  Conferir clareza e precisão ao texto revela domínio, confiança e autoridade sobre o assunto em discussão. Assim, inicialmente, é eficaz empregar citações marcantes, perguntas retóricas, ou dados e exemplos que fortaleçam o ponto que se deseja comunicar.

Textos argumentativos: quais usar e se tornar bom de lábia?
Textos argumentativos: quais usar e se tornar bom de lábia?

Qual é a estrutura a ser seguida?

Um texto argumentativo ideal segue uma estrutura clara e organizada para persuadir o leitor sobre um ponto de vista específico. Aqui estão os elementos principais dessa estrutura:

  1. Introdução
    • A introdução apresenta a tese, que é a posição central defendida pelo autor. Deve ser clara e direta para orientar o leitor sobre o tema e a argumentação que se seguirá.
  2. Desenvolvimento
    • O desenvolvimento consiste nos argumentos que sustentam a tese. Cada argumento deve ser apresentado de forma ordenada e lógica, com evidências como dados, exemplos, estatísticas, citações de especialistas, entre outros. Essas evidências servem para validar os argumentos e persuadir o leitor da validade da tese.
  3. Estratégias argumentativas
    • Incluem técnicas para reforçar a persuasão, como:
      • Argumentos de autoridade: citações de especialistas no assunto.
      • Argumentos de causa e consequência: mostram as relações de causa e efeito entre fenômenos.
      • Argumentos de comparação: comparação entre situações similares para ilustrar um ponto.
      • Argumentos por analogia: uso de analogias para tornar o argumento mais compreensível e persuasivo.
      • Refutação de contra-argumentos: antecipação e desmontagem de possíveis objeções.
  4. Analogias
    • São usadas para tornar um conceito abstrato mais acessível, comparando-o a algo mais familiar ou concreto. As analogias ajudam a elucidar argumentos complexos e a facilitar a compreensão do leitor, reforçando a persuasão ao tornar o argumento mais visual e tangível.
  5. Conclusão:
    • Na conclusão, reafirma-se a tese de forma resumida, destacando os principais argumentos e suas relevâncias. Pode-se também sugerir uma ação, reflexão futura sobre o tema ou deixar uma mensagem final impactante que reforce o ponto de vista defendido.

Essa estrutura não apenas organiza o texto de maneira lógica, mas também fortalece a persuasão ao apresentar argumentos convincentes e estratégias eficazes para engajar o leitor na discussão proposta.

Tipos de argumento

  1. De autoridade
    • O argumento de autoridade se baseia na citação ou referência a especialistas, estudiosos, ou fontes reconhecidas e respeitadas dentro de um campo específico. Esse tipo de argumento busca validar uma afirmação apoiando-se na expertise ou conhecimento reconhecido da pessoa e instituição citada. Por exemplo, ao discutir mudanças climáticas, um autor pode citar um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para sustentar um argumento sobre o impacto humano no ambiente.
  2. De ilustração
    • O argumento de ilustração utiliza exemplos específicos, casos concretos, histórias ou situações para exemplificar ou corroborar um ponto de vista. Esses exemplos ajudam a tornar um argumento mais compreensível e tangível para o leitor, facilitando a conexão emocional ou intelectual com o tema discutido. Por exemplo, ao debater a importância da educação inclusiva, um autor pode contar a história de um aluno que se beneficiou de métodos educacionais adaptados.
  3. Por lógica
    • O argumento por lógica se baseia na razão e na estrutura lógica para sustentar uma conclusão. Ele utiliza premissas ou evidências que levam logicamente a uma conclusão específica. Esse tipo de argumento é construído de forma a garantir que a conclusão extraída seja inevitável, se as premissas são verdadeiras. Por exemplo, se afirmarmos que “Todos os homens são mortais” (premissa 1) e “Sócrates é um homem” (premissa 2), então “Sócrates é mortal” (conclusão) é uma inferência lógica válida.

Esses tipos de argumentos são fundamentais em textos argumentativos porque proporcionam diferentes formas de validação e sustentação para as teses apresentadas, contribuindo para a persuasão e a clareza do raciocínio exposto.

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