Vantagens e desvantagens de sacar o FGTS no final do ano: vale a pena?

No final do ano, é bastante comum enfrentarmos apertos financeiros devido a gastos adicionais, seja por presentes de Natal mais caprichados, despesas inesperadas ou simplesmente a necessidade de quitar contas pendentes. Diante desse cenário, muitas pessoas consideram a possibilidade de recorrer ao saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) como uma solução para ajudar nas finanças.

Contudo, é válido questionar se essa é realmente a melhor opção. Como sabemos, o saque do FGTS, em circunstâncias normais, está vinculado a situações específicas, como problemas de saúde, aposentadoria, financiamento imobiliário ou a vivência em calamidade pública.

Entretanto, uma alternativa disponível para quem busca uma flexibilidade maior é o saque-aniversário. Ao optar por essa modalidade de retirada dos fundos, é possível liberar até 50% do valor disponível na conta do FGTS.

Dessa forma, essa flexibilidade pode ser particularmente útil para lidar com desafios financeiros sazonais ou para realizar projetos pessoais.

Todavia, uma questão recorrente reside na avaliação da verdadeira vantagem de realizar o saque dos recursos ao término do ano, levando em consideração todas as nuances dessa modalidade.

Para esclarecer essa incerteza, elaboramos esta leitura, reunimos uma variedade de informações imporantes que facilitarão sua tomada de decisão. Vamos lá?

Entenda melhor sobre a possibilidade da retirada do FGTS no mês de dezembro

FGTS
Saque-aniversário do FGTS permite que alguns trabalhadores retirem seus recursos no final do ano. Imagem: CNN Brasil.

O Saque-Aniversário do FGTS, seguindo a regra original, é disponibilizado uma vez ao ano, sendo transferido no mês de nascimento do trabalhador. Este benefício permite a retirada de 5% a 50% do saldo disponível na conta do Fundo de Garantia.

Todavia, para aderir a essa modalidade, é necessário abrir mão do saque-rescisão e realizar a troca para o saque-aniversário por meio do aplicativo do FGTS até o último dia do mês do nascimento do trabalhador. Se não, a remuneração será efetuada apenas no ano subsequente.

É importante destacar que, em dezembro, existem situações específicas em que é possível receber uma parcela do saque-aniversário:

  • Se o trabalhador nasceu em dezembro, a parcela é liberada no mês do seu aniversário;
  • Se o trabalhador nasceu em outubro ou novembro e já aderiu ao saque-aniversário, mas ainda não recebeu a sua parcela;
  • Para aqueles que nasceram nos demais meses e aderiram ao saque-aniversário, optando pela antecipação por meio de empréstimo;
  • Para os beneficiários que já receberam a parcela no ano corrente, mas desejam antecipar o próximo saque por meio de empréstimo.

Por fim, para garantir o acesso a esse benefício, é fundamental ficar atento aos prazos e realizar as devidas escolhas por meio do aplicativo FGTS.

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Mas afinal, é vantajoso optar por esse modalidade?

Ao ponderar sobre a possibilidade de sacar o FGTS no final do ano, surge a dúvida: será que movimentar o saldo disponível no Fundo de Garantia é uma decisão realmente aconselhável para equilibrar as finanças no encerramento do ano?

Especialistas sugerem uma abordagem racional, incentivando os trabalhadores a considerarem cuidadosamente diversos fatores antes de tomar essa decisão.

Vale a pena considerar a retirada do fundos nas seguintes situações:

  • Emprego estável e poucas chances de demissão: Se você desfruta de um emprego sólido e estável, com pouquíssimas probabilidades de ser demitido, a retirada do FGTS pode ser uma opção vantajosa para fortalecer suas finanças pessoais;
  • Situação de emergência real: Utilizar o dinheiro do Fundo em casos de emergência genuína é uma justificativa válida. Se você enfrenta uma situação financeira crítica e o saque do FGTS pode ser a solução para superar obstáculos imediatos, essa pode ser uma decisão prudente;
  • Oportunidade de receber um montante significativo: Se houver a perspectiva de receber uma quantia considerável, a retirada dos recursos pode ser benéfica. Avalie se há uma boa grana a ser recebida e se o saque pode contribuir positivamente para suas finanças.

Por outro lado, não é aconselhável sacar o benefício nas seguintes circunstâncias:

  • Pouco tempo de serviço e risco de demissão: Se você tem um tempo de serviço relativamente curto e ainda corre o risco de ser demitido, é prudente evitar o saque do FGTS, pois esse recurso pode ser crucial como reserva em caso de desemprego;
  • Uso supérfluo do valor: Se a intenção for utilizar o dinheiro de maneira supérflua, sem uma necessidade real ou planejamento financeiro, é recomendável reconsiderar a retirada dos valores;
  • Saldo disponível ainda muito baixo: Caso o saldo disponível no FGTS seja ainda relativamente baixo, pode ser mais vantajoso deixar o valor investido e acumulando rendimentos.

Em resumo, a decisão de sacar os seus valores no final do ano deve ser tomada com base em uma avaliação cuidadosa da situação pessoal de cada trabalhador.

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